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terça-feira, 20 de junho de 2023

Mente quieta, espinha ereta e core ativado no vórtice

As últimas seis semanas foram uma loucura de acontecimentos e sensações. Depois da decisão de nos separarmos, com fechamento de trabalho, dia das mães, buscar um apartamento, fechar contrato, empacotar tudo (quase 30 caixas só de livros), viagem-relâmpago de trabalho, finalmente a mudança. Que deu direito a duas viagens do caminhãozinho contratado em Itacimirim (na última mudança, foram duas viagens de caminhão-baú mais várias de carro com meu irmão Ian), estantes retorcidas (que me devolveram em pé, mas levemente amassadas), mais uma viagem de carro com coisas que tinham ficado por lá, e cada dia da semana reservado para entrega de alguma coisa ou instalação da internet. Embora tenha me matriculado na academia local logo no início da semana, a alimentação ficou bem ruim por esses dias, com expectativa de chegada da geladeira e acertos na instalação do fogão. 
Mas não vou reclamar de nada (só dos preços pela hora da morte em toda parte). Quando começamos a nos movimentar, tudo flui junto com a gente. Apesar do aperto todo - viagem e mudança -, consegui manter o foco e a calma, apesar do cansaço. Ainda havia a questão da hospedagem de Kong, porque não quisemos arriscar deixá-lo com os pais de Guga, que teriam de não só alimentar mas dar um monte de remédios para o rabugento - conseguimos, por indicação de Joelma, uma hospedagem com um adestrador em Barra do Pojuca, por coincidência (ou não) irmão do nosso mecânico de bike. Deu tudo certo com Konguito. 
Deu tudo certo na viagem também, com reuniões sobre o futuro da empresa mas também um encontro fraterno com toda a equipe das unidades, almoço com amigos queridos, café com mainha e irmã, passeinho no Centro e almoço no melhor restaurante árabe da vida, o já visado por mim Syria, de um refugiado que antes teve o Vovô Ali, segundo meu amigo Renato a melhor esfiha de todas - e com a surpreendente massa folhada de pistache, um acontecimento. Ainda consegui cortar cabelos com meu cabeleireiro há 25 anos, e devo dizer que, quando as madeixas recebem um bom corte, elas ficam lindas mesmo em desordem. Também consegui comer pão na chapa em padoca tradicional, a Marajá, perto do hotel, nas proximidades da Famiglia Mancini, onde ficamos um dia antes de ir pro apart de Li. 
Desta vez, percebi muito policiamento no Centro, mas com certeza isso se deveu à Parada do Orgulho, que ia acontecer no final de semana. A paisagem continua tristemente desigual, com hipsters ocupando Copan e imediações enquanto moradores de rua vagam pela feira - um efeito da gentrificação é a carestia geral na região, como no velho Café Floresta, onde paguei 40 reais por dois cafezinhos e três broinhas. O canelé do Temumami, que há tempos queria provar, custa 10 reais e nem é tudo que eu pensava. 
Assim que voltamos de SP fui pagar contas e comprar geladeira e lavadora de roupas, e ainda terminar de empacotar coisas. Minha sogra veio me trazer no domingo, o carro tomado de coisas. Zenzito, que já havia ficado preso no banheiro em Monte Gordo, ficou no banheiro do apê até que a galera fosse embora. Deu uma surtada quando percebeu que não poderia sair, e a primeira noite foi horrível, com ele me acordando às 2h, miando e correndo, e só parando quando o prendi na mala de transporte às 4h. No decorrer dos dias, foi me acordando cada vez mais tarde, até que chegamos ao horário de 5h30, bem mais razoável. Agora ele criou a rotina de dormir dentro do guarda-roupa toda tarde. 
Na primeira segunda, fui me matricular na academia vizinha, uma espécie de Bioritmo, mas com treino menos personalizado - a vantagem são as aulas coletivas. Consegui treinar duas vezes na primeira semana, porque logo estava envolvida com entregas - de mudança, de Magalu, de estantes restauradas, instalação da Vivo, visita de faz-tudo que não fez tudo mas contou a vida inteira. Mas, mesmo sem poder sair pra me exercitar, um amigo de Marise que pedala aqui entrou em contato comigo, me inscreveu no grupo e lá fui eu pedalar 35 km com uma galera muito mais experiente. Quase morri, mas fui. Claro que eu era muito lenta para os padrões deles, e logo me indicaram um grupo feminino, "mais lento". Muito melhor que ter uma pessoa bem-intencionada mas rabugenta atrás de mim dizendo pra eu ir mais rápido, aconselhando a trocar a suspensão, a coroa, a subir a ladeira mais íngreme porque "se eu queria pedalar, tinha que treinar". Afe! Mas tenho que dizer que eles garantiram minha segurança o tempo todo, e em nenhum momento tive receio de pedalar ao lado dos carros. E foi assim que finalmente conheci a Ponta de Humaitá e pude tomar um sorvete na Ribeira, ainda passando pelo meio das casas (não sei se é muito legal pros moradores, mas enfim).
Para acompanhar todos esses eventos, tive que respirar fundo muitas vezes, aprumar o corpo e literalmente ativar o core, inclusive para carregar coisas e subir escadas e ladeiras sem parar. E funcionou. E deve continuar funcionando, que vem mais pela frente, até que o vórtice vire fluxo. 

