sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Vencer o bode da salada com... salada!

Embora descendente de orientais, nunca fui muito da salada. Parte disso devo a ter sido criada por avós nordestinos, cuja cultura culinária na época era pouco afeita aos verdes, mais voltada para carnes e peixes e tubérculos. 
Outra parte tem a ver com minha pouca criatividade na combinação de verduras para compor uma salada, fortalecida por um pouco de preguiça de lavar tudo com hipoclorito de sódio. E cortar pepino, tomate, claro. Aliás, tomate, mal suporto hoje em dia. Mas todo dia tem. 
Tenho a impressão de que ultimamente as verduras cruas não me caem bem, o que, embora realmente aconteça com algumas pessoas, pode ser, no meu caso, só um nojo alimentar recente, que tem tomado a relação com minha comida quase de modo geral. Além do cansaço de cozinhar todo dia, o cansaço do próprio tempero. 
Mas preciso comer, e preciso comer bem, porque sei que a nutrição transforma minha relação com as alergias para bem e para mal. Ter voltado a comer leguminosas me fez muito bem, com o aporte de proteínas e de fibras para o dia a dia. Então lancei a pesquisa na internet sobre saladas diferentes do trivial, e recebi de volta dicas da maravilhosa Rita Lobo, a maior defensora da comida de verdade entre os famosos da gastronomia. Encontrei justamente um post sobre "10 saladas que valem por uma refeição", com ingredientes como milho, carne, pimentão, grão de bico e até bacalhau. 
Já testei algumas, e fiquei muito feliz com os resultados, especialmente quando deu para ganhar tempo com alguns ingredientes já prontos, como o milho em lata e o grão de bico de caixinha (porque o demolho, tão necessário, também me dá uma preguicinha). Continuo, graças a dona Rita, ainda mais fiel à comida de verdade (sobretudo após uma breve e recente experiência não tão agradável com produtos à base de xilitol) e meu paladar e meu sistema digestório (e acho que marido também) agradecem. 

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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