sexta-feira, 14 de junho de 2019

Jantar dos namorados a quatro mãos

Viver sozinho é, sem dúvida, mais fácil que viver acompanhado. Mas pode ser mais chato. Na verdade, viver com alguém tem que ser melhor que viver sozinho - mais divertido, no mínimo. Ou nem vale a pena - porque dá trabalho, dá sim!
Um dos momentos em que se percebe que vale a pena é fazer coisas legais juntos. Porque se unir pra resolver problema, pagar conta, fazer supermercado, lamentar a vida não pode ser todo dia, pelo amor da deusa. Claro que a vida não é bolinho a maior parte do tempo, e isso faz as coisas bacanas terem um sabor tão especial. Como um jantar feito a quatro mãos.
Porque até quem gosta de cozinhar gosta de ser agraciado com uma comidinha caprichada. Isso estimula o espírito de colaboração, fundamental para qualquer relacionamento. Gentileza gera gentileza, sempre. Amor e sexo se alimentam da prática, sempre. Só se acomoda quem não está disposto, a quem falta anima.
Se o marido diz que vai cozinhar para mim, quero ajudar como posso, deixando-o no papel principal de chef. Me ofereço para fazer a sobremesa. E daí saem coisas lindas e gostosas, como o rigatone com o molho especial que ele faz, e a torta de maçã inédita e já eterna. Assim se alimenta o querer.

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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