domingo, 14 de maio de 2023

Lutar diariamente pela democracia

A gente sabia que não ia ser fácil. As ameaças bolsonaristas ao longo de quatro anos, pioradas no ano passado, agora se configuram nos boicotes do Centrão e dos bozoloides que nem necessitam mais de seu mito para existir. 
Mas o pior é que o fascismo realmente se tornou uma realidade a enfrentar, não só aqui, claro. Muita violência gratuita e explícita todos os dias, especialmente contra mulheres, LGBT, negros e pobres. Mas ter gente do quilates de Flávio Dino, Sonia Guajajara e Sílvio Almeida no governo ajuda a manter a cabeça para fora d'água - seu combate sereno e peremptório ao fascismo nos aquece o coração, nos dá ânimo para prosseguir, apesar dos problemas de dentro e de fora. Voltamos a acreditar que há mais gente que repudia a iniquidade, que bom. 
Havemos de fazer como ensina Ivan Lins, na linda canção escolhida pelo governo chinês para receber Lula (outro momento de emoção proporcionado por esse governo, não perfeito, mas alvissareiro): apesar dos perigos, da força mais bruta, estamos na praça, fazendo pirraça, pra sobreviver. Pra sobreviver.

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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