domingo, 14 de março de 2010

A magia pop do karaokê


Podem falar o que quiserem - que é brega, anti-intelectual, esquisito etc. Mas só quem vai a um karaokê para ter uma ideia precisa da magia que se opera nesse lugar. Karaokê é pop, algo quase visceral. Pessoas quietinhas se soltam com o microfone nas mãos. Mesmo não havendo palco, o palco está ali, espiritualizado, fazendo dos tímidos e não tímidos estrelas musicais.
Tal transformação é ainda mais inevitável quando se opta pelos boxes, ou seja, pelo aluguel de uma sala fechada apenas para os amigos, com sistema de som próprio, sofazinhos e uma mesa ao centro para os comes e bebes, que podem ser parte de um pacote previamente fechado. Quem já foi ao karaokê mais tradicional, aberto a todos, com fila, disputa com cantores profissionais e exposição a um público muitas vezes exigente, como o da Chopperia Liberdade, vai preferir o aconchego do boxe repleto de amigos compreensivos, de afinação variada. Ah, sim: isso se, mesmo achando brega, anti-intelectual e esquisito, pagar para ver.
Um dos karaokês que funciona somente com sistema de boxe é o Karaokê Box Kampai, na Av. Liberdade, 638. Ainda que faça isso somente uma vez na sua vida, junte uma turma legal e pague para ver. Se ao final você não tiver achado tão divertido, as testemunhas do mico ao menos serão poucas e bem selecionadas...

3 comentários:

  1. Socréia,
    É o seu lado japinha falando mais alto!! rsrsrs!!! brincadeirinha... a dica é ótima, que tal introduzir uns velhos amigos (ou amigos velhos?)nessa magia? vamos combinar?
    beijos,
    Crau

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  2. Pode ser mesmo influência da raiz japa, porque eu também adoro desafinar entre amigos. É muito legal!!! Álém disso, é uma das poucas oportunidades de cantar Menina Veneno ilesa. rsrssrs

    beijoca,

    Tam

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  3. ah, Tam, e rolou mesmo Menina Veneno! além de Como uma deusa, claro!
    Crau, vamos combinar? é só você e Helito dizerem quando. chamamos Lili e mais amigos que topem esse verdadeiro "hit parade".
    beijos, beijos,

    Creia

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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