terça-feira, 7 de março de 2023

O maravilhamento do aprendizado

Aproveito essa imagem da marca Aragäna, que conheci outro dia, para falar do meu maravilhamento com o fato de poder andar de bicicleta. Eu nem me lembro como aprendi, mas certamente foi junto com meus irmãos, revezando o uso das duas bikes, observando como eles faziam, provavelmente sendo ajudada por eles na primeira pedalada. Quando hoje pedalo, volta e meia sou tomada pela epifania do movimento milagroso que é ficar sobre as duas rodas, deslizando, o vento no rosto, uma liberdade imensa de ir aonde quiser. 
Mesma coisa sinto quando penso na magia que é saber ler, saber escrever. Quando aprendi? Não me lembro. Mas que coisa maravilhosa é poder juntar letras e palavras e assim formar imagens, conseguir se expressar, poder defender suas ideias! Uma das coisas mais tristes que existem, na minha opinião, é alguém ter suas possibilidades de mundo roubadas por não ter direito à alfabetização. Por isso, choro sempre diante de Fabiano, de Vidas secas, em seu embate com o Soldado Amarelo, com o patrão que lhe rouba o salário. Por isso, me importa tanto que todos tenham acesso à educação de qualidade, para que possam acessar a mágica do conhecimento, do mundo e de si. 

terça-feira, 26 de julho de 2022

Uma cena feliz pra esquecer chateações


No dia do meu aniversário, fomos dar um rolezinho na praia. Estávamos ali, tomando nosso sol na areia, quando chegou um guri empurrando sua bike. Para dentro d'água, porque queria brincar com as outras crianças, mas não queria deixar a bike de fora da brincadeira. Ele chegou a subir na bicicleta na água, a pedalar enquanto a bike afundava um pouquinho. Aquela cena deu um frescor ao dia. Como é importante acreditar na nossa ação no mundo, e como vamos nos esquecendo disso à medida que crescemos! E também como é fundamental abandonar uma ideia quando ela não funciona. 
Lembrei do guri hoje, quando respondia a uma pessoa sobre questões de trabalho, eu e essa pessoa discordando diametralmente quanto a um combinado. Marido também trouxe uma luz: disse que eu não podia me responsabilizar por tudo no trabalho, me esfalfar para que tudo desse certo. E é verdade verdadeira - não preciso convencer uma pessoa a trabalhar se ela não quiser, se ela se sentir desconfortável com a proposta de trabalho. Logo eu, que detesto insistir com as pessoas, que acho desrespeitosa com elas e comigo a insistência. 
"Let it go", diria Elza em Frozen e demonstra o guri com sua bike, numa feliz cena praiana. 

