quinta-feira, 21 de abril de 2016

A estreia da máquina de massas com rondelli gratinado

Quando tentei usar a máquina de massas pela primeira vez, não rolou (sem trocadilhos): não consegui prendê-la na mesa e era impossível assim girar a manivela e segurar a massa que saía do rolo e a maquineta ao mesmo tempo. Resultado: abri a massa com o rolo de macarrão, o que certamente não tem o mesmo resultado (a menos que você seja uma daquelas mammas originais de fábrica).
Voltei à forra e resolvi usar a máquina anteontem, para fazer massa fresca para o jantar. Dessa vez, encaixou bem na bancada. Escolhi fazer rondelli, pois queria rechear a massa. Usei a receita de massa do livro do Sebess (300 g de farinha, 3 ovo, 15 mL de água, 15 mL de óleo, 6 g de sal), mas com o modus operandi do site Desafios Gastronômicos, inspirado no Jamie Oliver, que propunha o pré-cozimento da massa (como se fossem folhas de lasanha) antes de enrolar, por 2 minutos.
A massa ficou fina e cozida o bastante. Estendi sobre panos de prato limpos e comecei a rechear, but... não tinha presunto e queijo o suficiente. Acabei reduzindo o tamanho das "folhas" de massa e por isso o rondelli virou mini. De qualquer modo, precisava de outro recheio, ou não teríamos massa suficiente para dois. Entonces, me lembrei do meu manjericão-quase-árvore e das nozes e amêndoas que trouxe da zona cerealista. Será que ficariam bons os rondelli recheados de pesto (que, na verdade, é molho?). Ainda por cima, seriam cobertos com bechamel...
Bom, se é o que tem, é o que vai ser, sem mimimi. Recheei parte com presunto e queijo, uma parte com um pesto bem rústico (menos líquido, mais pedaçudo) e ainda uma parte com presunto e requeijão. Ainda ficaram de fora algumas lâminas de massa por falta de recheio, mas consegui forrar um refratário pequeno com os rondelli. Cobri tudo com molho bechamel, que dessa vez "temperei" com meia cebola descascada, noz-moscada e uma folha de louro, antes de acrescentar ao roux e salgar.
Levei ao forno pré-aquecido por uns 20 minutos, para gratinar. Ficou muito, muito bom, especialmente os recheados com pesto.
O senão da massa fresca fica mesmo por conta do tempo. É preciso começar bem antes - demorei quase duas horas no processo todo (enquanto a massa descansava na geladeira, aqueci o leite, fiz o pesto e ainda rolou uma palha italiana). Vale a pena? Demais. Mas tem que ser uma comida de final de semana, de preferência criada a mais mãos. Do jeitinho que as mammas fazem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

Arquivo do blog