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domingo, 23 de fevereiro de 2020

Da importância de fazer diferente e às vezes fazer o mesmo

Mesmo reduzindo os carboidratos, especialmente açúcar, pães e massas, temos comido bem, na verdade melhor que antes. Agora esses itens entram de vez em quando no cardápio - e parecem muito mais gostosos, pelo menos para mim!
Como a base da alimentação diária tem sido proteína, salada e legumes, é fácil enjoar. Tem dias que enjoo só de olhar pro tomate, sério. Então só me resta variar de alguma forma o preparo, aquecendo o tomate, utilizando o pão italiano para uma panzanella, empanando o frango com parmesão, utilizando o pesto em diferentes pratos, como nhoque de batata-doce e macarrão de abobrinha, fazendo um chutney rápido de maçã para cobrir a carne suína e chips de batata-doce para acompanhar o estrogonofe. 
E às vezes só quero comer uma coisa de que gosto muito, como um pão de fermentação lenta ou um sorvete preparado por mim, com creme de avelã e creme de leite. Não precisa ser toda hora, não precisa ser todo dia, mas de vez em quando só precisa ser. 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Desafios do comer bem

Que melhoramos muito nossa alimentação desde que saímos de São Paulo, não há dúvida. Só faltava cortar o excedente - mesmo com comida de verdade, ainda havia muitos "complês": doces, cerveja, petiscos no final de semana...
Calhou de a decisão do marido de reduzir carboidratos vir no momento em que resolvi não tomar o antidepressivo prescrito pela endocrinologista, porque vejo uma diferença clara entre meu prazer em comer e a compulsão alimentar propriamente dita. 
Para mim, o ponto de viragem foi a ida a Lençóis, logo após a consulta médica, quando decidi não tomar sucos nem comer doces e massas e também reduzir o consumo de pão (o que parece loucura, sendo eu padeira). Quando Lu esteve aqui, comi massa duas vezes e tomei um sorvetão; no final de semana seguinte, uma bola de cada sorvete que fiz. E foi isso. Há uma semana aderimos à comida com muitos legumes, salada, proteína e algumas frutas, um carboidratinho extra umas poucas vezes (no meu caso). Às vezes, dá fome, mas não fraqueza, porque nunca comi tantos legumes e verduras na vida. 
Aí vêm os desafios desse novo modo de comer. Um deles é o fato de que cada um é cada um, e é muito comum ouvir de quem conseguiu emagrecer que tudo é questão de querer, de "força de vontade". É mentira, é difícil pra caraleo! O que a gente quer ouvir é "que legal, você já conseguiu tanto! não desista", e não "você está fazendo pouco esforço". Outro desafio é que dá muito trabalho comer bem. Mesmo eu tendo picado muita cenoura, abobrinha, berinjela e beterraba (e economizado com isso pelo menos 20 minutos por dia nos preparos), na metade da semana quase tudo havia acabado, e lá fui eu picar legumes de novo. Houve um momento em que parecia que fazia um mês que tínhamos começado a reeducação alimentar, mas fazia só 3 dias. Por quê? Porque me peguei preparando ALMOÇO E JANTAR TODO DIA, e não só almoço e alguma coisinha todo dia. 
Então desabafei com o marido, que concordou em eu fazer o almoço e ele preparar o jantar, inclusive com os leguminhos picados à disposição, caso queira. 
Tenho feito e descoberto receitas interessantíssimas com menos carboidrato, como a lasanha de berinjela à bolonhesa, o maravilhoso gratin de alho poró com peito de peru, os ovos cozidos com abacate e bacon, uma festa para as papilas. Já senti que desinchei, o jeans 40 está quase lá, aos poucos me sinto menos dependente do açúcar. Mas não venham me dizer que comer bem é moleza. 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Pasta de avelã menos junkie

Eu ia escrever que era menos processada, mas não é bem assim - óleo de coco, cacau em pó e açúcar demerara são processados. Só a avelã se salva.
Mas, porém, contudo, todavia, no entanto esta pasta tem a vantagem de não despertar a fissura louca de acabar com o pote todo de Nutella ou da pasta de avelã feita em casa com receita da Raíza Costa (melhor que a Nutella, ainda por cima).

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Pão de banana

Está chegando a safra de bananas aqui em casa. É tanta banana que não sei o que fazer com elas, além de bolo, pão, frozen yogurt, congelar em rodelas. Como estamos vivendo um período de contenção calórica, não tenho feito bolos, e as bananas recém-chegadas, antiga paixão do marido, estão ficando de lado.
Porém, o pão de banana de Hortência, da pousada Canto Verde, em Lençóis, me inspirou a tentar uma receita padeira. Adaptei uma, com pouquíssima farinha, da Escola de Bolo, utilizando óleo de coco e leite de coco no lugar de azeite e leite de amêndoas, respectivamente. Coloquei um pouco de farinha integral, além da branca. Juntei às nozes um punhado de uvas passas brancas. Ficou muito nutritivo e bem gostoso.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Sorvete de chocolate Ruby e frozen de banana com praliné de nozes

