segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A placidez engordativa da mousse de doce de leite

Receita da Dedo de Moça. Boa, mas ainda um tanto doce. Talvez valha a pena aumentar a proporção de creme de leite e/ou acrescentar claras em neve.

sábado, 29 de agosto de 2015

Tajine de novo

Mesma receita da Heloisa Bacellar. Mas hoje ficou mais bonitinho.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A casinha pequenina

... onde cabem tantos projetos e quereres;
... cujas janelas dão para o mar e o infinito;
... cercada de verde;
... cheia de amor.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Torta de maçã rapidíssima

Massa feita com biscoito maisena e manteiga (usei quase 1 pacote de biscoito para cerca de 100g de manteiga derretida). O recheio foram duas maçãs descascadas e picadas - primeiro, ficaram marinando no suco de 1 limão siciliano, com 1 colher de sopa de açúcar cristal. Depois de meia hora, foram coadas e misturadas a canela, cravo em pó, noz-moscada, sal, pimenta-do-reino (tudo meio a gosto) e 1 colher de sopa de farinha de trigo.
Coloquei na forma de aro removível sobre a massa já espalhada e levei ao forno (cerca de 180 graus) por 20 minutos.
A única questã aqui é o tempo de forno: se deixar demais, é possível queimar a massa; se deixar de menos, ela vai ficar mais quebradiça.

domingo, 16 de agosto de 2015

Frugalidade dominical - tomates recheados

Continuo tentando mudar a cor dos meus pratos - menos amarelo, por favor! E hoje quis testar uma refeição mais frugal, com outras cores.
Gosto muito das receitas da Fabiana do Figos e Funghis. Ela deu essa dica dos tomates recheados com brócolis e queijo branco. Eu não tinha queijo branco, então misturei o brócolis com requeijão light e um pouco de parmesão ralado. Fiz o mesmo acompanhamento que ela sugere, de cogumelos - misturei os funghi secchi que tinha aqui. Ficam uma delícia com azeite e shoyu.
(Claro que, como demorei a começar o preparo, ao final estava com uma fome monstruosa - até limpei o prato com uma fatia do meu pão de cardamomo e mel.)

sábado, 15 de agosto de 2015

Ratatouille que vira pizza

Já tinha feito pizza em casa uma vez, mas não gostei do resultado (acho que foi a receita do Sebess).
Encontrei a receita do Panelaterapia, e me pareceu boa, além de fácil de fazer.
Fiz um disco pequeno, mezzo mozarella, mezzo ratatouille. No meu caso, ela ficou no forno de 15 a 20 minutos. E ficou muito, muito boa!

Kabuki e o pertencimento

Apesar da minha parcial japonesidad, nunca tinha assistido a uma apresentação de teatro japonês típico, Nô ou Kabuki. Minhas referências eram fotográficas ou musicais (Caetano falando de "kabuki, máscara" ou Gil citando o "teatro Nô, japonês").
Entonces, saindo da aula de fotografia, vi um cartaz com a programação de uma companhia japonesa de kabuki. E alguns dias depois lá estava eu, conferindo ao vivo o que os ancestrais fazem há quatro séculos.
No início, tive medo de que o público fosse desrespeitoso com uma cultura tão diversa como a japonesa, por mais que ela esteja popularizada na comida, nos animes, no karaokê. Algumas pessoas cochichavam, outras tossiam e uma meia dúzia saiu do teatro ainda na primeira parte da apresentação.
Quando anunciaram o intervalo, senti alívio, pois imaginei que era a oportunidade dos descontentes de saírem dali. Mas, para minha surpresa, a esmagadora maioria do público ali ficou, sem nem se levantar para o intervalo.
Havia, sim, trechos falados/cantados em japonês, que lembravam um pouco aquelas novelas japonesas transmitidas por algum canal nacional. Mas os gestos e a dança, valorizados pela luz e alguns efeitos simples e incríveis (como a teia de aranha feita de mil fios lançada pelo vilão), eram delicados, precisos, lindos. Fujima Kanjuro, despido de máscara e roupas extravagantes, envergando apenas kimono, elegantes calças hakama e meias, transformava a realidade ao redor com movimentos que pareciam mínimos, mas eram plenos de gestos e significados. Houve um momento em que me lembrei do flamenco, pelo girar das mãos, pela batida (muito mais contida, é verdade) dos pés no chão. Creio que, principalmente, pela intencionalidade.
De novo, de algum modo e emocionada, entendi tudo. Algo lá dentro dizia que aquilo pertencia a mim, que eu pertencia também àquela beleza.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Très rustique - Ratatouille, une fois de plus

Estava a fim de fazer ratatouille. Não encontrei a receita do Olivier no site - até devo ter impressa, mas resolvi buscar alguma outra.
Achei uma no Dedo de Moça com a cara do ratatouille do desenho homônimo. Preparo bem diferente do que já havia feito. Tostar berinjela e abobrinha separadamente (nesse momento, adicionei sal e pimenta-do-reino), depois refogar cebola, alho e tomate. Então, sobre o refogado e um punhado de salsinha picada, montar fatias de berinjela, abobrinha e dois tipos de pimentão. Regar com azeite - eu salpiquei ainda ervas de Provence.
Ficou muito gostoso, além de lindamente colorido. Aprovei.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Like a gingerbread

Sem palavras quando bate o cansaço, só mesmo o Gingerbread pra me representar.

