sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

O vaivém de Virginia

Na época do colégio, eu adorava copiar fotos e ilustrações que me encantavam, como os retratos de Virginia Woolf, Olga Benário, Chico Buarque e a famosa ilustração de Santiago e o menino feita por Raymond Sheppard para O velho e o mar. Costumava presentear os amigos com minha "cópia", às vezes na forma de cartão de aniversário. Quando encontrei Carlos, ele me lembrou de eu tê-lo presenteado com uma releitura de Picasso num cartão. Ousada, eu. 
Dos retratados, Virginia Woolf é a que volta e meia mais me reaparece na vida. Desde sua descoberta, aos 14 anos, com Orlando, que me espantou em tudo, passando por Entre os atos, aos tardios Um teto todo seu e Mrs. Dalloway
Calhou de minha cunhada ser uma especialista em Woolf e nos presentear com suas traduções primorosas. E Woolf, que havia voltado como ícone feminista, agora retornou com um trabalho. Daí recuperei este desenho feito nos anos 1990. Acho que suavizei o queixo, um pouco mais proeminente. Mas continua me encantando/espantando essa personalidade tão repleta de luzes e sombras, uma ode marítima de emoções.

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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