quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Devagar e sempre

De pouco em pouco, fui pedalando cada vez mais longe. E por fim cheguei aos 50 km, na companhia do marido.
A forma como realizamos as coisas mostra muito de nós. Eu sei, parece óbvio. Mas penso, por exemplo, em como eu pedalo e como meu marido pedala. Ele gosta da velocidade, das trilhas íngremes, aquilo que ele já experimentava quando corria de moto. Eu prefiro ir cada vez mais longe, mesmo que não tão rapidamente. Ele é da explosão, eu sou da constância. Performance e endurance.
O interessante de pedalarmos juntos é como essas características se mesclam - para mim, o pedal fica mais intenso; ele fortalece a musculatura pedalando mais devagar. Como na vida, cada um aprende um tanto com o outro, mesmo que cada um tenha um jeito próprio de traçar seu caminho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

Arquivo do blog