terça-feira, 31 de março de 2020

Tsurus na quarentena

 
O bordado iniciado na oficina com Sávia Dumont, lá em 2013, ainda hoje rende. Foi retomado em 2017, na oficina do Matizes Dumont em Salvador, e agora, em meio à quarentena contra a covid-19. Resolvi preencher os desenhos que estavam só contornados. Hoje terminei o casal de tsurus, nada mais simbólico para o momento que estamos vivendo. Ainda faltam flores, borboletas, barco, frutas, essas outras coisas que colorem a vida.
O tecido já está todo marcado de lápis, de excesso de luz, de ficar guardado. Não faço o estilo de preencher todos os espaços, como as meninas Dumont, nem acho que tenho talento nem paciência pra isso. Sou do desenho, sempre fui. E o bordado marcado, tantas vezes retomado, vai se tornando figura contadora de histórias, como quem borda. 

segunda-feira, 30 de março de 2020

Glamour na quarentena é mungunzá com coco do quintal

Outro dia, minha sogra fez a cocada matadora com coco fresco do quintal e acabou me dando um tanto de coco para ralar. Deixei uns dias em um pote com água, na geladeira, pensando no que poderia fazer com ele. Não podia demorar, ou o coco ficaria com gosto de sabão.
Lembrei então do mungunzá, que eu adoro. Já fiz algumas vezes, cada uma de um jeito - com ou sem leite de coco, com leite condensado, só com açúcar, com coco ralado. Decidi aproveitar o coco de forma integral: como leite e como flocos. 
Como não sou boa em ralar coco, tirei a casca com uma faquinha (aproveitando que tinha ficado amolecida com a água) e ralei os pedaços no processador. Depois bati no liquidificador com água suficiente para cobrir mais um pouquinho. Então coei com minha "panela" de suco detox (um tecido perfurado próprio para isso). Reservei um pouco do coco processado em flocos para adicionar ao mungunzá. 
Cozinhei o milho (250 g, que ficaram de molho em água por 24 horas) na panela de pressão, apenas com água, por 25 minutos. Descartei a água e então adicionei 1 litro de leite, 400 mL de leite de coco, 200 mL de leite condensado caseiro (receita do Prato Fundo), canela em pau, cravo e coco em flocos. 
Arrisco dizer que foi o melhor mungunzá que já fiz. E sim, este foi o único glamour de nossa quarentena (que, na verdade, é só o nosso dia a dia comum menos as saídas para espairecer), o coco do quintal que foi determinante no sabor inigualável. 

segunda-feira, 23 de março de 2020

Mais criações na quarentena

Quando a respiração fica mais curta por conta da ansiedade, bora presentificar desenhando e bordando - pra também a gente não se acabar de vez na cocada maravilhosa feita por minha sogra! Porque, além de não ser recomendável sair nem para caminhar, ainda choveu o dia inteiro.

