segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Adiós, compañero


Não, não quer dizer que arrumei outro emprego. A validade do bilhete de desempregado é que chegou ao fim, após 90 dias.
Adiós, compañero. Obrigada por tantas viagens proporcionadas!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Pequenas, mas vitórias

Pois.
Comecei a emagrecer. Devagarzinho. Agora de verdade. Levando a sério os exercícios físicos, pelo menos 6 vezes por semana, controlando a larica e deixando as guloseimas mais para sexta e/ou sábado. Tomando um placebo que para mim foi muito eficaz (e liberado pelo médico), garcínia em cápsulas, e muita água. Não deixando de comer de 3 em 3 horas. E, muito importante, comemorando cada "100 g" que se vai. No fundo, mudando padrões, como diz meu amigo Wagner.
Engraçado (maneira de dizer) como a gente pode se enganar por muito tempo. Pensava que me exercitar, mesmo eventualmente, e contar calorias eram suficientes para emagrecer - e achava muito injusto quando isso não acontecia. Já comentei que talvez tenha precisado chegar a um estado crítico para fazer as coisas da maneira correta - como aquelas histórias que achava terríveis, de moças que engordavam 20, 30 kg, mas que conseguiam emagrecer e publicavam seu "testemunho" em revistas, na linha "Eu consegui" da Boa Forma (depois que engordei muito, li vááários desses testemunhos!). Talvez diferentemente dessas moças vencedoras, que abraçaram pra valer musculação, corrida etc., eu só esteja conseguindo porque optei por alternar a academia com atividades de que gosto mesmo, como flamenco e tai chi chuan. Até começar um e outro, estava indo à academia de caju em caju, como diz Guga. 
Mas o melhor mesmo desses primeiros resultados foi poder colocar um dos vestidos de que mais gosto, que estava na minha lista dos -5kg (fiz uma lista de roupas a usar com -3kg, -5kg, -8kg, -10kg e -15kg, um baita estímulo organizado em etapas). Aos poucos, vou voltando a usar o que quero, e não mais "apenas o que serve". Escolher, e não ser obrigada - nunca esteve tão claro para mim como liberdade e estar bem consigo (inclusive fisicamente) têm tudo a ver.

Meninos, eu vi, e cantei, e gritei, e pulei - Titãs 30 anos

De repente, voltamos a ter 14 anos. Foi na hora exata em que Arnaldo Antunes, Nando Reis e Charles Gavin se juntaram no palco a Sérgio Britto, Paulo Miklos, Tony Bellotto e Branco Mello. Só faltava Marcelo Fromer, morto em 2001.
A volta mágica à adolescência aconteceu ontem, no show de 30 anos do Titãs, agora composto por quatro titãs e mais um baterista. Os três titãs faltantes compareceram, após uma hora de show, para uma participação especialíssima.
O que dizer, além de que pulamos, gritamos e cantamos por duas horas? Que Arnaldo Antunes parece ter sido conservado em gelo? Que muitas das músicas mais antigas continuam modernas? Que o vocal de Paulo Miklos é realmente incrível e visceral? Que a iluminação incrementava a psicodelia do evento? Que somos privilegiados por termos vivido aquele tempo e por estarmos vivos hoje, quando esse grupo volta a se reunir?
Claro que o local - o Espaço das Américas, bonito, amplo e próximo ao metrô, e onde estão agendados outros grandes shows como os de Robert Plant e Tears for Fears - e a organização do evento ajudaram muito - seguranças educados, bom atendimento no bar, ótimo som, iluminação perfeita, pontualidade, saída sem tumulto - a plateia extasiada a se transportar para outro tempo. Quem viveu, viu. Quem viu, reviveu.






Fotos tiradas por Guga durante o show de 30 anos do Titãs.

Nós voltando à adolescência.

