sexta-feira, 28 de julho de 2017

Estimulando a criatividade


Vamos fugir

Vamos fugir deste lugar, baby!
Vamos fugir
Tô cansado de esperar
Que você me carregue
Vamos fugir
Pra outro lugar, baby!
Vamos fugir
Pra onde quer que você vá
Que você me carregue
Pois diga que irá
Irajá, Irajá
Pra onde eu só veja você
Você veja a mim só
Marajó, Marajó
Qualquer outro lugar comum
Outro lugar qualquer
Guaporé, Guaporé
Qualquer outro lugar ao sol
Outro lugar ao sul
Céu azul, céu azul
Onde haja só meu corpo nu
Junto ao seu corpo nu
Vamos fugir
Pra outro lugar, baby!
Vamos fugir
Pra onde haja um tobogã
Onde a gente escorregue
Vamos fugir
Deste lugar, baby!
Vamos fugir
Tô cansado de esperar
Que você me carregue

quinta-feira, 27 de julho de 2017

O bordado e as gerações

Quando cismei de bordar, como já disse aqui, foi por uma premência interna, já lá pelos 40 anos. Ou seja, nada a ver com pressões e padrões sociais - não TINHA que aprender a bordar para ser uma mulher prendada, valorizada pelos dotes casadoiros etc. Fui bordar porque queria, e no vaivém de linha e agulha descobri muito sobre mim.
Agora bordar e costurar estão na moda, como parte de um retorno a saberes antigos, talvez também por questões práticas relacionadas à crise financeira nacional e mundial, o faça-você-mesmo movido por necessidades econômicas.
Mas o que dizer quando uma menina de 6 anos se interessa muito por bordar? OK, teve algum contato com costura na escola bacana onde estuda e onde há alguns professores com ideias libertárias, tal e tal. Lulu teve algumas noções de costura, saber pregar botão e agora está às voltas com a confecção de um manto "pessoal", algo claramente inspirado no trabalho de Arthur Bispo do Rosário. E veio me pedir para ensiná-la, eu que pouco sei, mas que muito amo ensinar o pouco que sei, nunca perdendo uma oportunidade de aprender enquanto ensino.
Bueno, ontem, dez minutos antes do horário combinado, lá veio ela, meio esbaforida, pelo caminhozinho que traz à nossa casa: "tia Sol, tinha me esquecido da minha aula de bordado!" Porém, chegou adiantada, e logo foi se apropriando de linha, agulha e tecido. Pouco depois, chegou Tina, de 8 anos, mais interessada em pinturas, mas ainda assim disposta a acompanhar a prima no curso de bordado.
Tinha arrumado a mesa do lado de fora para bordarmos, mas logo começou a ventar e chuviscar forte, então entramos e elas se acomodaram na bancada da cozinha. Expliquei como colocar a linha na agulha, que elas poderiam escolher com quantos fios bordar. Pedi que fizessem um desenho no tecido, as duas fizeram... árvores. Expliquei como usar o bastidor, e lá se foram as duas, concentradas no alinhavo, conversando e filosofando enquanto bordavam.
Que o bordado continue entrelaçando as gerações, tecendo caminhos, narrativas e momentos como este.

terça-feira, 25 de julho de 2017

O que fazer com beterraba? Nhoque, claro!

Não sou amante de beterraba. Como porque sei que faz bem, mas acho uma hortaliça cujo preparo está sempre à beira do irremediável.
Guga gosta, então tenho comprado mais vezes. Mas enjoo logo do preparo de sempre.
Entonces, outro dia, topei com essa receita do Tastemade Brasil, que sempre tem umas receitas bem práticas, funcionais e gostosas.
Ao final, os nhoques ficaram com formato de tripinha, mas o sabor é ótimo. Adaptei as proporções porque só tinha uma beterraba na geladeira. Ficou assim (para duas pessoas, como acompanhamento de um prato):

