quinta-feira, 24 de abril de 2014

Vida, louca vida

Que a vida é dinâmica, disso não tenho dúvida.
Às vezes (muitas, na verdade), vêm nos visitar os milagres cotidianos - uma fala inesperada, um sorriso de um desconhecido, uma rosa, uma proposta de trabalho no momento em que a gente resolve se lançar no nevoeiro. Algumas vezes, depois de uma rejeição, vem uma aceitação, e a gente agradece, mesmo a oferta não sendo assim uma Brastemp - afinal, sabe-se lá o que virá em seguida, se o paraíso não está um pouco mais à frente.
Tem horas que eu me sinto uma fruta sendo batida no liquidificador; às vezes o vórtice é delicioso, às vezes é só atordoante, e um tanto cansativo. Tem dia que fazer o que tem que ser feito é mais difícil, a concentração é zero, acho que por conta do zunido na cabeça pós-liquidificador. E eu só consigo pensar que a vida é louca mesmo, e que o negócio é se deixar levar de quando em quando, não resistir às mudanças, que podem chegar como marolas ou tsunamis.
E a trilha sonora dessa montanha-russa, qual é? Cazuza, lógico (se é que há alguma lógica nisso tudo).

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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