Ontem aconteceu a aula nos domínios da Sirlene, uma ceramista geógrafa e antropóloga, segundo definição do Marcos. Achei-a delicadamente engraçada - não encontrei outra maneira de definir aquele saber fazer comentários divertidos com uma voz tão suave. Sabedora de sua própria graça.
Então Marcos pediu-nos para relaxar, entrar em contato com nosso interior, visualizar um lugar que fosse só nosso. Confesso que estava pensando em como iria para a faculdade depois, e não visualizei nada "espiritual". No entanto, era preciso dar forma ao nosso pensamento por meio da flexível argila.
Acabei optando por uma imagem que sempre foi recorrente nos meus sonhos, e que há tempos não vejo neles, a de altas ondas no mar. Agreguei o veleiro comigo, miudinha, à proa. Lembrei-me dessa imagem outro dia, assistindo ao filme Interstellar, do Cristopher Nolan, que tem uma cena incrível com ondas gigantes.O Marcos fez uma leitura interessante, sobre o veleiro como casa, que procura ficar estável em situações adversas trazidas pelo mar e pelo vento. E se a casa é o meu eu mais profundo, e com ele tenho singrado até as águas mais turbulentas, nisso tudo eu vejo boas perspectivas de aportar.

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