Brownie e sorvete de caju

A combinação é clássica, brownie e sorvete. Não sei se está démodé - eu mesma enjoo de vez em quando, porque acho o brownie tradicional muito, muito doce.
Por isso, reduzi a quantidade de açúcar e coloquei só chocolate meio amargo na receita do Prato Fundo.
A ideia era fazer o brownie só para ver se combinava com o sorvete de caju - desta vez, fiz sem os pedacinhos de doce, e experimentei com leite condensado sem lactose (mais escuro e doce que o tradicional, parece um leite condensado mais "curado").
Os dois combinaram lindamente. A cremosidade e refrescância do sorvete de caju compensaram a densidade do brownie.
E percebi que o ideal seria deixar menos tempo no forno (pelo menos uns 5 minutos a menos) - eu já havia reduzido para 25 porque fiz metade da receita. Mas é importante lembrar da potência do forno, para que o brownie mantenha sua umidade.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Escondidinho de frango e batata-doce

O que fazer com o frango que não fosse assá-lo ou prepará-lo ao curry ou com karê?
Busquei uma receita de escondidinho de frango e logo achei uma ótima, do Dedo de Moça. Mas fiz uma ligeira adaptação, além de mudanças nas quantidades (reduzi algumas coisas pela metade, mas outras foram mantidas, como a cebola, o alho, a manteiga, o curry, as batatas, o requeijão), substituindo a batata por batata-doce. Ficou incrível.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Pesto de castanha de caju


Hoje, na correria editorial, percebi que já era hora do almoço e não tinha descongelado nem frango, nem carne, e que demoraria muito para assar alguns legumes. E então me lembrei que tinha manjericão, salsinha e um punhadico de castanhas de caju.
Qualquer oleaginosa substitui os caríssimos pinoli (plural de pinolo) no preparo do pesto (quase uma aliteração aqui), isto é fato. Mas não sabia que a castanha de caju ficava tão deliciosa, tão melhor que as nozes.
Usei dois dentes de alho (o pesto ficou nervosíssimo, uma delícia), bastante azeite, o punhadico de castanhas, uma colher de sopa de cream-cheese e, por fim, cerca de 1 xícara e meia de folhas de salsinha e de manjericão (em menor proporção), nessa ordem.

domingo, 9 de agosto de 2015

Sempre o curry

Já fiz essa receita do Panelinha uma meia dúzia de vezes, mas nunca tinha ficado tão boa quanto hoje. O frango e a maçã praticamente desmanchavam na boca. O curry estava verdadeiramente hot, o tempero, uma delícia.
Acho que tudo simplesmente porque deixei a mistura reduzindo um pouco, o que curtiu o curry e fez o frango e a maçã cozinharem mais. Despretensiosamente perfeito.

Dia do Avôhai

Ele me criou. Bonachão, inteligente, bonito, bravo, carinhoso, justo na maioria das vezes. Dele provavelmente herdei o gosto pelas palavras, pelas longas conversas, além de um quê de mestre de cerimônias, o prazer de ter uma mesa cheia de convidados.
Foi a pessoa que mais apostou em mim, enquanto juntos vivemos. Orgulhava-se de cada pequena conquista, se emocionava ao me ouvir recitar versos para ele. Já muito doente, não coube em si de alegria ao me ver vestida para a formatura do ginásio.
Mesmo quando ele não estava perto, sempre foi um pai/avô presente. Brigamos algumas vezes, quando eu já era adolescente. Doeu muito quando o vi uma vez caído na rua. Ele foi sendo derrotado pela bebida, por uma conjunção de diabetes e cirrose hepática.
Morreu em casa, diante de mim. Ouvi seu último suspiro. Não acreditei quando percebi que ele não abriria mais os olhos.
Muito longe da perfeição - havia sido mulherengo, no final da vida deu para beber, não deixou nenhuma herança material -, meu avô, porém, foi o melhor que pôde ser para mim. Sempre acreditou, sempre investiu, sempre defendeu, sempre vibrou. Amou, acima de tudo, com toda sua imperfeição e sinceramente.
Eu não poderia ter tido um pai melhor, seu Antonio. Mesmo tanto tempo depois da sua partida, meu coração se enche de amor e saudade ao lembrar de ti.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Bolo de chocolate em nova forma e gato ao fundo

Estreando a forma fofa by Ikea que ganhei de dona Jacira - ah, o bolo fica tão mais lindo!
E lá estava ele, o Gatatouille ao fundo, de orelhas eriçadas diante da novidade.

