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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Dançar a ancestralidade

Pois dezembro começou muito bem, com espetáculo lindo de dança na Concha Acústica. Fui prestigiar os colegas da Funceb, na Mostra Odún, que reuniu todos os grupos ligados à fundação. Eu imaginei que seria bom, mas não que seria tão lindo! Que bom ter vencido a preguiça dominical e ter pedido um ingresso no grupo (compromisso que, como sempre, garantiu o ter vencido a preguiça). 
Não consegui falar com Lu, claro, que estava na concentração. Mas o bilheteiro gentil me concedeu um ingresso e lá fui, me juntar a uma multidão que lotou a Concha, uma lindeza. Logo comecei a bater papo com minhas vizinhas de arquibancada, que tinham ido ver um dos dançarinos de dança afro - filho/afilhado/neto. 
A organização foi perfeita, houve uma história que alinhavava o espetáculo, puro Sankofa. E nisso residia a beleza maior, honrar as ancestralidades. Como disse, fui surpreendida com a qualidade das apresentações (embora minha ex-turma tenha apresentado outra coreografia), especialmente a partir da segunda metade do espetáculo.
Foi a partir da segunda metade que o espetáculo pegou fogo. Já havia o elemento de negritude em algumas coreografias anteriores e no próprio texto dramático, mas dali a pouco havia também ventania e raios e pequenas poderosas oyás, havia animal totem embalando o burlesco ao som de Gal, floresta ancestral e yabás, dança afro pulsante e enérgica (e lá estava o afilhado/filho/neto brilhando), a mais nova espada e seu corte do orixá da luta e da justiça, vencedor das demandas Ogum. Ali a dança abraçou todo o seu sentido, o de falar com passado e futuro pelo corpo, torná-lo ancestral no momento presente. Se isso não é magia, então não sei o que é.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Espedito Seleiro e Iemanjá

Antes de ir ver Tom Zé na Concha, passamos no Ceasinha do Rio Vermelho, onde queria comprar algumas mudas, já que minhas sementes estão demorando muito a dar as caras, e eu preciso dos meus temperos frescos. Quase chegando ao boxe de destino, um dos poucos que têm mudas de temperos, o marido me chamou a atenção para uma bolsa com estampa de orixás, que seria "ótima para levar à praia", em um boxe com produtos artesanais - bolsas, sapatos, esculturas, brinquedos.
Qual não foi minha surpresa ao deparar com sapatos e carteiras feitos por Espedito Seleiro, que confeccionava as sandálias do bando de Lampião? Comprei logo a minha, azul, depois de balançar por uma branca. E também um avental com os orixás encabeçados pela rainha do mar. Ainda encontrei no boxe de plantas sálvia e orégano fresco, além de alecrim - só faltou o tomilho!
Uma surpresa agradável depois de passar pela muvuca natalina e desesperadora do shopping. O Ceasinha continua gourmet, mas até achei os preços razoáveis, pensando na carestia geral. E uma sandália do mestre Espedito Seleiro, ah, isso não tem preço!

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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