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domingo, 3 de novembro de 2024

Daqui prali de bike

Outro dia, no grupo das meninas de bike, vi a publicação de um passeio da Turisbike, gratuito, indo da Barra ao Rio Vermelho. Fiz a inscrição por um aplicativo e ontem lá estive, com mais meia dúzia de pessoas (uma pena, porque 20 se inscreveram).
O guia, Félix, foi ótimo, dando várias informações históricas sobre os pontos de parada, sobretudo os fortes (ele é um especialista, pelo jeito).  
Minhas dificuldades foram somente andar no calçadão de bike, desviando dos transeuntes, e também evitar bater nos colegas que ziguezagueavam ao pedalar. O sol fortíssimo mostrou seus efeitos nos braços e mãos queimadíssimos. Mas ter encontrado, na volta a pé, o Café Gateiro compensou esses pequenos perrengues.

sábado, 4 de julho de 2020

O sol, a bicicleta e como nos acostumamos a tudo

Depois de mais de cem dias de quarentena, tomei sol. Eu sei, parece loucura, eu vivendo no Nordeste e não tomar um solzinho. Aconteceu, na realidade, uma pane mental com essa história de pandemia, e como deixamos de ir à praia parece que por extensão deixei de tomar sol no quintal, como se não tivesse direito a. Além disso, chovia a qualquer hora, e ficou difícil planejar o bronzeamento em meio a faxina e demais tarefas. 
Pois na semana passada rolou um solzinho. Até era dia de lavar banheiro, mas resolvi tomar um sol antes de fazer umas tantas coisas. Foi ótimo. Talvez essa falta estivesse influenciando ainda mais a tristeza diante de tudo o que temos vivido.
Também fazia mais de cem dias que não pedalava. Atendendo a pedidos, fui entregar alguns pães, de bike. Isso já foi mais estressante, sair de máscara, quase sufocar, aquele temor de chegar perto de outros passantes, mas, aparentemente, deu tudo certo. Só não foi exatamente uma curtição, embora tenha sido bom sentir o corpo em movimento quando achei que nem sabia mais me equilibrar sobre a bicicleta.
Um dos aspectos da pandemia tem sido nos lembrar como nos acostumamos a tudo, inclusive a não fazer nada, um perigo para a existência. Aliás, numa situação de exceção, parece que primeiro há uma paralisação geral, um embotamento dos sentidos, a aceitação da morte em vida. Daí temos que explicar à mente que, na verdade, continuamos vivos. No caso brasileiro, vai-se ao outro extremo, de as pessoas acharem que já está tudo normalzinho - hoje, de carro, vimos dezenas de ciclistas pedalando em bandos. Talvez seja uma tendência suicida do nosso povo, mas seria importante que alguém avisasse à galera que tudo se aprende nessa vida, inclusive a viver, conviver, respeitar, ajudar. 
Enquanto ninguém faz isso, seguimos acostumados aos cuidados, mas reintroduzindo o sol. 

domingo, 25 de março de 2018

Melaleuca, mon amour

A melaleuca está na moda. Originária da Austrália, a Melaleuca alternifolia pode ser encontrada em shampoos, desodorantes, loções, medicamentos. Ao lado da lavanda, segundo os manuais de aromaterapia, é um dos dois mais importantes óleos essenciais de que se faz uso. Tem propriedades anti-inflamatórias, cicatrizantes, antifúngicas. Trata lesões de pele como espinhas e verrugas.
A primeira vez em que me dei conta da sua existência de fato foi ao procurar uma solução para a foliculite que se agrava ao pedalar. Existe até creme específico para usar no corpo e no forro da roupa de ciclismo, mas há quem indique a melaleuca para as inflamações, especialmente as provocadas pela depilação.
Como já precisava comprar lavanda, fui atrás da melaleuca também. Comecei a passar um algodão embebido no óleo diretamente nas inflamações, e me parece que se atenuaram. Nas axilas, a solução arde um pouco, provavelmente porque a melaleuca está matando, espero, todas as bactérias que encontra.
Sem nem perceber, na última estada em SP, comprei shampoo e condicionador que também levavam melaleuca na fórmula, indicada como tea tree, seu outro nome famoso.
Ontem, fiz um desodorante natural utilizando melaleuca e leite de magnésia. Mais líquido do que costumamos ver nos industrializados, mas me pareceu eficiente. Reaproveitei uma embalagem roll-on que tinha.
Agora a melaleuca faz parte do grupo de substâncias favoritas pau-pra-toda-obra daqui de casa, junto com a lavanda, o bicarbonato de sódio e o vinagre.

