Além da lotação que já nos fez ficar sob o sol incandescente numa mesa da calçada em aclive, o Rota do Acarajé, nosso destino habitual no quesito comida baiana, anda muito caro. Eu já havia passado em frente ao Sotero algumas vezes, mas, depois que li sobre seu cardápio e preços, sugeri a troca de tabuleiros ao namorido e ele topou.
O lugar é amplo e despretensioso, o atendimento é bom e a comida é, de fato, ótima. O chef Rafael Sessenta, apresentador de um programa culinário na TV Salvador e autor do esgotado Lugar de homem é na cozinha, é uma simpatia e veio conversar com a gente (ele passa por todas as mesas para dar um olá). Quando soube que Guga era seu conterrâneo, trouxe um pão delícia com carne de fumeiro, almost paradise. Também rolou uma degustação de cachaça Itajibá, quase secreta.

Depois seguimos com uma porção de escondidinho (20 reais, e dá para dois). À primeira vista, causa estranheza a consistência meio puxa-puxa do purê de aipim misturado com a carne seca, mas o gosto é muito, muito bom. Minha impressão é que Sessenta recupera sim os ingredientes originais da comida baiana (daí o nome do restaurante, Sotero Cozinha Original), mas procura inovar na montagem dos pratos. E por conta de buscar o original da culinária baiana é que ele não vai incluir o godó em seu novo livro - alega não ser um prato típico da região. What a pity!

Torço para que o Sotero aumente sua clientela. Até lá, o serviço estará ainda melhor, pois qualidade gastronômica e simpatia eles já têm de sobra. E provavelmente o bairro terá seu charme aumentado com a chegada de outros vizinhos bacanas. Sorte a nossa.
Hummm... quero ir! Vamos combinar? bjus
ResponderExcluirVamos!
ResponderExcluirbjs.