Li hoje um texto do Carpinejar sobre a chegada aos 40, o quão libertadora ela é, quais são os sinais de que alguém chegou lá e que tais. Achei bem bonito, como tudo o que ele escreve. Me reconheço, e também a muitos amigos, na história de preferir receber pessoas em casa a sair para a balada, a se especializar em cerveja artesanal ou pães, a preferir a própria companhia, entre outras coisas bacanas que o texto elenca.

Lembro-me de ter falado aqui sobre a próxima chegada dos 40. Eu me sentia muito vivaz, forte, pronta pra tudo. Depois dos 40 - e agora já estou bem perto dos 50 -, muita coisa mudou. Ficou mais fácil engordar, comecei a ter que me preocupar e a gastar mais com saúde, resolvi compartilhar a vida com outra pessoa (há quase 10 anos), um dia descobri rugas no pescoço, por questões econômicas não saí simplesmente de um trabalho que já não me satisfazia. Em tese, tudo ficou menos "leve".
Por outro lado, tudo aquilo que o Carpinejar descreve de bom tem a ver, lá no fundo, com o foda-se. Eu já não me importava muito com o que os outros achavam, agora me importo zero por cento - a idade refina essa capacidade. Por isso, prefiro um grupo menor de amigos (ajudada pelo fato de que aqui são poucos mesmo), prefiro fazer minha própria comida, ser ecológica apesar da inutilidade das ações no nível micro e muito mais por ética, escolho roupas e utensílios pela qualidade e longevidade. Apesar do peso das novas responsabilidades, sinto que as escolhas são completamente minhas, que sou capaz de tantas coisas hoje, que cheguei tão longe, com ajuda de muitas pessoas e pela minha recusa em ficar parada. Aprendi a bordar, pedalo sozinha na estrada, sou hoje uma versão mais segura e muito melhor de mim mesma, realmente adoro minha companhia.
Parece que vou envelhecer bem.
Linda!
ResponderExcluirBj,
Marisa
Aaaahhhhh, que saudade, querida! Precisamos nos ver logo, logo! beijos!
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