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domingo, 14 de março de 2021

Como os antifas se vestem? Como vivem?

OK, OK, nenhuma novidade no meu encantamento pelo grupo ECDE. E eu estava aqui ansiosa com receber minhas compras, que demoraram a chegar porque ficamos esperando uma alma caridosa vir para estas bandas. E hoje veio Dani, com os pacotes todos. 
Tentamos fazer nossas selfies, sempre um fica de fora, apelamos pro contador da câmera. E bons materiais das roupitchas todas, o atendimento ótimo, estou apaixonada por esse grupo de compras. E minhas canecas pra organizar minha mesa. 
Eu sempre me surpreendo com a criatividade da galera. Tem gosto pra tudo, claro, mas há muita coisa linda, delicada, sofisticada, bem-humorada, singela, apetitosa, necessária, mimosa. E o melhor de tudo é o trato no geral. E imaginar que ainda existe gente que pense como a gente neste país mergulhado na lama. Que compartilha com a gente alguma esperança com a anulação da condenação de Lula pela Lava-Jato curitibana. 
Imagina-se muita coisa sobre a esquerda. Que as mulheres não se depilam, por exemplo. Que são tão feias que não vale a pena estuprar (palavras do atual chefe de Estado contra uma colega). Eu tenho convicção que, para ser de esquerda, e portanto antifascista, é preciso ser solidário antes de tudo. Porque isso tem a ver com buscar justiça e igualdade, a não se comprazer da dor alheia, da fome, do desespero do outro. No mais, é gente que trabalha, estuda, se relaciona, mas, diferentemente dos fascistas de plantão, importa-se. Com o outro, com o planeta, com a natureza. Ou assim deveria ser. 
Eu vejo essa galera da ECDE, que nem conheço pessoalmente, e sinto um quentinho no coração. Uma esperança, como a da Graúna do Henfil. De que é possível mover o mundo na base da união, de uma economia solidária e modesta - não pobre, mas justa. De que é possível ser gentil com quem não conhecemos, ser ético com quem nunca vimos. Apoiar mulheres, trans, gays, negros, mães e pais de família - sem conhecer. 
Outro dia, me caiu nas mãos um texto ótimo de Michel Alcoforado sobre a empatia, sua diferença com a compaixão. O exercício da empatia, dizia o texto, se limita normalmente a um grupo de iguais, àqueles em cujo lugar conseguimos nos colocar, já que somos sempre autorreferentes quanto a isso, enquanto a compaixão é muito mais ampla porque implica em reconhecer a dor do outro, e não em se colocar no seu lugar. Por isso o Bozo é empático com seu cercadinho, e não com a esmagadora maioria do país, para a qual ele não tem nenhuma misericórdia. 
Enfim, tudo isso só pra dizer que me orgulho de ser de esquerda, de ser antifascista e que o aprendizado é longo, e sim, é preciso estar atento e forte. A luta é agora, a luta é sempre.

sábado, 11 de maio de 2019

Consumo sustentável, microeconomia e as verdadeiras redes sociais

Valorizo cada vez mais os pequenos produtores, até porque caminho nessa direção desde sempre, encantada pela criatividade, pela força do artesanal, pela economia solidária. 
Tenho ainda poucos fornecedores nessa linha - por ora, o do mel orgânico do Vale do Capão, que me entrega o produto em Salvador, meu vizinho Mr Blond, com os ovos de galinha caipira, e os meninos da Gato Maloko, que me socorrem sempre que preciso de um móvel sob medida muito bem feito e de viés ecológico, como essa fruteira de madeira que atendeu a pequenas mudanças na cozinha.
Quando estivemos na Feira da Reforma Agrária, há quase um ano, fiquei emocionada e querendo muito ter mais contato com esse comércio sustentável. Embora o momento sociopolítico atual seja tão desanimador, pouco a pouco vamos caminhando em direção a um estilo de vida mais ético, inclusivo, ecológico - arriscaria até dizer, ecumênico, uma real tradução da ideia de rede

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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