Conhece-te, ou te devoro

No fundo, todos temos uma Esfinge dentro de nós.
Desta vez, ela deu as caras para Alice, do outro lado do espelho.
Quando não a deciframos, podemos ser devorados pelo nosso próprio enigma. Não pelo outro, por nós mesmos. Ali no fundo reside o animal devorador de cada um.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Mousse de caju quase lá

Cismei de fazer uma mousse de caju que não levasse leite condensado e gelatina. Fui consultar o livro do Michel Roux e achei uma mousse de amora com creme de confeiteiro e claras. Resolvi adaptar para o caju. Algo, porém, não deu certo - apesar do gosto ótimo, parte do suco foi para o fundo, e assim a mousse não ficou firme nem completamente aerada. Não sei se deveria ter deixado as claras mais firmes, ou se deveria ter reduzido um pouco o suco de caju (usei concentrado), ou ambas as coisas. Ou se ocorreu alguma outra transformação química que desconheço.
O negócio é continuar pesquisando e experimentando, porque boto a maior fé nessa combinação (e essas castanhas de caju açucaradas em cima ficaram simplesmente o crime da mala).

Cativa-me, ou te devoro

Como tantas garotas, na adolescência li "O pequeno príncipe". Na época não admiti para mim mesma, mas fiquei tentando achar algo de filosófico naquela história do "eternamente responsável por aquilo que cativas". Acho que já temia um pouco o tal do eternamente. Quando muito, achei o livro fofo, e continuei sem entender a comoção em torno dele - anos depois, soube da vida e do fim trágicos de Saint-Exupéry, e isso me pareceu muito mais digno de nota.
Outro dia, li que vai haver um novo filme sobre o principezinho, uma animação, na verdade. E, ao pensar no pedido meio desesperado da raposa, me veio à mente a Esfinge. Coisas do inconsciente? Provavelmente.
Para variar, a frase veio do nada, seguida da imagem. Ei-las, então.

domingo, 2 de agosto de 2015

Produtos da Beth Bakery

Eu estava muito curiosa em conhecer os produtos da Beth Bakery, principalmente quando li que as fornadas eram semanais e entregues em casa. Pensei que esse era o modo de produção ideal - trabalhar alguns dias da semana - e adequado ao modo de vida moderno - divulgação nas redes sociais, pagamento seguro, entrega em domicílio.
No entanto, o negócio deve ter começado a crescer, e Beth abriu uma lojinha - o que aumenta o conforto dos clientes, mas desfez um pouco meu sonho do negócio gastronômico com horas livres.
Bueno, fui conhecer a lojinha. Pequena e fofa. Beth é uma simpatia, e não só me atendeu muito bem, como me deu dicas de panificação, cursos, livros, nos 15 minutos que fiquei ali. Trouxe para casa a focaccia, os cinnamon rolls, o bolo de limão siciliano e cookies de chocolate.
O bolo de limão é incrível, e acabou rapidamente. Esperava mais dos cinnamon rolls. Os cookies são ótimos, meio puxa-puxa, com gotas de Callebaut branco e ao leite. Mas a focaccia, para mim, foi o ponto alto - deliciosa!




sábado, 1 de agosto de 2015

Sopro de doçura - suflê de goiabada com molho de cream cheese

E não é que ainda tinha um pedacinho de goiabada Ralston? Parece que não acaba nunca, para minha sorte.
Como deu supercerto fazer o suflê de queijo, resolvi fazer uma versão doce. Pensei em goiabada com queijo, e claro que achei receitas na internet, inclusive uma da Carla Pernambuco. Aliás, uma coisa que me irrita é quando os chefs dão sua receita sem explicar nada. Foi este o caso. De qualquer jeito, como já sabia os macetes, foi fácil completar as "lacunas".
Em vez do molho de catupiry que ela sugere, acabei testando com cream cheese, e gostei bastante. Acho que deve ficar parecido com o de catupiry (que ganha na densidade).

Ingredientes (dois ramequins)
- 1/2 xícara de goiabada em pasta (eu cortei pedaços e derreti em água quente)
- 2 claras
- 1 colher de sopa de cream cheese
- 1/2 xícara de creme de leite fresco
- 2 colheres de sopa de leite

Preparo
Unte dois ramequins com manteiga e enfarinhe. Em uma panela, sobre fogo médio, dissolva o cream cheese no creme de leite e no leite. Retire do fogo e reserve.
Aqueça água para o banho-maria e pré-aqueça o forno a 220 graus.
Bata as claras em neve com uma pitada de sal até ficarem com picos firmes. Em uma tigela, misture 1/3 das claras com a goiabada; depois, vá acrescentando o restante das claras muito delicadamente, com uma espátula, em movimentos de baixo para cima. Misture até ficar homogêneo.
Coloque a mistura nos ramequins. Coloque-os em uma forma e despeje nela a água quente, até cobrir metade dos ramequins. Leve ao forno e não abra a porta antes de completar 20 minutos.
Sirva quentes, acompanhados do molho de cream cheese.

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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