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sexta-feira, 14 de junho de 2019

Jantar dos namorados a quatro mãos

Viver sozinho é, sem dúvida, mais fácil que viver acompanhado. Mas pode ser mais chato. Na verdade, viver com alguém tem que ser melhor que viver sozinho - mais divertido, no mínimo. Ou nem vale a pena - porque dá trabalho, dá sim!
Um dos momentos em que se percebe que vale a pena é fazer coisas legais juntos. Porque se unir pra resolver problema, pagar conta, fazer supermercado, lamentar a vida não pode ser todo dia, pelo amor da deusa. Claro que a vida não é bolinho a maior parte do tempo, e isso faz as coisas bacanas terem um sabor tão especial. Como um jantar feito a quatro mãos.
Porque até quem gosta de cozinhar gosta de ser agraciado com uma comidinha caprichada. Isso estimula o espírito de colaboração, fundamental para qualquer relacionamento. Gentileza gera gentileza, sempre. Amor e sexo se alimentam da prática, sempre. Só se acomoda quem não está disposto, a quem falta anima.
Se o marido diz que vai cozinhar para mim, quero ajudar como posso, deixando-o no papel principal de chef. Me ofereço para fazer a sobremesa. E daí saem coisas lindas e gostosas, como o rigatone com o molho especial que ele faz, e a torta de maçã inédita e já eterna. Assim se alimenta o querer.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Comida que alegra o coração

Na semana passada, não estava a fim de nada. Só queria dormir. Trabalhar, cozinhar, me exercitar, nada. Mas não teve jeito, tinha trabalho a fechar, tinha marido para alimentar, casa pra cuidar - deixei só a mim mesma de lado, como costuma acontecer comigo e com milhões de mulheres. O ânimo, a alma, estava um caco. A chuva forte, que derrubou outro pedaço do muro e isolou o litoral norte de Salvador, só aumentou o caos, interno e externo - não conseguimos nem ir ao show de Djavan, cujos ingressos comprei há mais de um mês. Fiquei meio catatônica, sem saber se era infelicidade ou não, depressão leve ou não.
No início desta semana, retomei tudo, pelo menos de fora pra dentro. Não me jogando de vez, mas já fazendo alguma coisa. O sono persiste, e quando possível durmo um pouco. Trabalho. Resolvo pendências de casa. Vou ao mercado algumas vezes. E cozinho.
Resolvi cozinhar coisas de que gosto e que não vão explodir meu colesterol, apesar da manteiga, se feitas para compartilhar. Porque concluí que amo manteiga, caramelo, queijo, e esses ingredientes me fazem feliz. Daí fiz quiche, croque monsieur, maçã com crumble de aveia e caramelo ao leite. E fiquei feliz. Mesmo sem resolver questões internas, saber que sou eu quem pode conferir sabor à minha vida já é um passo gigantesco.

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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