sexta-feira, 15 de julho de 2022

Simplicidade, a maior das evoluções

Do mesmo modo que me interessa saber como se davam os antigos processos culinários, quando não havia tecnologia nenhuma, e como são feitos alguns pratos mais complicados, eu sempre busco as soluções mais simples para essas mesmas receitas. Como aconteceu com o boeuf bourguignon, por exemplo: procurei aprender a receita "raiz" para depois simplificar o prato, preparando-o inclusive na panela de pressão, autorizada pelo Troisgros. O mesmo com a sopa de maní, cuja receita já achei simplificada e simplifiquei mais um pouquinho. Aprendi a fazer sorvete sem sorveteira, entendendo a lógica de seus ingredientes, antes de comprar uma sorveteira. Ou seja, se faltar energia, mas não ingredientes, ainda dá pra eu me virar. 
Mas a simplicidade de que mais gosto é poder fazer combinações com o que já está pronto na geladeira. Antes de saber cozinhar, eu já tinha encantamento por marmitas - e hoje elas estão tão na moda! 
Por isso, gosto tanto dos programas da Rita Lobo, que aborda não só a comida de verdade, mas também a simplificação do ato de cozinhar cotidianamente. Pra mim, é a verdadeira evolução culinária, a simplicidade. 
Dia desses, sem arroz na despensa, preparei uma quinoa que estava ali perdida, para acompanhar lentilha cozida. Ambas sobraram, já mais sequinhas. E achei duas receitas do Panelinha, que ainda me fizeram aproveitar uma beterraba do fundo da gaveta e amêndoas que já estavam meio murchinhas. Logo tínhamos, para o jantar, um cuscuz marroquino feito com quinoa, amêndoas, alcaparras e raspas de limão e lentilhas com molho de balsâmico e fatias de beterraba, ambos muito gostosos. 
Aproveitando que tinha feito coalhada caseira, preparei uns nuggets simplificados, marinando o frango já temperado no iogurte e passando numa farinha de rosca feita com um pão francês integral que havia sobrado. Ainda preparei um molho tártaro com maionese pronta, alcaparras e picles de pepino, delícia. 

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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