segunda-feira, 7 de abril de 2014

Como a vida pode ser

Eu não conhecia o famoso Auditório Claudio Santoro, em Campos do Jordão, onde acontece o Festival de Inverno. Aliás, mal conhecia Campos, por onde só passei rapidamente há muito tempo, a caminho de outra cidade. E acabei indo pra lá passar algumas boas horas, na companhia da minha amiga Marina e do seu filhote lindo e amado Bernardo, o Bê.
A Marina agora é gerente do Museu Felícia Leirner e do Auditório Claudio Santoro. Então fomos matando a saudade tricotando entre um compromisso e outro dessa querida. Um dos compromissos foi o show do grupo de chorinho Mistura e Manda, de Taubaté. Puro glamour!
Imagine ouvir um instrumental perfeito e duas poderosas vozes femininas interpretando Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Ernesto Nazareth etc. ao ar livre, em um dia lindamente azul!

Fiquei muito contente com o sucesso da minha amiga, com o comparecimento do público jordanense ao evento, com a curtição dos pequenos presentes ao show (em princípio, tímidos, mas depois cheios de sorrisos e saracoteios). Tudo certo! Depois ainda fomos almoçar no Satélite, um restaurante do clube de funcionários do Banco do Brasil, com umas sobremesas absurdamente boas, como um pudim de claras com calda de caramelo e damasco.
Engraçado que, por ter sido tudo tão agradável, a viagem curtinha me deixou muito descansada. Isso se deveu, claro, às companhias e à programação, mas também ao entorno maravilhoso, verde e montanhoso, entre Campos do Jordão e Santo Antonio do Pinhal.
Também se deve essa sensação ao fato de ter sido uma escolha minha ir visitar uma amiga querida, criar a ocasião, fazer algo tão agradável e que nem pesou no meu bolso. O direito e o desejo de ir e vir. Um refrigério, um intervalo necessário, um respirar mais fundo para não esquecer quem sou no meio do caos cotidiano.
E voltei repensando muito mais minhas escolhas. Do que preciso para ser feliz? Muito menos do que costumo pensar. Cada vez mais me parece que a natureza tem a resposta.

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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