Desde a primeira vez que vi alguém dançando carimbó, essa mistura de ritmos indígenas, africanos, caribenhos e tão brasileira, fiquei apaixonada. Senti que era a pura representação do direito de todo mundo à alegria, à dança, à festa. É claro que há os melhores dançarinos, como em toda dança, mas o carimbó convida primeiro a se alegrar, a experimentar, para depois saber como se faz. Como crianças, somos chamadas e chamados para a roda, para sentir a pulsação, para ver a energia subindo pelos pés e percorrendo todo o corpo até fazer o sorriso desabrochar.
Foi exatamente assim na oficina de lundu e carimbó na Escola de Dança da UFBA. Beatriz e Maya, jovens que vieram de Belém para o congresso de antropologia, não só trouxeram a dança, mas também o legado dos mestres e mestras paraenses. Que lindo vê-las, e mais algumas paraenses presentes, dançando com todo prazer e orgulho! Lembrei de Chico César dançando com uma violoncelista do Quinteto de Cordas da Paraíba, uma leveza, uma alegria contagiante.
E foi essa alegria que também contagiou o grupo na sala de dança na última sexta. Sem a preocupação de saber dançar, e sim dançar para saber. Não se intimidar pelo medo da imperfeição, nunca, nunca.
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