sábado, 21 de março de 2020

Crônica do fim de um mundo

Somos privilegiados, sabemos disso. Podemos trabalhar em casa, e já fazemos isso há tempos. Moramos longe de um grande centro urbano, não precisamos tomar ônibus ou metrô lotado. 
Quando se anunciou a necessidade de isolamento social, fomos ao supermercado, compramos só o necessário para uma quinzena. As pessoas ainda não estavam em pânico. Não achamos álcool 70%, mas logo ganhamos um frasco de 1 L do tio de Guga e mais um frasquinho em gel da minha professora de pilates. Foram interrompidas as aulas no estúdio e na academia, minha sogra foi dispensada do trabalho para ficar em casa. Liguei para minha mãe, para lembrá-la de não sair por aí.
Parece o melhor dos mundos, fazer home office nessa situação de calamidade. Mas não é tão fácil relaxar diante da possibilidade de desemprego, de hecatombe na saúde coletiva e na economia nacional. Eu, naturalmente distraída, não consigo quase focar em trabalho e estudo, nem aproveitar para organizar coisas, ou ler, ou bordar. Fico meio no limbo. O negócio é, segundo o Christian Dunker, mudar essa chave, seguir uma rotina, mesmo diferente da que existia. Não sabemos até onde isso vai - eu havia, inocentemente, até comprado ingressos para ver Chico César e Geraldo Azevedo, mas pelo jeito, né. Hoje saí para caminhar por perto, evitando a proximidade das pessoas (e ainda havia gente bebendo nos botecos), porém já estou repensando. 
Claro que nem vou me comparar à situação de milhões de brasileiros que não têm como se proteger, ou porque têm que continuar saindo de casa para trabalhar, ou porque não têm casa, ou porque não têm água encanada nem dinheiro para comprar sabão nem comida na mesa. Sim, continuamos sendo privilegiados, mesmo que a bad venha bater à porta pela súbita insegurança, pelo encarceramento necessário. 
Ontem fomos a um outro supermercado próximo, só para comprar uns itens de limpeza que não encontramos. Ali a coisa já estava mais tensa, com a galera passando com carrinhos lotados de papel higiênico (um mistério essa estocagem de PH!) e caixas e caixas de leite longa vida. Quando chegamos, já fui colocando nossas roupas na máquina de lavar, por via das dúvidas. 
Precisamos fazer força para não deixar a coisa desandar, os quilos voltarem, a saúde ir pro saco, a mente idem. E na hora em que isso parecer muito difícil lembrar do outro normalmente fodido, diariamente. Muita gente romantiza a crise, chamando a atenção para o fato de que ela "nos iguala". Podemos, e devemos, sair empobrecidos dessa, mas a desigualdade seguirá esmagando ainda mais os mais pobres, a menos que haja uma mudança radical de pensamento, de diretriz político-econômica, de sociedade mesmo. Porque esta que aí está chegou ao fim.

domingo, 15 de março de 2020

Sagu com direito a lua

Fiz até creme inglês para comer junto com o sagu de vinho - nunca experimentei assim, vamos ver se essa gourmetização vale a pena.

sexta-feira, 13 de março de 2020

Para que serve o feminismo

"Isso é falta de homem" é uma frase que ouvi mais de uma vez na vida. Uma das vezes, foi dita por um cobrador de ônibus com quem discuti porque apoiei os pés na estrutura de ferro sob seu banco. Uma outra, foi meu ex-cunhado, que avançou sobre mim para "defender" minha irmã em uma discussão corriqueira entre nós duas - o mesmo cunhado que, após avançar também sobre meu irmão, agrediria minha irmã e que manteria contato com uma ex enquanto era casado. Seriam ele e o cobrador exemplos do homem que me faltava?
Outro dia foi dia da mulher, e eu repostei uma imagem que lembrava duas turistas brasileiras que foram assassinadas durante uma viagem. A mensagem dizia respeito ao direito das mulheres de viajarem sozinhas (= sem homens) em paz. Logo veio um amigo questionar o feminismo "de hoje", que prega o ódio das mulheres aos homens, afe. 
Se eu achasse que vale a pena, teria dito a ele uma ou duas palavras sobre o feminismo. Mas ele, no fundo, não quer saber. Invadiu uma postagem que fala de outra coisa - feminicídio - para dizer o que ELE, ómi conservador, acha do feminismo. Ainda teve a audácia de dizer como deveria ser o post, que "o certo seria". Gente! 
Como ele, muita gente não quer mesmo saber que o feminismo prega a igualdade de direitos entre homens e mulheres, e não a prevalência de umas sobre os outros. Direito de ir e vir em segurança, direito a equiparação de salários, direito a fazer o que quiser do próprio corpo, direito a fazer outra coisa da vida que não seja ser mãe e dona de casa. 
Há mulheres que querem botar fogo no parquinho? Há. Há mulheres que não querem mais saber de homem? Ô se há! Mas o fato é que mulheres normalmente não estão interessadas em guerra, violência gratuita, competição desenfreada. Não querem violentar outras pessoas para mostrar seu poder. 
"Ah, e se fossem elas que estivessem no poder? Não fariam as mesmas coisas?" Pois é - vou repetir: feminismo não é querer tomar o poder. É dividir o poder. É poder fazer junto para fazer melhor. O que não quer dizer que nós, mulheres, vamos ficar esperando os ómi aceitarem a ideia e mudarem por conta própria. É preciso ação, é preciso fazer barulho sim. Nisso, nas ações, é que está a radicalidade  (e não radicalismo) do movimento. 
Ai, será que ficou mais claro? Posso fazer mais desenhos.

