domingo, 28 de fevereiro de 2010

A quantas anda a relação com a língua-mãe?

Quer testar seus conhecimentos acerca do Novo Acordo Ortográfico?
Descubra seu grau de intimidade com a língua-mãe visitando o blog da doce Dulce Seabra:
http://dububbles.blogspot.com/2010/02/com-hifen-ou-sem-hifen.html

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Que canela você chutaria?

Postagem extra com enquete: se você pudesse escolher uma canela pra chutar, qual seria? Sou antiviolência, mas não posso negar esse desejo fisiológico quando em vez.
Eu chutaria a canela de quem precisa dar carteirada para aparecer ou para sobreviver sem a competência necessária. De quem brada, sem nenhuma vergonha: "Vou falar com fulano, que conheço desde tantos anos de idade! Meu padrinho de casamento! Pai do meu namorado! Irmão do meu sogro! Vizinho da minha tia!"
Claro que há um montão delas (de outros impostores e pessoas covardes em geral). Mas esta seria uma canela merecidamente chutada!
E você? Que canela escolheria?

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Alter ego II



Encontro da Velha Guarda no Ugues

Ontem encontrei três bons e velhos amigos em um lugar há muito conhecido, o boteco Ugues (esquina da Marquês de Itu com a Martim Francisco).
Quando acontecem esses encontros, mesmo que tenhamos mudado muito, tenho sempre a sensação de que o tempo não passou, que a conversa com os amigos é retomada do ponto em que parou no dia anterior. Mas fazia uns três anos que não via o Botelho, uns três que não topava com Camargo na rua e pelo menos dois que não encontrava Marise. O papo, sempre bom; o tempo, pouco para tanto assunto.
As novidades da vez ficaram por conta da linda Tarsila, filhota do Bot que eu ainda não conhecia, e do livro publicado pelo mesmo mancebo, via editora Annablume, O urbano em fragmentos: a produção do espaço e da moradia pelas práticas do setor imobiliário. Já comecei a leitura e logo vou postar um comentário no http://seroquesoa.blogspot.com/
Em um encontro com queridos e tantas notícias boas, até é possível esquecer o grasnado de algumas moçoilas agitadas em uma mesa logo atrás da nossa. E também perdoa-se o bolinho de bacalhau não ser propriamente de bacalhau - é, o Ugues também não é mais o mesmo...

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Gourmandise II - Pastelaria Rainha Brasileira

O nome é ótimo, e gerou vários trocadilhos ao longo da última sexta-feira.
Nesse dia, fui com amigos à tal pastelaria (que não é a Pastelaria Brasileira, perto dali), na rua Monteiro de Melo, Lapa.
Mesas lotadas, com gente entrando e saindo, e um mundo de pastéis e esfihas pra encher nossos olhos gulosos. Experimentei o "especial" de camarão e palmito, um escândalo! Valia por três pastéis e, mesmo assim, no entusiasmo do momento, ainda tracei um "simplesinho", de queijo, que poderia ser comparado em tamanho a um pequeno travesseiro.
Claro que não comi mais nada no decorrer do dia. Não porque o pastel não fosse bom ou ficasse "conversando" no estômago, como os lanches do McDonald's, mas porque realmente o espaço tinha acabado. Só o bom e velho chá verde pra fazer tudo voltar à normalidade.
Mas fica a dica: o lugar é uma pastelaria tradicional, limpinha e disputada, com variedade grande de pastéis, salgados e também doces (que nem aguentamos olhar, no final, tão empazinados estávamos). Tem garapa da boa. E o melhor é o preço, bem acessível.

Muito a propósito

Na última quinta, em meio às tentativas muvucadas (e frustradas) de fechar um material, ganhei um presente.
Meu amigo Marcelo me deu, assim sem mais (o que caracteriza os melhores regalos, como as alpargatas belíssimas que recebi de minha amiga Lu na outra semana), um livro sobre a artista plástica chinesa Pan Yuliang, A artista de Xangai (Editora Record).
A história, romanceada pela norte-americana Jennifer Cody Epstein, trata da trajetória de uma mulher chinesa, desde o momento em que é vendida pelo tio para um bordel até sua ascensão e libertação como artista plástica pós-impressionista.
Não fosse ainda por cima um enredo bem tramado, a história já teria vindo muito a propósito, em um momento em que ainda ouço alguns homens querendo justificar seu comportamento pelas teorias do século XIX. De que são como são porque "a natureza os fez assim"; eles "caçam" enquanto nós, mulheres pré-históricas, "cuidamos da casa e das crias".
Não parece estranho, se resolvermos entrar, mesmo que por um momento, nesse barco furado teórico, que somente as mulheres tenham buscado a tal evolução? Afinal, um dia elas se tocaram de que não queriam só cuidar da casa e das crias. E a partir daí muitas têm mudado seu destino.
Para ser completamente justa, é claro que os homens (e as mulheres também, por que não?) de fato evoluídos não precisam dessa justificativa fisiológica. Isso é coisa de quem não banca suas escolhas e morre de medo de ficar sozinho consigo mesmo. Certamente, um cara assim não teria me dado um livro como esse...

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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