quarta-feira, 10 de junho de 2020

Mascarpone e biscoitos savoiard caseiros

Outro dia fiquei pensando em quais seriam meus bolos e sobremesas Top 10, em listas separadas, claro. Ou melhor, uma só de bolos e uma com sobremesas diversas, incluindo bolos. Na de sobremesas, sem sombra de dúvida, estaria o tiramisù, ao lado do crème brûlée, do pudim de leite condensado, da mousse de chocolate, da torta de morango, da cocada de forno, da salada de frutas, do Red Velvet, do sorvete de doce de leite, do mil-folhas, do bolo inglês (só aqui já são mais de dez). Quase sempre, coisas que levam baunilha e/ou caramelo e/ou chocolate. 
Já fiz tiramisù umas duas vezes, mas em nenhuma tive um resultado incrível. Comi um tiramisù maravilhoso num pequeno restaurante de um italiano em Bragança Paulista, totalmente artesanal. Nunca mais encontrei algo parecido. 
Uma das dificuldades é achar queijo mascarpone (aliás, a substituição do mascarpone na sobremesa é um dos motes do personagem de Ricardo Darín no belíssimo O filho da noiva); quando se encontra, é caríssimo ou não é de boa qualidade. 
Tive a ideia de repetir a tentativa porque vi a foto de um tiramisù lindo feito por um amigo quarentenado. Logo pedi a receita a Rodney, e ele comentou que havia até quem fizesse o mascarpone e o biscoito champagne em casa, mas que isso já era mais complicado. Como adoro uma complicação e porque sei que aqui não acharei nem mascarpone nem biscoito champagne, busquei receitas de ambos. Cheguei a uma receita completinha da Rita Lobo, com mascarpone e biscoitos caseiros. 
Quando vi a receita do biscoito, pensei: por que ele é chamado champagne, se não leva champagne nem bebida nenhuma? Agora há pouco, no site da Raíza Costa, vi que ele se chama savoiard (provavelmente relativo ao Ducado de Savoia, meio francês, meio italiano), e no site Cozinha Técnica, que o biscoito champagne na verdade é um primo, cor-de-rosa, feito na região de Champagne. 
Fiz meia receita para experimentar; deu muito pouco, ficou meio sequinho. Fiz a receita inteira, tomando cuidado com o banho-maria, para não cozinhar as gemas. Depois vi que a Raíza não faz o banho-maria, só junta claras em neve com as gemas batidas e depois a farinha, delicadamente. Depois vou experimentar a receita dela, que deve deixar os biscoitos mais leves, como pão de ló.
Ainda não sei se vou tentar fazer um pão de ló como opção. De qualquer modo, os savoiard e o mascarpone já estão prontinhos, à espera. 

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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