Pudim de iogurte e leite condensado


Não sei por que exatamente fui parar na página do Prato Fundo, nessa receita de pudim de iogurte e leite condensado. Mas fiquei a fim de fazer. Claro que com coalhada caseira no lugar dos potes de iogurte integral que dificilmente encontro por aqui.
Na hora de desenformar (e olha que untei!), ficou um pouco destroyed. Mas o pudim ficou bem gostoso, suave, nada enjoativo. Não acho que entra na minha Top 10 de sobremesas, mas a calda de morango ficou espetacular!

quarta-feira, 11 de março de 2020

Novo avatar

O coala entrou em extinção. Agora elegi (até porque o coala, embora fofo, me foi atribuído) a preguiça como avatar. 

Caldas multiuso de morango e mirtilo, a cara da riqueza

O primeiro pão de queijo, com receita de dona Jacira

O pão de queijo feito por minha mãe é pura comfort food, já disse aqui. O de minha sogra se lhe equipara em termos de sabor, embora não tenha o apelo da memória. Volta e meia saboreamos os pães perfeitamente redondos que ela sempre tem congelados para qualquer eventualidade. 
Justamente porque eles congelam tão bem é que resolvi pegar a receita dela e fazer um bocado para nós. Comprei queijo minas padrão, polvilho azedo, juntei maizena, ovos, óleo, manteiga e sal e logo tinha uma massa pegajosa, difícil de manipular. Até sovei na batedeira, mas mesmo assim era impossível fazer as bolinhas. Deixei na geladeira por uns minutos, enquanto aquecia o forno. Então fiz as bolinhas, não tão perfeitas, e coloquei boa parte no congelador, e algumas no forno, para experimentarmos imediatamente. 
Ficou maravilhoso! O único lembrete é que, uma vez congelado, o pão de queijo precisa ir ao forno preaquecido em forma untada - ou perde os fundos! 

Aipim rosti

Sobrou aipim cozido na geladeira. Tenho comprado aipim congelado, porque assim não tem erro (sou péssima pra escolher; metade das vezes dá errado). Só que este cozinhou um pouco demais, virou tipo purê, então tinha deixado num potinho à espera de uma oportunidade.
Ontem me ocorreu fazer com o purezinho um aipim rosti, como a batata suíça. Com certeza alguém já teria feito - e depois que tinha realizado a experiência descobri que Rodrigo Hilbert e Troisgros fizeram as suas. Rá!
Ficou muito gostoso! Coloquei na minifrigideira uma colher de sobremesa de banha de porco (pois é, comprei um pacote de 1 kg pra experimentar), deitei nela a massa de aipim, polvilhei queijo ralado na hora e deixei um tempo "firmando" a massa. Quando estava próximo disso, fui colocando bocadinhos de manteiga nas bordas, levantando-as como se fosse omelete. Com a massa quase firme, virei para tostar do outro lado. Uma ótima variação do aipim nosso de dia sim, dia não. 

domingo, 8 de março de 2020

Jantar de sábado com comfort food inesperada

Arrumando os potes de temperos e trocando as etiquetas por Contact outro dia, me deparei com o espinafre em pó que comprei e não usei. Como não temos comido muita massa, nem mesmo fresca, ele foi ficando meio pra escanteio. Mas fiquei a fim de experimentar uma lasanha verde com frango ao molho branco - uma mistura das lasanhas de caixinha da Sadia, que tem lasanha verde à bolonhesa e lasanha de frango ao molho branco. Ficou ótima, embora na foto acima nem dê pra ver que a massa é verde.
Para acompanhar, fiz a musse de chocolate com claras e água que a Rita Lobo ensina no Cozinha Prática. Mas acrescentei raspas de laranja, dica de uma receita do Strava (!), que Guga me mandou. Meu, ficou com gosto de bombom da Garoto (Guga também lembrou) das antigas, cujo nome não sei! Uma inesperada comfort food no nosso jantar do final da semana. Grata surpresa, até pra quem cozinha. 