Crédito: Foto tirada da Wikipédia.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Devagar e sempre

De pouco em pouco, fui pedalando cada vez mais longe. E por fim cheguei aos 50 km, na companhia do marido.
A forma como realizamos as coisas mostra muito de nós. Eu sei, parece óbvio. Mas penso, por exemplo, em como eu pedalo e como meu marido pedala. Ele gosta da velocidade, das trilhas íngremes, aquilo que ele já experimentava quando corria de moto. Eu prefiro ir cada vez mais longe, mesmo que não tão rapidamente. Ele é da explosão, eu sou da constância. Performance e endurance.
O interessante de pedalarmos juntos é como essas características se mesclam - para mim, o pedal fica mais intenso; ele fortalece a musculatura pedalando mais devagar. Como na vida, cada um aprende um tanto com o outro, mesmo que cada um tenha um jeito próprio de traçar seu caminho.

sábado, 27 de janeiro de 2018

Esse mirante é meu, essa mirada é minha

Hoje pedalei novamente mais de 40 km. Mas, desta vez, foram 40 km de muito sobe e desce, na direção de Imbassaí. Na outra semana, fui até Malhada, depois da Praia do Forte. Me animei com as ladeiras que, embora longas, são menos íngremes que as de Pojuca-Praia do Forte.
Fui até o mirante de Imbassaí, uma vista incrível do litoral. Agora quero ir até Imbassaí, mais 3 km à frente.
Logo devo procurar algum grupo de pedal para essas saídas mais longas. Hoje mesmo o pneu furou assim que comecei a voltar do Mirante. Minha sorte foi ter cruzado com três ciclistas que se ofereceram para ajudar.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

O pedal contagia

Outro dia, voltando de um pedal, nem acreditei no que ouvi: Rodrigo estava aqui para pedalar com Guga. Veio de Salvador, bike nova a tiracolo, para se jogar na Estrada do Coco, todo paramentado.
Já soube que no outro dia ele se juntou a uma galera para pedalar mais. Que o contágio tenha sido efetivo e traga muitas alegrias e boas experiências!

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Alegrias compartilhadas

Desde que descobriu o pedal, meu marido tem se dedicado a ele com afinco. Além de emagrecer bastante, pedalar trouxe a ele alegria e satisfação em se superar cada vez mais.
Por isso foi tão bom vê-lo no pódio na primeira prova de ciclismo de que participou, ao lado de seu parceiro de treino. Emoção e orgulho extremos!

terça-feira, 29 de agosto de 2017

A diferença que a boa qualidade faz

Ultimamente, quando compro utensílios, ou são de cozinha, ou são de ciclismo. Me divido entre uma compra de grade de pães e cookies e um frequencímetro no Mercadolivre, por exemplo. E atesto que faz uma diferença enorme que ambos sejam de boa qualidade. Guga diz que de vez em quando precisa apelar para a "Solange" que existe dentro dele para comprar algo mais caro, e eu logo argumento que isso é normalmente um investimento de médio e longo prazo.
Eu tinha quase tudo de boa qualidade associado à bike, mas ainda não tinha uma bike nova. Não que LaBelle não seja ótima, mas ela não ajuda muito em treinos mais longos - depois de 40 minutos, já sinto dor no trapézio. Bem ou mal, embora seja uma bike feminina, ela é grande para mim.
Quando Guga foi comprar Pérola, eu já tinha visto uma Cannondale Foray na loja de Ramiro. Foi experimentá-la e ter a sensação de vestir a armadura do Homem de Ferro, ajuste perfeito. Quadro para mulheres pequenas, mais estável que a GT, aro 27,5, pneus de kevlar. Fiquei de estudar o assunto e voltar depois.
Mais de quatro meses depois, voltei. Ainda experimentei uma GT e uma Caloi só pra ter certeza, mas o quadro das duas ainda era grande. Lá estava a Foray. Comentei com o vendedor que minha única questão eram os componentes da bike, não tão bons quanto os da Caloi, por exemplo. Ele propôs, e depois foi chancelado por Ramiro, trocarmos os componentes e acertar a diferença. Fariam a troca das peças sem cobrar nada. Ainda por cima, a bike estava com um desconto de uns 15%. Claro que ela custou metade de uma bicicleta de trilha para competição, mas vai super dar conta do recado com o que espero dela.
Hoje, fiz a estreia. E deslizei. A sensação de ter feito metade do esforço habitual pedalando mais longe. Até a megaladeira de casa eu subi até o fim.
Agora, LaBelle será a bike dos pequenos deslocamentos cotidianos. A recém-chegada é, desde já, a nova abridora de caminhos.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Bike bloc de jawbreaker

Comprei óculos decentíssimos para pedalar - o JawBreaker da Oakley numa superpromoção de outlet, menos da metade do preço. 
Além de lentes perfeitas, que filtram a claridade e evidenciam cores fundamentais na estrada (branco, amarelo, vermelho), ainda me deixam com esse ar de ciclista de speed, rá!

