terça-feira, 11 de março de 2025

Pelo amor do livro!

Emprestei um livro e ele voltou desbeiçado, a película da capa descolada e parcialmente arrancada de modo displicente, como eu ainda não tinha visto acontecer entre os meus. Provavelmente vou restaurá-lo. Porém, fiquei espantada com o desamor pelo objeto. Claro que um livro amado nem sempre fica inteiro, às vezes tem marcas da leitura, anotações, até manchas de café e tal, como hematomas, sinais da paixão (talvez abusiva?) que desperta. Acidentes podem acontecer? Com certeza. Mas o mínimo que se espera é um aviso a respeito. Ou não? Só sei que este foi tão somente devolvido, sem grandes comentários acerca do conteúdo, nenhum a respeito do estado atual, objeto puro e simples. Voltou roto sem sequer ter despertado qualquer paixão. Mais parece que foi lido por "estar na moda".
Sei que estou ficando mais chata e menos tolerante com a idade. Não que eu fosse zen, isso nunca fui. É que eu amo livros, tenho respeito por eles, não são um simples objeto para mim. Ainda pretendo ter um novo projeto de leitura - mas, para que mais pessoas possam ler, é preciso cuidar bem dos livros. Circularidade sim, simples descarte não - para tudo na vida.

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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