Dia das Mulheres Todas Juntas

Mais um 8 de Março. Menos mensagens melosas, menos imagens de flores na internet - bom. Muito mais desejos de luta e cooperação. Mas sempre tem ómi indagando "aim, mas por que as mulheres não querem mais flores?" e afirmando que "o feminismo de hoje colocou as mulheres contra os homens", que "o certo seria". Sério, não tenho mais paciência pra esse papo. Daí, desenhei. Quem sabe assim fica mais claro, né?
Flores deixam tudo mais bonito, mas não resolvem os problemas de desrespeito e desigualdade de direitos. Enquanto isso - a resolução dos problemas - não acontece, seguimos de mãos dadas. E depois também.

sexta-feira, 6 de março de 2020

Sangria e o poder da comfort food

Embora já tivesse tido contato com o conceito de comfort food, foi na pós da PUC-RS, com a aula da Dani Noce, que conheci o real sentido dado ao termo: o de comida da infância, ou comida de memória. Eu associava a comfort food ao prazer trazido pelo sabor de pratos despretensiosos, ou populares, ou caseiros. Algo como comer chocolate e sentir o estresse indo embora. Mas não necessariamente com essa comida - qualquer uma - que nos remete ao passado de forma prazerosa. 
A minha lista de comfort food não é sofisticada, porque minha mãe fazia poucos pratos; minha avó fazia o trivial e alguns pratos típicos em ocasiões festivas. Havia uma tia de Mauá que cozinhava maravilhosamente, e meus bolos de aniversário normalmente eram feitos por ela, mas não consigo falar de algo específico que ela tenha feito que me traga essa leveza nostálgica ao presente. 
Já o pão de queijo fofo e o bolo formigueiro de minha mãe, sim. Sagu de vinho, suco de caju, feijão com arroz que me lembram minha avó, sim. Ovo "baiano", mingau de maizena, chá mate com leite apresentados por meu avô, sim. Em alguma festa, aparecia sangria - e ontem fiz, e ficou com o mesmo gosto de antigamente. Minha madrinha trazia gelatina colorida com creme de leite. Coisas muito simples.
Como comer para mim é um prazer, fui conhecendo culinárias diversas e elegendo algumas comidas favoritas que me alegram muito o paladar e a alma. Mas é muito diferente do efeito da memória afetada por cheiros e gostos, simples que sejam. 
O cheiro e o sabor do suco de caju me levam diretamente à praça do externato onde minha avó me buscava; eu a esperava para tomar meu lanche, somente na saída do prezinho - muitas vezes, tinha suco de caju, que minha avó preparava, na lancheira. Minha sensação ao tomá-lo hoje é de uma paz de quem ainda estava segura com relação aos seus dias, que todos teriam aquela companhia, que decepção era uma ideia que nem sequer existia. 
Ah, milagrosos suco de caju, chá, sangria.