terça-feira, 21 de junho de 2022

A felicidade das pequenas coisas, uma paráfrase real

Domingo, saí pra pedalar depois de quase dois anos e meio. Eu até tenho usado a bicicleta para ir ao pilates, mas é muito perto para dizer que tenho "pedalado". Daí que eu saí na linha "vamos ver até onde consigo ir, se precisar, empurro na subida". Também pensei que preferia ir na direção da Praia do Forte, um caminho de que gosto mais, cheio de verde, com cheiro bom de verde, menos carros etc. Imaginei que conseguiria ir até Barra do Pojuca. 
Mas então fui indo, indo, concentrada no movimento, com pensamentos passando aqui e ali. Fui chegando perto de Barra do Pojuca, e vi que dava pra ir mais um pouquinho. Até o próximo retorno, pensei. Cheguei à primeira subida mais íngreme, quase no final desci da bike, pela primeira vez ali. Montei, passei pelo retorno, segui, enquanto uma dupla de ciclistas do outro lado gritava pra mim "bora, garota!". Sorri, animada. Segui. 
Quando dei por mim, estava na entrada da Praia do Forte. Pensei logo em tomar um cafezinho, mas imaginando que, na volta, o ladeirão ia ser feito todo a pé. Mas qual! Coloquei na penúltima marcha mais leve e fui subindo, subindo. Só fui de fato sentir cansaço quase perto de casa, nos músculos da coxa e um pouco nas costas. 
Algo parecido aconteceu com o bordado do São Francisco no vestido, que comecei no final de outubro do ano passado. Fui inventando coisas pra bordar, e uma hora cansei. As casinhas de Penedo me pareciam especialmente trabalhosas de bordar. Outro dia, pensei em prosseguir o bordado, mas sem muita cobrança quanto ao tempo. De repente, tinha terminado de bordar as casinhas. Agora parece faltar muito pouco. Me deu uma alegriazinha constatar isso. 
Também tive um encontro com um doguinho num dia em que saí para caminhar. Ele foi seguindo ao meu lado o tempo todo, me deu umas voadoras para brincar, latiu para um boi, encontrou outros doguinhos mas atravessou a passarela comigo. Quando chegamos à lagoa, ele deitou um pouco debaixo de uma árvore e depois seguiu na direção da praia. Ainda esperei para ver se ele voltava atrás, ao me ver parada, mas ele olhou pra mim e se foi. Quase me senti culpada quando marido disse que talvez ele não soubesse voltar, mas não. Ele estava tão feliz seguindo seu caminho que foi mesmo um privilégio sua pequena presença, que me afastou os pensamentos cinzentos por alguns instantes. 
Precisamos, como o doguinho, estar atentos ao caminho, curtir o que for bom, arrumar companhias, deixar ir e vir com alegria. 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Uma batida e alguns aprendizados

Ainda não consegui retomar o pedal. Adentrando o segundo ano da pandemia, ou terceiro, a depender do ponto de vista, uso a bicicleta para ir aqui ou ali rapidamente, mas não para um treino mais longo. 
E tão destreinada estou que, saindo do shopping, deixei de olhar para o lado quando desviava de um motorista que não me via e continuava manobrando o carro na ciclovia e acabei batendo num outro carro que passava. Por uma enorme sorte minha, a motorista vinha bem devagar, eu bati quase de lado e ela foi muito amável e compreensiva diante da minha consternação. Fiquei nervosa com o outro motorista, nervosa com o que poderia ter acontecido de mais grave e envergonhada de eu mesma ter sido tão desatenta e ainda arranhar, mesmo levemente, o carro de uma pessoa que não tinha nada a ver com isso. Ela se certificou de que eu não tinha me machucado, passou álcool nas minhas mãos, o segurança do shopping ajudou a colocar a corrente da bike no lugar, e eu voltei pra casa, coração aos pulos. Por sorte, muita sorte, só ralei as mãos e bati um joelho e um cotovelo, de leve.
Tudo isso pra aprender a não perder a atenção jamais enquanto pedalo e a não deixar minha indignação com os irresponsáveis me tornar uma irresponsável também.  

