sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Doçura para seguir vivendo

Soube esta semana que seu Ney, pai de Karen, faleceu. Senti uma grande tristeza; conhecia-o desde os 14 anos, conversávamos muito, ele era muito brincalhão, mas muitas vezes sério e conselheiro, e sempre tratou-me como filha. Conversei com Kaká, que me pareceu serena, preparada para essa perda, já que ele, com 86 anos tão bem vividos, andava muito frágil e cansado. Ao fim da conversa, ela me pediu para fazer um doce bem bonito e gostoso e comer em nome dela e da mãe, dona Enide, que estava perdida com a falta do companheiro de meio século de vida. Fiz. Um bolo invertido de banana bem gostoso, preparado com toda energia de amor que gostaria de enviar a elas.
Hoje soube que dona Enide teve um AVC. De novo fico triste, porém tomo emprestada a serenidade de Karen diante da enormidade da vida, torcendo para que sua mãe saia dessa mas também que a doçura seja o que fique, seja lá o que tiver de ser. 

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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