domingo, 26 de março de 2017

Estreando trilhas no pedal

A ideia era ir até Jacuípe com Gleice, tomarmos um mingau e voltarmos. Cerca de 18 km, distância que eu faço durante a semana.
Mas Wendel se juntou a nós - ele queria companhia para espiar a largada da Prova do Gantois, no Castelo Garcia d'Ávila. E lá fomos nós, num ritmo mais puxado do que o de costume. Chegando à Praia de Forte, uma ladeira considerável para chegar até o castelo. Eu estava com a língua de fora por conta da puxada na estrada, pedi um tempo para beber água e tomar meu Carb-up. Aí subi, com a marcha mais leve de todas, devagarinho. Aos poucos, ia chegando gente da competição, de carro ou bicicleta. Quem passava nos cumprimentava como se fôssemos competidores também, um luxo.
Porém, quando chegamos ao castelo, descobrimos que a largada era apenas à tarde. Então só nos restou dar um giro, admirar a vista linda e pedalar correndo até a barraca de caldo de cana de Barra do Pojuca. Para isso, tomamos uma estradinha de chão que descia diretamente até lá. Segundo Guga, não é bem uma trilha, mas para mim foi a primeira no meu currículo, cheia de britas, valetas e trechos de areia. 
Ainda paramos na volta na Clinvet para de novo cooptar Joelma aos pedais. Até levantar a bike de Gleice para a foto levantei. 
Há um ano atrás, quem diria que eu faria tudo isso? Pois é, fiz. Faço. E mais ainda farei.

sábado, 18 de março de 2017

Crônica ciclística

Saio pra pedalar mais tarde do que gostaria. Já faz bastante calor, e quase desisto. Então me lembro de que desistir significa um dia a menos de pedal, um dia a menos de exercício, de condicionamento e serotonina, e vou. Não com as vestes novas, porque decido fazer um pedal um pouco mais curto, que não carece de tanta tecnologia assim.
Como é sábado, o bairro está tomado por carros, motoristas de finais de semana, muita gente no meio da rua. Vou devagar, até chegar à rodovia. Engato a marcha mais pesada, e sigo concentrada no caminho e nos meus movimentos. Há bastante tráfego na estrada, mas nada que assuste. Cheiro de capim queimado e bicho morto, gente nos esparsos pontos de ônibus, o carrinho de rocambole que um dia ainda vou provar, o pessoal do speed escoltado por algum carro bacanudo, outros ciclistas solitários. Sempre alguém olha com curiosidade para a mulher que pedala sozinha na estrada; quase sempre alguém cumprimenta.
Volta e meia ajeito os tênis nos pedais, e penso que logo comprarei sapatilhas. Isso me faz pensar nos óculos apropriados, em uma bicicleta mais robusta. Fazer o que se gosta também nos leva facilmente ao consumo (e penso também nos utensílios gastronômicos que compõem minhas listas intermináveis para a cozinha). De repente, à minha direita, a vista linda dos coqueiros com o mar ao fundo.
No retorno, percebo que terei de apelar ao CarbUp. Paro e tomo o conteúdo com gosto de qualquer coisa, mas de inegável poder energizador. Mais à frente, ensaio pegar a caramanhola enquanto pedalo; perco um pouco o equilíbrio, mas insisto e consigo - ainda vai ser preciso muito para chegar à destreza necessária.
Para evitar a confusão sabática de carros e pessoas, tomo outro caminho para casa. Atenta aos freios, quase não vejo um carro que entra rapidamente na rua por onde desço. Por sorte, o motorista também reduz quando me vê.
Por mais que sinta minha evolução nos pedais, vejo como cada saída é uma e como não é possível ligar o piloto automático, se distrair ao pedalar. Flutuar sobre rodas exige total concentração. No fundo, como tudo na vida que realmente importa (que eu importo, trago para dentro de mim).

sexta-feira, 17 de março de 2017

Manguitos e questões de gênero

Hoje descobri um item incrível para ciclistas: os manguitos, mangas de tecido UV para proteger os braços durante o pedal. Também existem os pernitos, mas o custo-benefício não é tão interessante - enquanto os manguitos custam 40 reais, os pernitos custam 110 reais. Melhor comprar uma calça - e foi o que fiz, conseguindo um desconto considerável na loja de bike.
Poderia ter comprado no Mercado Livre por um valor beeeem mais baixo, mas, como comecei a pedalar aos sábados uma distância maior, quis logo ter novas vestes à mão.
Também por essas distâncias cada vez maiores (18 km, depois 26, 5, depois 30) estou pensando em aprender a trocar pneu/câmara de bicicleta, e por isso comprei um kit de reparo na mesma loja. Comentei sobre essa vontade que tenho na primeira loja onde entrei, acompanhando o marido. O vendedor/dono da loja fez uma cara de incredulidade e nem respondeu, logo voltando a dar atenção a Guga, como se eu não tivesse dito nada que valesse um pio. Aliás, as poucas vezes em que comentei isso sempre tive como resposta a dúvida masculina acerca da capacidade feminina de trocar um pneu; mais ainda, de cuidar de si mesma.
Até mesmo quando saí para pedalar com minha professora de pilates, percebi uma superproteção incômoda - ainda soube depois que isso se devia à minha suposta "insegurança" em pedalar na estrada. Isso porque eu já havia ido sozinha à Praia do Forte.
O ciclismo ainda é uma atividade dominada por homens. Ainda bem que tem crescido o número de grupos de pedal só de mulheres, no Brasil e no mundo. Porque embora eu goste de pedalar sozinha (também não tive muita opção), sentindo o vento no rosto, me superando a cada saída, juntas somos mais fortes, sempre, em todas as circunstâncias.

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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