Ingredientes:
1 beterraba pequena
50 g de ricota esfarelada
1/4 xícara (chá) de queijo parmesão ralado
1 ovo
70 g de farinha de trigo
noz-moscada ralada na hora, a gosto
1 colher (sopa) de manteiga sem sal
2 colheres (sopa) de azeite
Sálvia fresca picada (usei umas 6 folhas)
1/2 xícara (chá) de queijo parmesão ralado na hora

Preparo:
Envolva a beterraba, ainda com casca, em papel alumínio, com um fio de azeite e um pouco de sal. Leve ao forno a 200 graus por cerca de 45 minutos ou até ficar macia. Retire do forno, descasque, corte em pedaços menores e espere esfriar um pouco. Aqueça água em uma panela média.
Leve a beterraba ao processador e faça um purê com ela. Adicione a ricota esfarelada, processe e reserve. Adicione o ovo, o parmesão e a noz-moscada, e repita. Passe para uma vasilha e vá acrescentando a farinha de trigo aos poucos.
Coloque a massa obtida em um saco de confeiteiro. Vá cortando tiras da massa que sai do saco de confeiteiro deitando-as direto na água fervente (à qual se acrescenta um pouco de sal). Tire o nhoque da água à medida que as tiras subirem à superfície; reserve.
Derreta a manteiga em uma outra panela e adicione o azeite e a sálvia picada. Coloque sobre esse molho o nhoque reservado e sirva imediatamente, coberto com lascas de parmesão, como acompanhamento ou prato principal.

Aventuras soteropolitanas

Tinha combinado há tempos (quase um ano) com Liu de irmos visitar o centro de Salvador. Ontem, por fim, conseguimos.
Fomos à região da Praça da Sé e da Avenida Sete. Não tirei muitas fotos para não dar bandeira, só fiz alguns registros com celular, sem muita resolução.
Um dos pontos altos dessa ida foi conhecer o metrô (agora tenho até cartão!), andando pelas linhas 1 e 2, de Pituaçu até o Campo da Pólvora. Tudo limpinho, rápido, ótimo, um quê de futurismo anos 80. Só o intervalo entre trens ainda é grande, de cerca de 8 minutos. Na ida, com o trem já na plataforma em Pituaçu, demorei cerca de 40 minutos até o Campo da Pólvora, um bom tempo para driblar o trânsito soteropolitano.
Já no centro, Liu foi me chamando a atenção para alguns lugares interessantes restaurados há pouco tempo, como um hotel em frente à Praça Castro Alves e ao lado do Cine Glauber Rocha, com a vista indefectível da baía. Fomos tomar café perto da rua Chile, no Deltaexpresso, um café lindinho com estética Starbucks tropicalizada. Andamos pela movimentadíssima Avenida Sete, almoçamos no Grão de Bico, na Avenida Sete, e aproveitei para comprar cajuína. Comprei linho (não me lembrava que era tão caro) na Cheddar, segundo Liu, a loja de tecidos mais em conta do lugar. Fui atrás de tampa de copo de liquidificador, mas não encontrei (ninguém trabalha com Oster).
Voltei à estação Pituaçu para tomar meu ônibus, que veio lotado de passageiros e ambulantes de um jeito que nunca vi. De qualquer modo, ainda vale a jornada ir até Salvador dessa forma.

domingo, 23 de julho de 2017

Compras utilíssimas: alforjes e máquina de costura


Hoje recebi duas coisas que comprei pela internet: uma minimáquina de costura made in China e um par de alforjes para bike da Alforjaria, da Priscila Moreno, de SP.
O processo de compra dos alforjes foi um tanto confuso (o site não te dá a opção de comprar diretamente ali, você precisa fazer um depósito em conta, depois houve um engano no envio, e a coisa demorou mais do que devia), mas os alforjes são lindos, com ótimo acabamento. Amanhã já verei se se adaptam bem à bike.
Quanto à maquineta, ela veio um pouco diferente da foto publicada no site das Americanas (!). Bueno, já tinha lido alguns comentários sobre essas minimáquinas, e me pareceram mais favoráveis que o contrário - para pequenos consertos, que fique claro. O tamanho é ótimo, cabe em qualquer cantinho do escritório (e espaço interno é um problema que ainda temos). Logo passarei aos testes também.

