quinta-feira, 19 de junho de 2014

São João sem canjica não pode!

Quando eu era pequena, adorava ir a festas juninas, daquelas com quadrilha, barracas diversas, fogueira, vinho quente, pipoca, canjica. De preferência, ao ar livre, para a gente apreciar as estrelas, mais vívidas nas noites frias de inverno.
Isso se apagou um pouco em São Paulo, e agora parece que as festas juninas se limitam a festas de escola, em quadras cobertas. Tenho a impressão de que até a festa do Sesc Pompeia deixou de acontecer (talvez por conta da superlotação), embora faltasse a ela a saudosa quadrilha da minha infância.
Nesse espírito saudosista, resolvi fazer canjica. Minha amiga Kelly comentou que a mãe dela adoça a canjica com açúcar queimado - pirei na ideia! Praticamente uma canjica praliné (porque ela usa amendoim também).
Como ela não soubesse a receita, resolvi tentar por conta própria. Já concluí algumas coisas:
- melhor cozinhar a canjica em água na panela de pressão; o leite seca rápido e a panela perde pressão - também desconfio de que ele entope a válvula; acabei cozinhando o tempo restante sem pressão, e demorei muito mais
- é preciso confiar no poder edulcorante do caramelo/açúcar queimado - espere misturar bem para então decidir se vai colocar mais um tiquinho de açúcar (eu não esperei e adocei um pouco além)
- a ideia de triturar o amendoim colocando-o em um saco plástico e passando sobre ele o rolo de macarrão é fantástica - uma solução rápida, que deixa os grãos uniformemente triturados

Ingredientes:
- 250g de canjica de milho branco
- 1 xícara chá de amendoim torrado, descascado e triturado
- 1 litro de leite integral
- 1 xícara de açúcar para caramelizar
- 2 hastes médias de canela em pau
- água para o cozimento

Preparo:
Deixe a canjica de molho por 12 horas ou mais. Retire a água, coloque-a na panela de pressão, cubra-a com água (pelo menos dois dedos acima) e tampe a panela. Quando iniciar a pressão, conte 25 minutos para o cozimento. Tire a pressão da panela (ou esperando que ela acabe normalmente, ou colocando-a sob água corrente), abra-a e adicione o leite. Leve a cozinhar com a canela, até a mistura engrossar um pouco e até que os grãos da canjica fiquem macios. Acrescente o amendoim picado e mexa mais um pouco. Quando estiver quase no ponto, derreta o açúcar em uma panela, só até ficar dourado. Misture imediatamente com a canjica. Sirva levemente aquecida ou fria; se quiser, polvilhe sobre ela um pouco de canela em pó.

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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