segunda-feira, 30 de abril de 2018

Bolo de framboesa com buttercream de limão e dieta

Então, resolvi participar dos Vigilantes do Peso. A balança não estava se movendo um grama sequer, e vi que precisava de algum tipo de estímulo externo, mesmo remoto. Agora o VP tem um programa on-line, e foi por aí que enveredei, há duas semanas.
Embora o programa atue na linha coma o que quiser, mas menos, é difícil pra caramba ficar nos míseros pontos diários. O jeito é buscar os alimentos que saciam mais, que são mais saudáveis. Mesmo não conseguindo respeitar a pontuação e apelando sempre para os "pontos extras", tenho de qualquer modo comido menos, e evitado o açúcar, meu grande pecado.
Tenho resistido inclusive aos doces (biscoitos, goiabadas) que o marido ainda insiste em comprar, preferindo deixar para comer um doce de verdade no final de semana. Por isso, reservei para o último sábado fazer um bolo com buttercream de limão, receita da Carol Labaki do Thinking Sweet. Na verdade, o dela é um bolo de blueberry, que raramente se vê por aqui, então resolvi adicionar um pouco de geleia de framboesa à massa, e ficou ótimo. O buttercream de limão é maravilhoso. Como não sou confeiteira, meu bolo ficou rústico na aparência, mas o sabor é bom demais.
Imagino que logo me acostume com os pontinhos e os alimentos mais saudáveis, que o açúcar fique relegado a ocasiões especiais. Fazer as atividades físicas, mesmo na academia, com o início da temporada de chuvas, também deve ajudar a movimentar os ponteiros da balança.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Michuí de frango com geleia de acerola

Pra variar, tudo começa com o verificar o que temos na geladeira ou no armário. E era um pacote de trigo para quibe, que costuma deteriorar logo. Pensei em fazer um tabule, que ficaria bem acompanhado de carne, mas teria que comprar carne vermelha, e o que tinha na geladeira era frango. Veio à lembrança o michuí de frango, espeto de carne com legumes, marinado em (caríssimo) xarope de romã, segundo receita da Rita Lobo. Percebi logo, rememorando o sabor do xarope, que podia substituí-lo pela geleia de acerola que fiz outro dia e compôs o molho para o filé de mignon suíno (e ficou parecendo um barbecue de acerola).
Não deu outra: junto com sal, cominho e alho, a acerola deixou os cubos de frango tenros e saborosos. O michuí combinou divinamente com o tabule.
O que me deixa mais contente, depois do sabor aprovado do prato, é saber que parte da nossa comida diária sai do nosso quintal, das mãos do marido para ser processada pelas minhas.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Todo o poder ao abacate

Vi esta receita de carbonara de abacate no BuzzFeed (que tem de tudo, né?) e salvei para uma oportunidade. Hoje, Guga me lembrou do abacatinho colhido no quintal que estava quase vencido na fruteira. E me lembrei da receita e do fato de o abacate ser um alimento tão benéfico que até nas dietas ele é indicado, apesar de bastante calórico.
Usei, então, metade para a salada do marido e metade para meu carbonara com a deliciosa pasta à base de ovos Molisana. Ficou delicioso!

domingo, 22 de abril de 2018

Pão de hambúrguer tipo brioche sem ovo para dourar

Mesma receita do Raul. Só fiz esponja desta vez, por quase uma hora. E não usei ovo para pincelar antes de levar ao forno porque tinha acabado. Mas ficaram uma belezura! Massa mais uniforme, mais fácil de trabalhar, pães mais crescidos. Serão devorados daqui a pouco com filé mignon suíno ao molho do Estadão (entendedores entenderão).

Girl on fire

She's just a girl, and she's on fire
Hotter than a fantasy, longer like a highway
She's living in a world, and it's on fire
Feeling the catastrophe, but she knows she can fly away
Oh, she got both feet on the ground
And she's burning it down
Oh, she got her head in the clouds
And she's not backing down
This girl is on fire
This girl is on fire
She's walking on fire
This girl is on fire
Looks like a girl, but she's a flame
So bright, she can burn your eyes
Better look the other way
You can try but you'll never forget her name
She's on top of the world
Hottest of the hottest girls say
Oh, we got our feet on the ground
And we're burning it down
Oh, got our head in the clouds
And we're not coming down
This girl is on fire
This girl is on fire
She's walking on fire
This girl is on fire
Everybody stands, as she goes by
Cause they can see the flame that's in her eyes
Watch her when she's lighting up the night
Nobody knows that she's a lonely girl
And it's a lonely world
But she gon' let it burn, baby, burn, baby
(Alicia Keys)

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Pão de abóbora

Ainda sobrou abóbora da fazenda da Ana, e hoje ela virou pão, com receita do Shimura, que encontrei no site Dedo de Moça. Ficou fofinho e gostoso.