Boas compras II - Loja Vírus - Converse

O nome é meio estranho, mas a loja virtual que vende TUDO o que você imaginar de All Star + Converse é incrível.
Tinha já comprado por ela na época da Cultura - eu, Elisoca e Marcelino nos juntamos para comprar uns modelos diferenciados de All Star (foi quando comprei o meu de lantejoulas, que parece um peixe, algo bem "específico"). Como foi pedido pela Elisa, não me lembrava da rapidez da entrega. Até porque a Loja Vírus (e-commerce e lojas físicas) fica em Curitiba.
Bom, no aniversário de Guga resolvi comprar um par de All Star para ele. Lembrei da Vírus, me cadastrei e fiz a compra no domingo à noite, dois dias antes do aniversário. O pagamento foi aprovado na segunda, e prazo de entrega era de quatro dias. Surpresa das surpresas, a encomenda chegou na terça, justamente no dia do aniversário.
Aí cismei que queria um All Star amarelo, que tinha procurado há alguns anos na Galeria do Rock, mas não tinha encontrado. Claaaaro que havia na loja - comprei na segunda-feira à noite, o pagamento foi aprovado ontem, o produto embalado ontem à tarde. E não é que o tênis chegou hoje? Isso porque fiz opção pelo PAC, aquele tipo de entrega que demora de 4 a 12 dias (a famosa encomenda normal), pois o frete era grátis. Levou o mesmo tempo da entrega do tênis de Guga (com frete pago).
Ficamos tão fãs que hoje compramos mais um, agora para o filhote de Guga.
Nessa história de comprar pela internet, nunca tive problemas - comprei várias coisas pela Americanas.com, e as entregas foram rápidas, os produtos vieram sem qualquer defeito. Mas até então o serviço imbatível para mim tinha sido o da Mania de Futebol - comprei uma camisa do Bahia para Guga que chegou em dois dias (sendo um deles feriado). E a loja é de Conselheiro Lafayete. Acho que a Vírus bateu a colega, levando em conta também a diversidade de produtos (alguém tem dúvida sobre qual das duas prefiro?). 
Para quem curte o clássico All Star - e também outros não clássicos modelos Converse - essa loja é o paraíso na rede. São centenas de modelos e cores, com preço justíssimo - bem mais barato que nas lojas de rua ou de shopping. Numa Artwalk da vida, que tem modelos mais descolados, pagam-se pelo menos 20 ou 30 reais a mais.
O único problema é conseguir se contentar com apenas um par!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Gourmandise XXVII - Le French Bazar

Na última semana, foi difícil andar na linha em termos de alimentação. Bolo de aniversário de sobrinho, matar a saudade de comida baiana, uma feijoadinha aqui, uma pizzinha de shitake ali e - o melhor dos motivos - o aniversário de Guga.
Resolvemos sair pra jantar - queríamos ir ao Accanto, mas estava rolando um evento exatamente no dia do aniversário dele. Depois decidimos ir a um bistrô já conhecido, o La Tartine, porém acabei fazendo uma pesquisa e descobri dois lugares bem conceituados, com bom custo-benefício. Mais importante: com características verdadeiras de bistrô. Sim, porque acontece de a ideia de bistrô aqui ser apropriada como algo mais cult e, portanto, cara - o que não costuma acontecer na França, onde os bistrôs são lugares charmosos mas acessíveis, parte do dia a dia dos moradores.
Pois liguei primeiro para o Le Jazz, na rua dos Pinheiros, bem cotado, sempre disputado, lugar pequeno com fila, aquelas coisas. A moça que me atendeu disse que a "cota de reservas" já tinha acabado (ele nem consta no sistema do Restorando, que faz reservas gratuitas e na hora pela internet). Sem mais - nem me convidou para ficar na fila. Parti então para reservar lugares no Le French Bazar, na mesma região.
Adoramos o lugar. Havia alguns garçons pouco experientes mas muito simpáticos e prestativos (quase dei banho de vinho num deles, que continuou sorrindo depois disso) e algumas referências ao Tintin, personagem do Hergé (eu acho meio chato, mas whatever, lá estavam quadros, bandes dessinées, a predileção do dono exposta no lugar). O local (apesar do Tintin) é muito agradável, com reservados de couro, espelhos estrategicamente colocados para ampliar o espaço, cores aconchegantes, iluminação correta e um balcão com café e bebidas voltado para fora (onde também há algumas mesas na calçada).
E a comida? Muuuuuito boa! E pensar que cogitamos ir ao La Tartine! Guga pediu lombo de cordeiro com pesto de pistache e purê de batata e alho; eu fui de confit de pato com risoto de grãos e cogumelos (e adivinhem o que veio no meu prato? Aceto balsâmico! Somos mesmo unha e carne). Ou seja, fizemos escolhas arriscadas - são duas carnes que, se passarem do ponto, bau-bau.
No final, nos demos muito bem. Já disse que a comida era muito, mas muito boa? Melhor acompanhada de um pinot (nacional, Dadivas, do Rio Grande do Sul) - a carta tinha preços meio salgados, mas nada que se compare à do La Casserole, irreal, com um dos vinhos a 12 mil reais (já aventamos a possibilidade de o vinho nem existir, ser só uma tentativa de agregar valor à casa - embora a comida já seja ótima). De sobremesa, dividimos (casal que divide emagrece junto) um pain perdu (rabanada) com crème anglaise e sorvete de baunilha, nham. Tudo servido lindamente.







A única coisa estranha foi que no dia seguinte acordei com uma fome monstro - acho que o risoto ativou uma parte adormecida do meu cérebro. Todo aquele amido...

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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