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Au revoir, LaBelle

Ontem, me despedi de LaBelle. Foram seis anos e meio de muita garra e companheirismo. Depois da chegada de Purple, ela ficou de lado, e nada mais justo que passá-la para alguém que possa desfrutar da liberdade que ela oferece tanto quanto eu desfrutei.
Ela foi até bem disputada, e houve um pequeno estresse no repasse, imagine. Mas quem não gostaria de uma belezinha da GT, bem conservada, de aparência alegre, bom câmbio a preço camarada?
Obrigada por tudo, LaBelle! Que a Bete e outras pessoas sejam felizes com você como eu fui.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Calça que veste como luva da Marcio May

Comprei a primeira vez no site Roupas para Ciclismo no ano passado. O bretelle + camisa masculinos estavam com preço ótimo, e foram meu presente de aniversário para Guga. Chegou tudo relativamente rápido também, e isso só somou pontos ao site, que tem sede em Florianópolis e oferece marcas diversas e muitas promoções.
Eu, que sempre estou em busca do forro perfeito para pedalar, precisava de outra calça, porque a da DaMatta que eu tinha (a segunda!) já tinha ido pra cucuias. Então encontrei uma da Marcio May, que parece estar ganhando mais espaço no mercado, com preço quase 50% mais baixo que das lojas daqui.
Houve uma demora enorme na entrega, de dois meses desde a compra, em parte (creio que a maior parte) por conta da entrega do fornecedor à loja, em parte pela greve dos caminhoneiros que parou o país há umas duas semanas. Recebi ontem, por fim, a calça e um par de pernitos também da Marcio May. E devo dizer que a compra valeu muito a pena: o corte da calça é perfeito, o forro parece muito bom (CoolMax) e ela tem bastante compressão nas pernas.
Já estava quase pedindo o cancelamento da compra, mas valeu a pena dar um voto de confiança ao site.

domingo, 25 de março de 2018

Melaleuca, mon amour

A melaleuca está na moda. Originária da Austrália, a Melaleuca alternifolia pode ser encontrada em shampoos, desodorantes, loções, medicamentos. Ao lado da lavanda, segundo os manuais de aromaterapia, é um dos dois mais importantes óleos essenciais de que se faz uso. Tem propriedades anti-inflamatórias, cicatrizantes, antifúngicas. Trata lesões de pele como espinhas e verrugas.
A primeira vez em que me dei conta da sua existência de fato foi ao procurar uma solução para a foliculite que se agrava ao pedalar. Existe até creme específico para usar no corpo e no forro da roupa de ciclismo, mas há quem indique a melaleuca para as inflamações, especialmente as provocadas pela depilação.
Como já precisava comprar lavanda, fui atrás da melaleuca também. Comecei a passar um algodão embebido no óleo diretamente nas inflamações, e me parece que se atenuaram. Nas axilas, a solução arde um pouco, provavelmente porque a melaleuca está matando, espero, todas as bactérias que encontra.
Sem nem perceber, na última estada em SP, comprei shampoo e condicionador que também levavam melaleuca na fórmula, indicada como tea tree, seu outro nome famoso.
Ontem, fiz um desodorante natural utilizando melaleuca e leite de magnésia. Mais líquido do que costumamos ver nos industrializados, mas me pareceu eficiente. Reaproveitei uma embalagem roll-on que tinha.
Agora a melaleuca faz parte do grupo de substâncias favoritas pau-pra-toda-obra daqui de casa, junto com a lavanda, o bicarbonato de sódio e o vinagre.

Crédito: Foto tirada da Wikipédia.

quinta-feira, 22 de março de 2018

Bike enquanto tema

Amo bandanas, tanto quanto amo chapéus, mas uso bem mais. Descobri que posso usá-las para cozinhar, além de pedalar, substituindo as toucas terríveis de cozinha e até mesmo os lenços que volta e meia tento usar - já concluí que para as cabeludas como eu não ficam tão bem, pois o cabelo fica amassado. Aliás, o que eu chamava de bandana há anos atrás eram lenços com estampa étnica, amarradas à la Cazuza, que lançou a moda por aqui. Agora são faixas de tecido mais fino que podem ser usadas de várias formas.
Outro dia, achei uns modelos da Nautika, um ótimo custo-benefício, menos da metade do preço que eu costumava pagar pelas da Naroo, ainda por cima com tema de bicicleta. Bueno, até que abri a embalagem e topei com uma palavra grafada incorretamente. Aí não rolou, tive que devolver.
Hoje comprei uma da Hupi, também com bicicletinhas, bem mais cara, mas nem tudo é perfeito nessa vida (ainda por cima, combina com as meinhas).

