terça-feira, 19 de junho de 2018

Almoço quase orgânico no segundo dia de férias parte 2

A taioba está na moda: caiu nas graças de nutricionistas e chefs. É uma das mais conhecidas PANC, plantas alimentícias não convencionais. Prima da couve (embora com sabor bem mais suave), é rica em diversos nutrientes, como potássio, e uma fonte privilegiada de vitamina A e ferro, sendo indicada, por isso, para o combate aos radicais livres e à anemia. Além de ser linda, é claro, uma espécie de antúrio gigante e lustroso, chiquérrima.
Comprei um maço na feira da Reforma Agrária e logo fui pesquisar o que fazer com ela. Aliás, minha lousa de cardápio se converteu numa lista de ingredientes a usar, quase todos adquiridos na feira. Como também havia quiabo na lista, resolvi fazer frango com quiabo (seguindo uma receita do Troisgros) e uma farofa de taioba com cenoura. Mineirei total.
Duas coisas importantes nos procedimentos do almoço foram aferventar a taioba antes de refogar (dica da produtora que fez a venda, para eliminar a toxicidade da planta) e tostar bem, sem mexer, por cerca de 10 minutos, o quiabo cortado em rodelas (quando se mexe, a baba começa a soltar). Adorei essa manha para o quiabo, porque a baba é a grande responsável por eu não curtir muito os pratos feitos com ele. Desse modo, porém, quase não há baba, e dá para apreciar muito mais o sabor.
Para o caldo de legumes, me lembrei de usar também uma espécie de hortelã grande bem comum por aqui (hortelã-da-bahia ou do norte), e que Guga comprou na feira da Reforma. Achei que podia ser um bom substituto para o salsão que não tinha na geladeira, e parece que funcionou bem, para incrementar o sabor.
A sobremesa também teve produto orgânico, as bananas compradas finalmente a preço de banana - uma penca enorme a 3 reais (o quiabo, então, cerca de meio quilo, custou 1 real, o que o tornou ainda mais atraente). Cortei quatro bananas em rodelas, levei para congelar, e pouco depois de almoçarmos bati as rodelas no liquidificador com morangos congelados (umas duas xícaras) e um tico de açúcar, e pronto, tínhamos um sorvete saudável, sem conservantes e delicioso.

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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