Atualização: Os alforjes são ótimos, além de lindos. Já soube que a Alforjaria está com modelos novos, sem fitas de velcro, mas por ora elas me parecem bem eficientes. Quanto à maquininha de costura, terrível, não vale a pena. Quebrei duas agulhas só fazendo testes - ela já tinha vindo montada, conferi se estava certo e fui passar o tecido, e logo deu pau. Já pedi a devolução do produto às Americanas (na verdade, foi vendida por um parceiro) e a restituição do valor no cartão de crédito.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Véspera de aniversário com Amor e Zé

O melhor show na Concha até agora. Zé Ramalho é sertão, é rock'n'roll, é avôhai. Até a chuva que caiu no início foi profética porque era show dele.
Mas o presente foi meu.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Mais caseirices: pasta de amendoim

Coisa mais fácil não há: a pasta de amendoim fica pronta com apenas 1 xícara de amendoim pelado batido no processador. Uma pitada de sal e um pouquinho de açúcar realçam o sabor. Eu coloquei 1 fio de óleo de canola para facilitar a mistura, mas em princípio é desnecessário, já que a própria gordura do amendoim vai se encarregar de criar uma massa coesa.
Ficou uma delícia, levemente crocante, e muito mais saudável que os que compramos por aí, cheios de óleo e de açúcar.

Uzi, enfim!


Amo uzi, aquele bolo folhado recheado com carne de cordeiro, arroz, castanhas e especiarias. Só encontrei no Halim, em São Paulo, esse delícia árabe, e por muito tempo nunca havia visto a receita na internet.
Outro dia, porém, comentando com o marido sobre a iguaria, lembrei de procurar novamente a receita. E não é que encontrei mais de uma ocorrência? Acabei juntando duas que encontrei, uma da revista Prazeres da Mesa e outra do site Arabesq, que tem diversas receitas árabes tradicionais.
Cheguei numa terceira, e o recheio ficou maravilhoso, com acém moído, castanha de caju, pimenta síria preparada na hora, summac, alho e cebola. A massa folhada laminada da Arosa, claro, sem maiores segredos. E então pincelei a massa já recheada com gema levemente batida e manteiga, e logo tivemos dois bolos gigantes (tão grandes que resolvemos dividir um e guardar o outro).

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Uma semana como deve ser

Palestra de Mia Couto na companhia da sogra, Mulher Maravilha no cinema e o melhor modelito do filme, jantar preparado pelo marido, bordado, pedal e descoberta de trilha massa na Praia do Forte. Só faltou uma fotinho pro show da banda Spectro, que faz tributos a Pink Floyd.
Assim.

domingo, 2 de julho de 2017

Bordado sem filtro ou Organizando a bagaça ou Como evitar o emburrecimento precoce

Voltei a bordar, depois de remexer nos trabalhos guardados. Re-retomei o projeto começado lá com a Sávia Dumont, da mandala pessoal. O pano já tinha ficado manchado e marcado pelo bastidor - agora tudo faz parte de sua história de espera.
Furei três vezes os dedos. Apanhei um pouco para lembrar de pontos básicos. Desfiz algumas vezes. Coloquei as linhas que pretendo usar em cada parte, já imaginando a distribuição de cores. Repensei a posição das imagens a bordar.
Hoje alinhavei o contorno, para facilitar o trabalho e começar a parte divertida. Ficou imperfeito e bonito.
Certamente por conta da retomada do bordado, voltei a ler. Do zero, Michael Pollan, com pinceladas de Campbell. Anotei pensamentos para um livro/projeto. O momento é agora, antes que eu emburreça de vez e nem tenha mais o que dizer. O que seria uma pena, pelo amor que tenho ao conhecimento.
Algo me diz que logo virá um novo contato - direto - com educação.

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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