terça-feira, 3 de março de 2020

Caça às bruxas, João e Maria e nazismo no mesmo balaio

Quando fazia terapia, era muito mais fácil estar atenta à sincronicidade, esse conceito junguiano para "explicar" acontecimentos que não têm relação causal, mas sim de significado. Tipo andar pela Avenida Paulista e quase ser atropelada por uma borboleta e depois topar com alguém usando uma camiseta com o nome do país que eu visitaria em seguida para na sequência ouvir alguém falando desse país. Ou estar vivendo um dia péssimo e estar dentro de um táxi e avistar uma menina atravessando a rua, e ela olhar para mim e fazer um sinal de positivo. Muitas vezes, as sincronicidades têm a cara de milagres cotidianos, envolvem pessoas que nunca mais veremos na vida.
Na última semana, porém, ela rolou de forma um pouco diferente. Estava terminando de ler o livro de Silvia Federici, Calibã e a bruxa, que trata da caça às bruxas e sua relação com o novo "papel" dado à mulher no capitalismo nascente. Tivemos de ir a Salvador para resolver umas coisas, e para fazer hora fomos ao cinema - infelizmente, só havia filmes dublados, e acabamos vendo, diante das opções infantis, um remake de João e Maria. Um pouco mais terrível, com Maria tomando o lugar da bruxa e os irmãos lançando-a no fogo sem piedade.
Nada disso tinha me chamado a atenção (até porque dormimos durante metade do filme) até assistirmos, na mesma noite, a um episódio da série Hunters, da Amazon, com Al Pacino. Trata-se de um grupo de caçadores de nazistas nos anos 1970 que acaba cruzando o caminho de uma investigadora do FBI - negra e lésbica. 
Na verdade, foi um único comentário que a personagem fez que acabou ligando todos os pontos na urdidura. Ela perguntou à namorada se conhecia a história de João e Maria (!); disse que eram duas crianças alemãs, louras de olhos azuis, que encontram uma velha senhora que mora sozinha na floresta e que era, supostamente, uma bruxa. As crianças comem tudo o que a mulher lhes oferece para depois roubar-lhe a fortuna, a casa e a vida. A investigadora da série associa a ação das crianças ao ódio aos judeus - e Federici justamente mostra em seu livro como judeus, mulheres e hereges são colocados no mesmo caldeirão, associados à bruxaria por sua não adequação ao novo status quo. Embora João e Maria sejam personagens consagradas pelos irmãos Grimm no século XIX,  a depreciação de mulheres (especialmente se independentes e consideradas inférteis) e judeus já acontecia desde o século XVI, e na Alemanha, ainda não unificada, isso só ganharia mais força, culminando no antisemitismo nazista do século XX. 
Parece que tudo isso aconteceu para que essas relações entre machismo, racismo, intolerância e sociedade de consumo só ficassem ainda mais claras para mim, mostrando a extensão dessa rede de fatos históricos que tece uma imagem tão sombria da humanidade. Triste, mas claríssima. 

domingo, 1 de março de 2020

Romeu e Julieta e Contact: o passado revisitado

Outro dia, me deu uma vontade enorme de comer sagu, uma verdadeira comfort food da infância. Ainda não fiz, mas já separei uma receitinha para o próximo final de semana. 
Em compensação, neste final de semana voltaram dois outros clássicos do passado: Romeu e Julieta (queijo e goiabada) e papel Contact. 
Eu amo sobremesas com caramelo e baunilha, mas queijo e goiabada têm seu lugar em meu coração saudosista. Topei, em algum site, com uma receita de sorvete Romeu e Julieta, utilizando cream cheese, mas o que eu tinha em casa era iogurte grego que tinha ficado um pouquinho mais salgado/azedo que o normal (deixei dois dias na geladeira coando), e que logo associei ao gosto do queijo - então peguei um pouco de goiabada com a sogra e improvisei um sorvete. Ficou ótimo - imagino que com cream cheese fique perfeito.
Já o Contact tinha um quê de desafio na infância: como passar o adesivo sem deixar bolhas? Acho que desenvolvi bem essa habilidade, e voltei a usá-la hoje, colando nos potes de tempero etiquetas pretas escritas com tinta branca (de caneta Sakura, outra referência de infância/adolescência). As etiquetinhas com letra cursiva lembram quadro-negro e giz. Claro que aproveitei para dar aquela geral nos temperos, limpar todos os potes etc. 
A mistura de criação e organização ajuda a tornar um final de semana perfeito dentro das atuais possibilidades. 

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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