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Devagar e sempre

De pouco em pouco, fui pedalando cada vez mais longe. E por fim cheguei aos 50 km, na companhia do marido.
A forma como realizamos as coisas mostra muito de nós. Eu sei, parece óbvio. Mas penso, por exemplo, em como eu pedalo e como meu marido pedala. Ele gosta da velocidade, das trilhas íngremes, aquilo que ele já experimentava quando corria de moto. Eu prefiro ir cada vez mais longe, mesmo que não tão rapidamente. Ele é da explosão, eu sou da constância. Performance e endurance.
O interessante de pedalarmos juntos é como essas características se mesclam - para mim, o pedal fica mais intenso; ele fortalece a musculatura pedalando mais devagar. Como na vida, cada um aprende um tanto com o outro, mesmo que cada um tenha um jeito próprio de traçar seu caminho.

sábado, 27 de janeiro de 2018

Esse mirante é meu, essa mirada é minha

Hoje pedalei novamente mais de 40 km. Mas, desta vez, foram 40 km de muito sobe e desce, na direção de Imbassaí. Na outra semana, fui até Malhada, depois da Praia do Forte. Me animei com as ladeiras que, embora longas, são menos íngremes que as de Pojuca-Praia do Forte.
Fui até o mirante de Imbassaí, uma vista incrível do litoral. Agora quero ir até Imbassaí, mais 3 km à frente.
Logo devo procurar algum grupo de pedal para essas saídas mais longas. Hoje mesmo o pneu furou assim que comecei a voltar do Mirante. Minha sorte foi ter cruzado com três ciclistas que se ofereceram para ajudar.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

O pedal contagia

Outro dia, voltando de um pedal, nem acreditei no que ouvi: Rodrigo estava aqui para pedalar com Guga. Veio de Salvador, bike nova a tiracolo, para se jogar na Estrada do Coco, todo paramentado.
Já soube que no outro dia ele se juntou a uma galera para pedalar mais. Que o contágio tenha sido efetivo e traga muitas alegrias e boas experiências!

sábado, 13 de janeiro de 2018

Saúde, esporte e educação

Recebi esta semana os dois livros sobre pães que comprei na Amazon, com preço ótimo - o do Michel Suas, que costuma ter preços proibitivos, e o de Sandra Canella-Rawls, com uma pegada mais científica, que adoro (e já comecei a ler, e é uma delícia). O estudo tem me chamado insistentemente; me faz muito mal estacionar no conhecimento.
E as coisas fluem de tal jeito quando começamos a nos movimentar que me apareceu outro dia um anúncio de pós em gastronomia. Já quero, já vou, em prol da minha saúde mental.
Por outro lado, a saúde física tem cobrado seu preço - tenho apresentado alguns sintomas de pré-diabetes ou de síndrome metabólica, ainda não tenho certeza. Já comecei, antes de conseguir marcar uma consulta médica, a reduzir o açúcar, e até testei o primeiro bolo com xylitol - maçã com canela e gengibre, bom. Se tiver que ser. Tenho aproveitado a deixa para diminuir a ingestão de lactose e farinha branca. Claro que tenho momentos de crise de abstinência, mas aos poucos devo me acostumar com as diversas substituições e milhares de outras possibilidades alimentares.
A hipótese de ter herdado a doença familiar também me fez apertar o pedal, e até me faz gostar mais da musculação. Também achei uns treinos bacanas no site daredbee.com. Mentiria se dissesse que adoro acordar cedo para malhar, como diz meu marido. Só depois de uns 20 minutos é que penso: ah, que bom, agora lembro por que estou aqui, é porque me faz bem! Sempre preferi as atividades mais lúdicas ou mais interiorizantes - dança, judô, tai-chi-chuan, pilates, até ioga.
E a vida segue no melhor estilo tudo-ao-mesmo-tempo-agora: castração de cachorro, rearranjos da cozinha, saúde, estudos, autoescola. Como costuma ser, para não cairmos na mesmice nunca.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Alegrias compartilhadas

Desde que descobriu o pedal, meu marido tem se dedicado a ele com afinco. Além de emagrecer bastante, pedalar trouxe a ele alegria e satisfação em se superar cada vez mais.
Por isso foi tão bom vê-lo no pódio na primeira prova de ciclismo de que participou, ao lado de seu parceiro de treino. Emoção e orgulho extremos!

