quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Última do ano antes do Projeto 2015: patê de berinjela e nozes



Pois é, engordei tudo de novo após experimentações culinárias, refeições fora de hora e de lugar e, principalmente, ansiedade diante de um futuro incerto. Chego ao último dia do ano com a sensação de que 2014 ainda se estenderá por alguns meses, até que eu possa voltar a respirar com alguma confiança.
Já sei, porém, que só vou conseguir voltar à boa forma e mantê-la tendo uma alimentação saudável e me exercitando, ambas as coisas, e não uma ou outra. Também sei que só eu posso tomar decisões a esse respeito e cumpri-las.
Bem, o ano acabou, e brindo ao que virá com um patê de berinjela com nozes - não é exatamente light, mas é saudável e saboroso, o que já é um bom começo.

Ingredientes:
- 1 berinjela
- 1/2 xícara de nozes sem casca trituradas
- 1 colher de sopa de sementes de cominho
- 3 dentes de alho picados
- sal e pimenta-do-reino a gosto
- azeite a gosto

Preparo:
Corte a berinjela no sentido do comprimento. Coloque-a em uma forma e cubra-a com o alho picado, cominho, sal e pimenta a gosto. Regue tudo com azeite e leve ao forno por 30 minutos. Espere esfriar um pouco e retire a polpa da berinjela. Amasse-a com um garfo e misture bem. Junte as nozes trituradas, misture, adicione um fio de azeite e acerte o sal.

domingo, 21 de dezembro de 2014

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Das ideias que não nos largam

Pense numa pessoa que não tem nada pra fazer e fica bolando coisas.
Não sou eu.
Eu tenho um monte de coisas pra fazer nesse período de duas semanas tenebroso, de correria, tensão, tempo que passa rápido demais, e preciso parar e começar a dar forma a uma ideia que não me deixa. Outro blog, incertezas quanto ao formato, se vai dar caldo ou não.
A única certeza é como quero a imagem de capa. E mesmo assim, quando dou início a ela, eis que ela mesma vai me ditando como quer ser - pela combinação de cores, pela cola que mancha o tecido etc. etc.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Um presente que vem com ideias

Hoje ganhei da Lu uma camiseta de Frida Kahlo (ficou certinha!) e este livro fofo, que reúne fábulas, ilustrações e receitas mediterrâneas. E a Lu disse ainda: "Acho que você podia fazer algo assim".
Talvez não exatamente assim, mas algo que reúna as coisas de que mais gosto. Sim, é o que quero fazer.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Baguetes


Ratatouille


A primeira vez que comi ratatouille foi em Paris, mas não foi em um bistrô. Foi um prato congelado comprado pelos meus anfitriões Carlos e Flávio, muito bom por sinal. E a primeira vez que ouvi falar de ratatouille foi por causa do filme homônimo, do ratinho gourmet. Até então não conhecia esse prato meio campesino da região da Provence com muitas semelhanças com a comida italiana (para mim, sem temer a heresia, lembra muito uma caponata servida quente e sem tanto azeite).
Fiz a receita do Olivier Anquier, bem rápida (dizem que o ratatouille demora bastante tempo no fogo). Ficou ótimo. Para acompanhar, cuscuz marroquino e carne ao molho de tomate e páprica.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Équipage


Amo equipamentos. Amo lojas bem organizadas de equipamentos, quase de todo tipo. Não sei se isso tem a ver com minha ascendência nipônica. Contraditoriamente, hoje quero fazer coisas que requeiram pouca parafernália, como imagino que eram feitas antes de toda a tecnologia que existe.
Na cozinha, embora tenha comprado a sorveteira, os eletrodomésticos mais usados, além do fogão, são o liquidificador e a cafeteira, seguidos da torradeira e da planetária. Mas o que uso mesmo são minhas espátulas e colheres de pau, minhas facas e mais quatro utensílios cuja utilidade me encanta: o separador de gemas, o raspador plástico (uma espécie de espátula), o pão-duro e o fouet.
Confesso que tinha um certo preconceito contra o fouet, achava uma frescura de quem não queria usar um bom batedor de claras ou um simples garfo, mas depois descobri sua capacidade de aeração, que o batedor e o garfo não têm.
Quanto mais simples é o objeto e mais específica sua função, mais ele me encanta, como o separador de gemas e o pão-duro (que não pode ser substituído por uma simples espátula). Já o raspador foi fundamental quando fiz a molenga massa de panetone, evitando que as gemas escorressem da coroa de farinha sobre a mesa.