Entramos numa nova fase na alimentação aqui em casa. Marido fazendo teste de cortar carboidratos, lactose e açúcares, eu cortando e grelhando legumes como uma louca, deixando de lado arroz, massa e batata. Acabei também postergando um provável lanche em casa com os mais chegados porque não seria legal pra ninguém essa restrição toda.
Como eu andava fazendo coalhada caseira e Guga aboliu-a do cardápio, resolvi acelerar o consumo fazendo dois testes de sorvete/frozen, que levei para a casa dos sogros no final de semana. O de banana com praliné de nozes ficou muito bom, mas deve ser retirado um pouco antes da geladeira para conservar a cremosidade. O de Ruby é bom, mas lembra mais uva que chocolate.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Comida reeducada e Projeto Verão Forever


Projeto Verão na verdade é uma coisa pra sempre, né? 
Pois então, acabei encontrando uma nutricionista parceira do estúdio de pilates. Ela faz bioimpedância na consulta e é especialista em nutrição esportiva. Lá fui eu saber/confirmar o tamanho da encrenca.
Não deu outra: gordura no fígado, massa gorda acima do normal. Solução: reduzir porções, aumentar proteína, verduras e gorduras boas, reduzir açúcar e massas, intensificar treinos.
Comecei a seguir as dicas dela, dei uma relaxada, mas vou voltar. Vi que dá para viver sem doces - embora o marido tenha sido acometido por uma fissura dulcícola tão logo comecei o programa de reeducação alimentar. A lição serve pra vida: não é preciso ir na onda do outro, especialmente se for prejudicial para você. Melhor: participo de dois grupos (na verdade, uma dupla e um trio) de amigas que também querem/vão emagrecer.
O bom é que aprendo, com tudo isso, a variar bastante o cardápio, inclusive usando legumes na salada, proteína de soja no quibe, banana e iogurte grego feito em casa na panqueca. Várias dessas experimentações são surpreendentemente boas. 
E o melhor: a pochete começa a reduzir, roupas que pareciam improváveis vão se ajeitando. Fico só querendo mais.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Por uma vida mais leve

Pelo primeira vez, eu e Guga estamos de dieta juntos. Nem poderia ser diferente, se compartilhamos o alimento diariamente.
O fato é que isso é bom. Sempre é melhor ter alguém no mesmo projeto de emagrecimento. Lembro que a primeira vez que fiz regime de verdade tive apoio de colegas de trabalho que eram pacientes da mesma endocrinologista. Era ótimo almoçar com eles - dávamos dicas uns aos outros a respeito da boa alimentação. Emagrecemos juntos e felizes, com ajuda da sibutramina.
No meu segundo regime, uns cinco ou seis anos depois, fui ao endocrinologista com Gustavo. Aqui, cada um cuidava do seu. Como na primeira vez, tomei sibutramina. Mas, sozinha em meu regime, me dediquei mais às atividades físicas - academia, flamenco, tai chi chuan. A alimentação não era exatamente a melhor, e acabava sendo compensada com exercícios.
Nos últimos três anos, voltei a ganhar peso. Pouca atividade física, falta de opção de restaurantes no novo bairro, estresse - tudo isso contribuiu para a subida dos números da balança. Quando comecei a cozinhar diariamente em casa, ainda estava mais focada nas experimentações culinárias, quase sempre engordativas. Cheguei à Bahia com um pouco mais do que tinha no segundo regime - o que, para mim, havia sido o auge da engorda.
Como já disse aqui, comecei a frequentar uma academia pequena no bairro, só caminhando na esteira ou no elíptico, por conta da tenossinovite. A alimentação continuava pouco light, embora cada vez mais saudável, com cada vez menos alimentos processados.
Pouco depois, logo que voltei a fazer pilates, vi uma foto minha na internet. Entrei em pânico. Estava definitivamente fazendo jus à herança paterna. Já havia perdido boa parte das minhas roupas, e vi que logo não teria o que vestir.
Quando Guga decidiu voltar a emagrecer, foi ótimo, porque isso significava menos pedidos de pratos especiais. E como ele é mais radical que eu na dieta, fomos aos poucos focando em alimentos que promoviam saciedade e bom humor (embora, como eu já devo ter dito, às vezes fico de mau humor por abstinência de coisas doces). Agoooora, acho que estamos no passo certo, ainda mais com o pedal presente em nossas vidas.
Só sei que quando tomo uma vitamina de abacate ou como banana amassada com aveia, acho uma das coisas mais deliciosas do planeta. Valorizo muito mais o sabor dos alimentos. A cerveja no final de semana, em menor quantidade, vira uma iguaria.
Com a idade, emagrecer é menos fácil, é verdade. Cada 200 g deve ser comemorado, e às vezes pinta o desânimo. Mas, desta vez, a ideia é incorporar um modo definitivo de ser saudável. Sem remédios, com alimentos frescos, sem conservantes, com atividade física constante e prazerosa. Uma nova vida mesmo.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Pequenas, mas vitórias

