sexta-feira, 7 de maio de 2021

Um ano e dois meses

Com direito a pegar numa espécie de urtiga-cansanção achando que era muda de mamoeiro e ficar com os dedos e palmas das mãos vermelhos e queimando e coçando vários dias, a ser atacada por mutucas e cigarras, a ter que deixar baldes e bacias em pontos estratégicos da sala e do escritório porque, afinal, começou o inverno baiano e as goteiras se multiplicam - e por conta da chuva também arrumei um minijump, pra substituir as caminhadas nos arredores (15 minutos e quase tenho um treco, mas já tenho melhorado meu desempenho).  
Também começou a CPI para apurar responsabilidades na condução do combate à pandemia. Mas seguimos descrentes de tudo. Sempre detestei juízos de valor com relação ao Brasil, mas está sendo impossível não pensar que somos filhos do atraso travestido de cordialidade. A violência, as chacinas, a intolerância brotam de toda parte. A carestia não dá trégua. E a alma pesa, pesa, pesa. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

Arquivo do blog