Sorvete de Nutella


Eu poderia viver sem sorveteira? Com certeza! Talvez eu não chegasse à consistência da foto, mas o sabor pouco perderia. A praticidade está em não precisar de tempos em tempos, a depender do sorvete, tirá-lo do congelador para bater.
Fiz sorvete de Nutella. Só uma garrafa de creme de leite (500ml) e um pote grande de Nutella. Depois de aquecer o creme de leite, sem deixar ferver, é só acrescentar a Nutella, mexer bem até dissolver e deixar esfriar antes de colocar na sorveteira (cujo bowl ficou no congelador 24 horas). Em 10 minutos, a consistência ficou assim, firmíssima. Pelo que percebi, 5 minutos teriam sido o suficiente e deixariam o sorvete mais cremoso, ainda que menos firme.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Da mesma massa, panetone e chocotone


O corte em cruz não ficou muito bonito dessa vez (tem que afiar a faca sempre, antes de cortar), mas o primeiro chocotone a gente nunca esquece! Mesma receita do Paulo Sebess, mas com gotas de chocolate da Callebaut (achei um pacote menor, mais barato portanto). A quantidade de chocolate foi menor que a de frutas cristalizadas e passas (uns 150g - mas agora me dei conta de que usei o dobro das quantidades! por isso essa aparência "explodida" do panetone de frutas!). De novo, usei o Tamagotchi como massa mãe.
Estou amando essa receita, porque o panetone cresce bem, quase infalivelmente.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Que venha a sorveteira!

Resolvi o dilema. Comprei a sorveteira, pelo preço inicial, na Fnac (nem sabia que a Fnac vendia esse tipo de coisa). Ontem, já a coloquei pra trabalhar. Quer dizer, na véspera, quando ela chegou, pois o bowl tem que ficar 24 horas no congelador antes da produção do sorvete.
Ontem, então, 24 horas depois do congelamento, coloquei nela a mistura de polpa de abacaxi, iogurte grego e leite condensado. E logo a mágica começou, com a mistura líquida adensando e, pouco a pouco, se transformando num sorvete gostoso e refrescante.
E minhas visitas aprovaram, o melhor de tudo.

"Chef", um road food movie

Ontem, depois de receber amigos para um chá em casa, resolvi assistir a esse filme meio road movie, meio food movie, mistura perfeita. Afinal, o filme fala de um chef que, demitido, resolve/é obrigado a trabalhar em um trailer de comida. O filme com Jon Favreau, lançado em 2014, é dirigido por ele mesmo, e conta com alguns estelares como Dustin Hoffman, Robert Downey Jr. e Scarlett Johansson.
O mais bacana desse filme, além da fofura na relação pai e filho que acontece o tempo todo, é como ele consegue trazer o universo da cozinha para fora do restaurante, algo incomum em filmes sobre gastronomia. Além disso, mostra esse universo na contemporaneidade, com tuítes, sites, blogs, instagram, críticas gastronômicas on-line - para não falar do próprio conceito de food truck, sucesso nos dias atuais.
Por fim, ainda há minha parte favorita, que é ver um chef em ação, especialmente no momento de criar um novo menu, com toda destreza, seja na cozinha profissional do restaurante, seja no trailer reformado que percorre várias cidades norte-americanas. Uma delícia de filme, em todos os sentidos.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Deriva continental