terça-feira, 26 de setembro de 2017

A importância da concentração

Voltando do pedal com o marido, outro dia, me estabaquei na calçada, tolamente. Fui fazer graça em resposta a um comentário dele e, quando me dei conta, o pneu já tinha raspado na guia e eu voei por cima da bike. Até então eu estivera superconcentrada no meu pedal, na minha respiração, e bastou uma distração pra eu ganhar uma raladura dolorida no cotovelo e rasgar minha jersey de mandacarus.
Hoje já não tenho dúvidas de que estar concentrada, inteira, presente no que faço é o melhor estado, que traz os melhores resultados. Pro trabalho, pra cozinha, pro pedal, pra arte, pra vida. Quantas comidas de bola, queimaduras na porta do forno, tombos, pontos malfeitos, más escolhas seriam evitados?
Claro que nem sempre é possível estar 100% ali, por ter alguma preocupação, por estar esgotada ou de saco cheio. Aí, talvez, o melhor seja fazer outra coisa, nem que seja por 10 minutos. E tentar voltar à concentração. Respirar, zerar os pensamentos e concentrar-se. Experimentar a plenitude do momento, experimentar estar integralmente em contato consigo mesma. É muito, muito bom.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

A diferença que a boa qualidade faz

Ultimamente, quando compro utensílios, ou são de cozinha, ou são de ciclismo. Me divido entre uma compra de grade de pães e cookies e um frequencímetro no Mercadolivre, por exemplo. E atesto que faz uma diferença enorme que ambos sejam de boa qualidade. Guga diz que de vez em quando precisa apelar para a "Solange" que existe dentro dele para comprar algo mais caro, e eu logo argumento que isso é normalmente um investimento de médio e longo prazo.
Eu tinha quase tudo de boa qualidade associado à bike, mas ainda não tinha uma bike nova. Não que LaBelle não seja ótima, mas ela não ajuda muito em treinos mais longos - depois de 40 minutos, já sinto dor no trapézio. Bem ou mal, embora seja uma bike feminina, ela é grande para mim.
Quando Guga foi comprar Pérola, eu já tinha visto uma Cannondale Foray na loja de Ramiro. Foi experimentá-la e ter a sensação de vestir a armadura do Homem de Ferro, ajuste perfeito. Quadro para mulheres pequenas, mais estável que a GT, aro 27,5, pneus de kevlar. Fiquei de estudar o assunto e voltar depois.
Mais de quatro meses depois, voltei. Ainda experimentei uma GT e uma Caloi só pra ter certeza, mas o quadro das duas ainda era grande. Lá estava a Foray. Comentei com o vendedor que minha única questão eram os componentes da bike, não tão bons quanto os da Caloi, por exemplo. Ele propôs, e depois foi chancelado por Ramiro, trocarmos os componentes e acertar a diferença. Fariam a troca das peças sem cobrar nada. Ainda por cima, a bike estava com um desconto de uns 15%. Claro que ela custou metade de uma bicicleta de trilha para competição, mas vai super dar conta do recado com o que espero dela.
Hoje, fiz a estreia. E deslizei. A sensação de ter feito metade do esforço habitual pedalando mais longe. Até a megaladeira de casa eu subi até o fim.
Agora, LaBelle será a bike dos pequenos deslocamentos cotidianos. A recém-chegada é, desde já, a nova abridora de caminhos.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Bike bloc de jawbreaker

Comprei óculos decentíssimos para pedalar - o JawBreaker da Oakley numa superpromoção de outlet, menos da metade do preço. 
Além de lentes perfeitas, que filtram a claridade e evidenciam cores fundamentais na estrada (branco, amarelo, vermelho), ainda me deixam com esse ar de ciclista de speed, rá!

