domingo, 27 de setembro de 2015

Encontros e despedidas I

Se depois de assar quatro pães, um bolo, um quibe e um cheesecake dupla face eu não tivesse me queimado, seria um milagre. Mas essa queimadura, logo tratada com sulfato de neomicina+bacitracina, não foi nada perto da alegria de cozinhar para um primeiro grupo de amigos de quem me despedi. Como não cabe tanta gente em casa (mesmo reduzindo bastante o número de convivas), decidi dividir os queridos em grupos, levando em conta as afinidades.
São pessoas muito importantes para mim, que têm estado comigo em muitos momentos alegres, mas que se mostraram ainda mais leais em momentos muito difíceis. Nem sempre nos encontramos o quanto queremos, mas esses amigos sempre estiveram por perto - inclusive fisicamente. Por coincidência, todos se tornaram meus vizinhos há pouco, embora nos conheçamos há muito.
Em um tempo de tanta loucura, ódio, violência, deturpação de valores humanos, poder estar perto de quem nos quer bem, poder compartilhar a mesa com pessoas queridas, trocar palavras luminosas, fruir o afeto, tem um poder de cura inestimável.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Música-tema com calor e possibilidades


Vamos viver no Nordeste, Anarina
Vamos viver no Nordeste
Deixarei aqui, meus amigos, meus livros
Minhas riquezas, minha vergonha
Deixarás aqui, tua filha, tua avó, teu marido
Teu amante

Aqui, faz muito calor
No Nordeste faz calor também
Mas lá tem brisa
Vamos viver de brisa, Anarina
Vamos viver de brisa

domingo, 20 de setembro de 2015

Pão de mandioca com levain

Ainda não tinha experimentado fazer o pão de mandioca do Pão Nosso.
Lembrei então que tinha uma farinha de mandioca ótima, trazida da Bahia, e pus mãos à obra, ou melhor, à sova.
Interessante como a massa ficou mais densa e cresceu toda sólida na primeira fermentação. Como já era tarde, levei à geladeira e confirmei assim que os pães que "dormiram ao fresco" saíram todos bonitos, com ótimo sabor e belos alvéolos. Isso para não falar que não tenho mais ficado até de madrugada esperando o forneamento ou acordado hipercedo para terminar de modelar e assar...

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Beleza interior do pão de nozes e damasco


Resolvi adaptar a receita do pão de nozes do Pão Nosso. Mudei a quantidade dos ingredientes (para um pão de 500g, usei 250g de farinha branca, 50g de farinha integral, 100g de levain refrescado, 200mL de água e 6g de sal) e acrescentei nozes e damascos picados (meio no olho, coisa de 3/4 de xícara de chá).
Desta vez, a pestana não abriu e o pão não caramelizou. Mas o interior, meu Deus, que coisa boa!
Ah, sim: parte do desejo por damasco surgiu porque outro dia comprei pães da Beth Bakery e o que se intitulava pão com sementes de girassol e damasco devia ter um damasco só. Era gostoso, mas achei meio propaganda enganosa...

domingo, 13 de setembro de 2015

sábado, 12 de setembro de 2015

Bolo de milho com leite de coco e polenta

Nunca achei muita graça em bolo de milho até provar um divino em Delfinópolis, Minas Gerais. Estava numa pousada muito bacana, com café da manhã incluso - como normalmente acontece em Minas, um lauto café, com gostosuras feitas ali: bolos, geleias, queijos.
Outro dia, fiz arroz de coco e sobrou meia garrafa de leite. Também havia sobrado, de outro almoço, meia lata de milho no vapor. Pensei: por que não fazer um bolo de milho com leite de coco?
As receitas que encontrei normalmente falavam em milho e coco ralado. Mas então resolvi adaptar uma da Panelaterapia, substituindo o leite por leite de coco e a farinha de milho por polenta.
Quando o bolo estava no forno havia uns 20 minutos, o gás acabou! Deixei-o dentro do forno e fiquei esperando o caminhão de gás trazer um botijão novo. Pensei que poderia ter embatumado, solado, mas não. Depois de mais uns 15 minutos de forno, modéstia às favas, ficou uma delícia!

Ingredientes:
1/2 lata de milho no vapor sem água
2 ovos
1 xícara (café) de óleo de canola
1/2 xícara (chá) de leite de coco
1/2 xícara (chá) + 1 colher (sopa) de açúcar demerara
1/2 xícar (chá) polenta
1/2 colher (sopa) de fermento químico em pó

Preparo:
Unte uma forma com margarina/manteiga e enfarinhe. Pré-aqueça o forno a 180 graus.
Bata no liquidificador os ingredientes líquidos, os ovos e o milho. Acrescente o açúcar e bata mais um pouco; faça o mesmo com a polenta. Por fim, acrescente o fermento, batendo apenas para misturar. Despeje sobre a forma untada e enfarinhada e leve ao forno por cerca de 30-40 minutos.

Aligot de batata-doce

Quando eu vi a receita do Henrique Fogaça, fiquei logo a fim de experimentar com batata-doce. E no lugar de iscas de carne, por que não bracciola? O único senão é que deveria ter feito a bracciola na panela de pressão, para ficar mais macia.
Para o aligot, usei a mesma quantidade de purê de batata para os dois queijos ralados somados (usei gruyère e mussarela). Para preparar o purê, usei batata-doce, manteiga, leite e sal a gosto.

Creme de castanha-do-pará

Fiz, com base numa receita do Ovos Quebrados,
como se fosse um brigadeiro (usei duas gemas, 1 lata de leite condensado, 80g de castanha moída no processador, 100mL de creme de leite - mais do que a receita pedia).
Calhou que fiz também um bolinho de baunilha bem básico. O creme combinou divinamente com ele!
Também experimentei colocar um pouco da maravilhosa geleia de cupuaçu que Carol me trouxe de Belém. Não preciso nem dizer que ficou perfeito, né?

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Tartine de pera e queijo de cabra com mel

Do livro Le Pain Quotidien. Bom, bom! Só fiquei com preguiça de buscar o raminho de tomilho...

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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