Pois.
Comecei a emagrecer. Devagarzinho. Agora de verdade. Levando a sério os exercícios físicos, pelo menos 6 vezes por semana, controlando a larica e deixando as guloseimas mais para sexta e/ou sábado. Tomando um placebo que para mim foi muito eficaz (e liberado pelo médico), garcínia em cápsulas, e muita água. Não deixando de comer de 3 em 3 horas. E, muito importante, comemorando cada "100 g" que se vai. No fundo, mudando padrões, como diz meu amigo Wagner.
Engraçado (maneira de dizer) como a gente pode se enganar por muito tempo. Pensava que me exercitar, mesmo eventualmente, e contar calorias eram suficientes para emagrecer - e achava muito injusto quando isso não acontecia. Já comentei que talvez tenha precisado chegar a um estado crítico para fazer as coisas da maneira correta - como aquelas histórias que achava terríveis, de moças que engordavam 20, 30 kg, mas que conseguiam emagrecer e publicavam seu "testemunho" em revistas, na linha "Eu consegui" da Boa Forma (depois que engordei muito, li vááários desses testemunhos!). Talvez diferentemente dessas moças vencedoras, que abraçaram pra valer musculação, corrida etc., eu só esteja conseguindo porque optei por alternar a academia com atividades de que gosto mesmo, como flamenco e tai chi chuan. Até começar um e outro, estava indo à academia de caju em caju, como diz Guga. 
Mas o melhor mesmo desses primeiros resultados foi poder colocar um dos vestidos de que mais gosto, que estava na minha lista dos -5kg (fiz uma lista de roupas a usar com -3kg, -5kg, -8kg, -10kg e -15kg, um baita estímulo organizado em etapas). Aos poucos, vou voltando a usar o que quero, e não mais "apenas o que serve". Escolher, e não ser obrigada - nunca esteve tão claro para mim como liberdade e estar bem consigo (inclusive fisicamente) têm tudo a ver.

domingo, 2 de setembro de 2012

Choque de realidade

Que eu já sabia do meu processo de engorda, isso ninguém pode negar. Aliás, para falta de sorte dos meus amigos, falo disso há alguns anos (no início, provavelmente, mais por perseguir outra autoimagem que pelo fato gritante que ora se apresenta!), um sinal claro de que não tomei nenhuma atitude eficaz para cessar as reclamações.
Pois nada como um choque de realidade para resolver as coisas e parar com a palhaçada: engordei 15 kg em dois anos! Nunca tinha pensado que podia chegar a esse ponto, embora tivesse um histórico de sobrepeso e obesidade na família - o lado paterno completo e pelo menos 25% dos irmãos. Tinha uma esperançazinha de ter puxado o lado materno (que sofre, todavia, de outras mazelas).
Como mantive a mesma faixa de peso por muitos anos, com atividade física intermitente e comendo sempre muito bem (em quantidade, não em qualidade), não faz muito tempo que fui visitar uma endocrinologista. Fiz isso quando comecei a engordar lenta, mas consideravelmente. Comecei uma reeducação alimentar, cheguei a tomar uma dosagem mais leve de sibutramina por um mês e meio e emagreci bastante. Mantive o peso por uns dois anos, até começar a trabalhar em uma editora, sentada por mais de 8 horas todos os dias.
De novo, a escalada do peso, e nada de atividade física. Comecei a fazer pilates, procurei uma nutricionista, e voltei a emagrecer. Por alguns meses e mesmo em um novo trabalho de muitas horas sentada, mantive o peso até receber o convite para ser editora de novo, com bem mais responsabilidades e sem horário fixo, praticamente full time (já perceberam que atribuo parte da culpa da engorda - minha, pelo menos - ao trabalho de edição, não é?).
Aí veio a cereja do bolo: engatei nas experimentações grastronômicas. Aliás, basta ver como principalmente neste ano o blog está mais voltado para gastronomia do que para comentários sobre shows e filmes. Sintomático.
Não pretendo parar de fazer algo de que gosto tanto, então voltei com a carga toda às atividades físicas, incluindo as mais prazerosas, como dança e artes marciais. Nem sempre consigo cumprir a meta da academia (que não curto de fato), mas tento me exercitar pelo menos 4 vezes por semana. E, é claro, preciso fechar a boquinha. Especialmente depois da visita a um novo endocrinologista (indicado pela Clau, bem mais sério do que a que visitei no início do ano), responsável pela notícia bombástica, a de que engordei OITO kg em QUATRO meses (a menos que a balança da médica anterior - ou a própria médica - estivesse completamente louca). E coisas que me pareciam inofensivas, como a fileira de chocolate meio amargo após o almoço, estão sendo abolidas, ou pelo menos repensadas. Ou, ainda, "reagendadas" - a mousse de chocolate, por exemplo, vai ficar para o final de semana.
Além disso, para tornar irreversível o processo de mudança, o resultado dos meus exames já mostrou os índices de colesterol explodindo. Se fiquei desanimada? Muito pelo contrário, acho que precisava de um desafio para tomar uma atitude pontual. Isso também quer dizer que mais uma vez a tônica do blog deve mudar: comidas mais saudáveis, volta a outros programinhas, redescoberta do mundo.
Novos voos, que bom!

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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