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Vamos fugir

Vamos fugir deste lugar, baby!
Vamos fugir
Tô cansado de esperar
Que você me carregue
Vamos fugir
Pra outro lugar, baby!
Vamos fugir
Pra onde quer que você vá
Que você me carregue
Pois diga que irá
Irajá, Irajá
Pra onde eu só veja você
Você veja a mim só
Marajó, Marajó
Qualquer outro lugar comum
Outro lugar qualquer
Guaporé, Guaporé
Qualquer outro lugar ao sol
Outro lugar ao sul
Céu azul, céu azul
Onde haja só meu corpo nu
Junto ao seu corpo nu
Vamos fugir
Pra outro lugar, baby!
Vamos fugir
Pra onde haja um tobogã
Onde a gente escorregue
Vamos fugir
Deste lugar, baby!
Vamos fugir
Tô cansado de esperar
Que você me carregue

domingo, 23 de julho de 2017

Compras utilíssimas: alforjes e máquina de costura


Hoje recebi duas coisas que comprei pela internet: uma minimáquina de costura made in China e um par de alforjes para bike da Alforjaria, da Priscila Moreno, de SP.
O processo de compra dos alforjes foi um tanto confuso (o site não te dá a opção de comprar diretamente ali, você precisa fazer um depósito em conta, depois houve um engano no envio, e a coisa demorou mais do que devia), mas os alforjes são lindos, com ótimo acabamento. Amanhã já verei se se adaptam bem à bike.
Quanto à maquineta, ela veio um pouco diferente da foto publicada no site das Americanas (!). Bueno, já tinha lido alguns comentários sobre essas minimáquinas, e me pareceram mais favoráveis que o contrário - para pequenos consertos, que fique claro. O tamanho é ótimo, cabe em qualquer cantinho do escritório (e espaço interno é um problema que ainda temos). Logo passarei aos testes também.

Atualização: Os alforjes são ótimos, além de lindos. Já soube que a Alforjaria está com modelos novos, sem fitas de velcro, mas por ora elas me parecem bem eficientes. Quanto à maquininha de costura, terrível, não vale a pena. Quebrei duas agulhas só fazendo testes - ela já tinha vindo montada, conferi se estava certo e fui passar o tecido, e logo deu pau. Já pedi a devolução do produto às Americanas (na verdade, foi vendida por um parceiro) e a restituição do valor no cartão de crédito.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Mais acessórios de bike e questões de gênero

Depois que a gente começa a comprar acessórios para pedalar, é difícil parar. Já estou pensando agora em outra bike, mais maciça que LaBelle, com aro maior e tal. Mas, por enquanto, parei na sapatilha - que resolvi comprar depois de ter o cadarço do tênis enrolado no pedivela enquanto voltava da Praia do Forte, um perigo!
Comprei o par de sapatilhas da Spiuk, que veste como uma luva. No começo, a lingueta incomodou um pouco, mas o ajuste no pedivela (ainda sem clip), mesmo com menor área de contato que um tênis, foi rápido.
No mesmo dia da aquisição da sapatilha, toda animada com os insumos ciclísticos, resolvi comprar uma revista Bicicleta, edição do "mês das mulheres" e tive a maior decepção. Uma chamada na capa, "O lado rosa da força" (que, por si, eu sei, já é questionável), levava a uma matéria ridícula, lamentável, escrita pelo editor da revista, sobre as namoradas dos ciclistas que "lavam suas roupas embarradas", aguentam seu mau humor, correm atrás deles com garrafinhas de água ou carboidratos, sempre no papel secundário de torcedoras. Essas mulheres conformadas e subalternas ainda viam sua vida "mudar completamente", imagino que milagrosamente, depois que tinham conhecido seus respectivos senhores, digo, namorados.
A outra matéria da revista supostamente voltada para o público feminino falava do coletivo La Frida, de Salvador. Quer dizer, não esclarece quase nada sobre o papel das meninas, louvando o misterioso projeto (porque, a depender da matéria, ele permanece um mistério) numa linguagem pseudopoética - nem fornece endereço ou telefone de contato ou site, nada que permita saber mais sobre seu trabalho. Uma lástima, mesmo tendo sido escrita por uma mulher.
Em suma, essa revista, que não voltarei a comprar (até a matéria sobre cicloturismo é tosca, um mero relato também pseudoliterário de um fulano que pedalou pelos Andes, sem nenhuma dica útil), perdeu uma ótima oportunidade de se colocar positivamente em um debate contemporâneo urgente, e, no lugar de mostrar as barreiras que as mulheres têm vencido inclusive no mundo dos esportes, mais lembrou uma daquelas revistas femininas da década de 1950 que ensinavam boas maneiras às moças "de bem", certamente belas, recatadas e do lar. Triste, triste. 

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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