Panetone - pegando o jeito

Esse foi o panetone mais bonito até agora. Terceira receita testada, do livro do Paulo Sebess, utilizando Tamagotchi como massa mãe e farinha de trigo comum. No lugar de água de flor de laranjeira, essência de baunilha. A ver se ficou gostoso.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Renovo






Sorvete de crème brûlée





Rolou Black Fraude e não rolou a sorveteira - fiquei assistindo aos preços subindo vertiginosamente, e ao sumiço dos produtos, e aos prazos bizarros de entrega. Parece que não é hora, que ainda é preciso aperfeiçoar os sorvetes manualmente.
Bem, parece que quando se trata do modo europeu de fazer sorvetes não há problema em não ter sorveteira. É só fazer uma boa base com crème anglaise, usar produtos de qualidade, e pronto. Agora, no caso dos sorvetes de frutas, é um pouco mais difícil evitar a cristalização do gelo.
Resolvi, na ausência da sorveteira, apostar em outra receita "europeia", sorvete de crème brûlée (quase uma redundância europeia), do blog Technicolor Kitchen. A receita desse sorvete de baunilha, ou do próprio crème anglaise, até agora me pareceu a mais simples e deliciosa de todas que fiz (talvez eu só colocasse menos caramelo). É um crème brûlée que não corre o risco de ser carbonizado pelo maçarico!

domingo, 30 de novembro de 2014

Louças orientais


Junte a minha domesticidade canceriana ao apreço pela beleza libriano (da minha Lua), e pronto, estou perdida! Aí está meu fraco pela beleza e pelas coisinhas de casa. Eu fico encantada com essas louças japonesas pintadas à mão ou que assim parecem. Fazem toda diferença na hora de servir e também no momento de capturar aquela imagem bonita de uma sobremesa.
A da foto, ainda por cima, vem semeada de sakuras, pura primavera japonesa.

sábado, 29 de novembro de 2014

Sorvete de pistache

A primeira coisa sobre o verdadeiro sorvete de pistache é que ele não é verde-berrante, mas quase amarronzado. Usei uma receita do La Cucinetta. A segunda é que a consistência ficou impecável, mas ainda achei que o sabor podia ser mais suave e um pouco menos doce. Talvez mais leite resolva.
Interessante é que, como o pistache é uma oleaginosa, não é necessário utilizar creme de leite. Toda gordura está no fruto (caríssimo, aliás).

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Uma voltinha pela Bienal








Era para encontrar uma amiga das antigas, que acabou não indo porque a chuva desabou sobre a cidade. Eu já havia convidado a Lu, e sabia que lá talvez encontrasse a Cris Muniz, outra queridíssima da Velha Guarda das artes.
A 31a Bienal estava fraquinha; um ou outro trabalho merecia maior atenção. Útero, baobá, cartel, a ilha para viajantes perpétuos como eu. E o encontro com as amigas, o que de fato valeu a pena nessa tarde no Parque do Ibirapuera (que sempre me traz boas lembranças, de outra fase da vida, muito bem vivida).

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Pão do deserto

Ainda nem sei se ficou bom - está esfriando -, mas esse pão me fez lembrar do Atacama. O que terá acontecido para ele ficar com essa aparência? Desta vez, resolvi usar a forma de bolo inglês.
Usei o levain novo e a receita de pão integral do Luiz Américo. A cara ficou totalmente diferente do que fiz na escola do Shimura e do que fiz aqui, com "bronzeamento artificial". Será a farinha?
Além de caras, essas farinhas integrais de supermercado me parecem bem suspeitas...