Em algum lugar do passado mas dentro de mim também

Depois de décadas, voltei a ter carteirinha de estudante. Nem me lembro de ter tido na faculdade, apenas no colégio; achava que era muito demorado, e me virava superbem com as da USP e do SESC. Devo ter perdido várias oportunidades de ir a shows e comprar livros com desconto, mas sobrevivi bem a isso.
Agora, com a pós em gastronomia, alguém do grupo cantou a bola de que podíamos ter carteirinha de estudante, com validade nacional e tudo. Como não tenho mais a do SESC, e se tivesse pouca diferença faria aqui, pensei que seria uma boa para ter descontos em shows em Salvador - até porque a Concha Acústica, que tanto frequentamos, é cara, apesar da estrutura megadespojada.
Tudo hoje é on-line, então, fiz o pedido pela internet, paguei, mandei fotinho produzida, doc escaneado. A entrega foi demorada, mas nada que se compare à de anos atrás (em que ainda por cima havia fila, endereço distante etc. etc.); de todo modo, a UNE hoje disponibiliza uma carteira provisória pela internet mesmo: é só imprimir a imagem.
Hoje recebi a dita e fiquei contentíssima, me senti de novo na condição de estudante. A volta ao passado pode ser bem boa. Sou uma estudante eterna.

*

Por falar em passado, voltaram à minha timeline fotos que minha amiga Denise publicou outro dia, de nossa viagem a Ouro Preto, há quase 18 anos. Que delícia de lembrança, passear pelas ruas barrocas com pessoas queridas, falando de arte e cultura, compartilhando a maravilhosa comida mineira! Época tão boa, a do trabalho com meus companheiros arte-educadores. Da 24a Bienal de Arte e da Mostra dos 500 Anos ao trabalho em instituições culturais, foi o que tive de mais verdadeiro em uma função, quando fui mais eu, mais combativa, ao realizar um trabalho e foi quando também fiz amigos para sempre, mesmo que não nos vejamos com frequência.
Também falei do passado com Wagner na última vez em que nos vimos, e lembramos nossa turma de trabalho no cursinho. Foi mesmo uma turma muito especial - guiados pela generosa Cely, com espaço para discussão e humor, tivemos uma oportunidade única de formação, profunda e de alta qualidade. Trabalhamos muito, aprendemos muito. E os amigos também ficaram.
Continuo, claro, na área de educação. As pessoas que mais admiro são dessa área. Mas sinto falta da dinâmica mais cara a cara, do sentir que faço diferença diretamente na vida de alguém, que me vê e que eu vejo.
Felizmente, assisto ainda a meus amigos intrépidos, ainda que cansados de tanta loucura, realizando coisas lindas. E me alegro de ter isso dentro de mim, essa chama, passado e presente, essência. Os amigos me ajudam a lembrar.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Pumpkin pie ou Torta de abóbora da Ana

Um dia desses, na aula de pilates, minha colega Ana me perguntou se eu gostava de abóbora e me ofereceu uma lá da fazenda. Topei na hora. Adoro abóbora. O marido não gosta muito, então quase não compro. Mas, de repente, eu tinha uma abóbora inteira pra mim. O que fazer com ela?
Ela ainda ficou uns dias ao relento antes que eu planejasse seus múltiplos processamentos. Bolo, nhoque, pão, purê? Já tinha encontrado uma receita de pumpkin pie, tipicamente norte-americana, e resolvi arriscar. Cruzei duas receitas, uma da Helena Gasparetto e outra do site Vai comer o quê?, e preparei hoje (já tinha feito o purê ontem, em princípio para preparar nhoque). Ainda fiz a massa com margarina para folheados, e ficou ótima, até um pouco folhada (aliás, qualquer dia vou me meter a fazer massa folhada, já que tenho quase 1 kg de margarina própria para isso). 
É boa, a torta. No final, sobrou recheio. Talvez acrescentasse mais leite condensado, mais especiarias. Do jeito que está, contudo, é uma torta elegante, menos americanamente junkie do que eu tinha imaginado. 

Quando a junkie food perde espaço

Na sexta-feira da Paixão, almoçamos com minha sogra. Ela fez a tradicional moqueca de camarão, uma delícia. Eu levei uma sobremesa sugerida por ela, bombom na travessa, receita do site Tastemade - uma camada de morangos frescos cobertos por creme de chocolate ao leite, depois ganache de chocolate branco e bolinhas de chocolate no lugar do granulado. Ao dendê ajuntou-se a gordura do chocolate e me deu um banzo pós-almoço. Pesou.
Ontem, inspecionando os ingredientes que tinha, e já tendo em vista o funghi secchi que trouxe de São Paulo, resolvi fazer de novo a batata gratinada do Viena - da primeira vez, não ficou tão bom, não me lembro se usei shitake no lugar do funghi. Fiz tudo direitinho, seguindo a receita do Desafios Gastronômicos. O único problema é que a batata, mesmo cortada fininho, não cozinhou bem. A receita fala em gratinar, mas não em cozinhar antes. Marquei touca, não desconfiei, e comi batata crua. Bem-feito pra mim. De todo jeito, hoje é um prato que pesa também, mesmo já tendo sido tão querido.

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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