segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Só Yesterday para salvar o today

Cinema a qualquer hora para nós é coisa do passado. Afora o fato de dar um trabalhão ir a Salvador para assistir qualquer coisa, os filmes saem de cartaz em poucos dias - os que nos interessam, quando entram em cartaz, ficam em cinemas mais distantes, pequenos e com poucos horários. Desse modo, ver um filme tornou-se uma epopeia.
Mas queríamos muito assistir a Yesterday, uma fantasia divertida de Danny Boyle, diretor do maravilhoso Quem quer ser um milionário, e de Richard Curtis, roteirista de Love actually, que eu amo. Na realidade distópica que temos vivido, mais vale imaginar por alguns momentos como seria o mundo sem os Beatles.
Ainda por cima, a única sala em que era exibido o filme no shopping mais próximo era uma sala VIP, com direito a serviço de bordo e poltronas reclináveis com controle eletrônico. Nada mal para nos desligar por duas horas do caos político e social em que temos vivido, para nos salvar da total desesperança.
E ainda há quem pergunte para que serve a arte.

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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