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Mais milagres no jardim

Assim como o antúrio e o lírio-da-paz destruídos pelo granizo, agora recuperados, minhas rosinhas tinham sucumbido às forças da natureza - estavam sequinhas, sequinhas. Em vez de jogá-las fora, porém, continuei regando o vaso todo dia.
De forma impressionante, a maior parte dos galhos voltou a enverdecer. E hoje desabrochou uma rosa, mostrando que nem sempre tudo está perdido. Às vezes, é preciso regar um pouco mais.

sábado, 22 de novembro de 2014

Sorvete de limão e dilema


Voltei a pensar na compra da sorveteira. Tudo bem, tenho conseguido fazer os sorvetes sem ela, mas alguns ainda ficam com cristais de gelo, a depender dos ingredientes utilizados.
A culpa da volta do dilema é do sorvete de limão. Talvez a receita não seja a melhor, talvez devesse ter usado o creme de leite fresco (que não tinha em casa). Mas senti a frustração ali.
Como pretendo ainda testar diversas receitas, estou pensando. Pensando, pensando. A ver.

Panetone, a missão 2





No final das contas, acabei usando o levain ensinado pelo Luiz Américo, porque o Tamagotchi deu uma murchada e fiquei com medo de dar com os burros n'água. E não é que deu certo? Parece que finalmente o levain ainda sem nome "pegou".
E parece também que estou enfim pegando jeito na sova. Poderia até ter deixado mais tempo crescendo, mas não deixei. Fiz a mistura de frutas cristalizadas tradicionais com abacaxi, figo, laranja e limão cristalizado, além das passas brancas. Usei farinha de trigo comum (Anaconda - fiquei fã; é melhor que Renata e mais barata!) e açúcar abaunilhado. Ficou bem gostoso. Como não esperei esfriar antes de cortar, não sei se poderia ter ficado ainda mais macio. Tenho vontade de acrescentar a essa mistura um pouco de cereja.
O próximo teste será com gotas de chocolate.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Sorvete de cupuaçu e infalível mousse de chocolate



A combinação cupuaçu e chocolate para mim é uma das mais perfeitas que existem. Eu costumo fazer um cremezinho básico de cupuaçu, com leite condensado, creme de leite e polpa de cupuaçu; às vezes, ele acompanha ganache de chocolate ou mousse.
Mas, como ando na fase sorveteira, resolvi fazer um sorvete de cupuaçu inspirado no de manga criado pela Helena Gasparetto, com iogurte grego. Para 100ml de polpa, 100ml de iogurte grego, meia lata de leite condensado, suco de meio limão. Ainda coloquei cerca de 2 colheres de creme de leite, só porque tinha à mão. Bati tudo no liquidificador, e depois que ficou sólido, cortei em pedaços e bati na batedeira até ficar cremoso, voltando em seguida a mistura para o congelador. Ficou muito bom.
Então cismei em fazer a mousse certeira de chocolate para acompanhar. Quer saber? Acho que o creme combina mais com ela que o sorvete. Talvez o sorvete caísse bem com um bolo fofinho de chocolate, um petit gâteau...

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Receita de um, levain de outro

Devo parecer uma tonta quando fico babando diante de uma pestana que dá certo. Mas acho lindo demais mesmo - é uma espécie de atestado de força do pão, uma prova de que ele venceu vários obstáculos para vir à luz.
Já devo ter comentado que adoro fazer cursos. Uma das coisas que mais me atraem nos cursos é a troca de ideias com professores e outros alunos. Por exemplo, no curso do Luiz Américo, conversando com uma colega que tem um fogão exatamente igual ao meu, descobri o descompasso das temperaturas. Ela havia comentado que seus pães ficavam muito brancos, eu disse que os meus também. Então ela contou que agora deixava o forno aquecendo a 250 ou 280 graus para então chegar aos 220 desejados para assar os pães. 
Ontem, foi o que fiz. Além de colocar a assadeira para exalar vapor (ainda me atrapalhei um pouco na hora de despejar água) - agora é encontrar pedras para esquentar a assadeira.
O pão ficou bem mais dourado que das vezes anteriores.
Outra coisa: de novo, usei o Tamagotchi na receita do Luiz Américo. E deu muito certo. Ainda não senti firmeza no novo levain. Aliás, a próxima tentativa de panetone deve ser com o Tama.

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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