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sábado, 31 de julho de 2021

Maníaca dos fitocosméticos

Nessa pandemia, virei a maníaca dos fitocosméticos. Com a resolução de gerar menos plástico (embora alguns, como na foto, tenham embalagem de vidro), fui atrás de condicionador e xampu em barra. Já falei aqui da estranheza nas primeiras vezes que usei os produtos da Besunté - depois, fiquei abismada com a redução do frizz (algo que, insisto em dizer, eu não sabia que existia até me mudar para a mais úmida das cidades depois de Manaus) e a maciez dos fios. Tinha achado complicado manter as barras porque derretem rápido, mas logo adquiri uma saboneteira apropriada, de outra marca, a Moaralê, que deixa tudo mais sequinho, portanto mais duradouro. 
Aliás, como tem crescido o número de mulheres investindo em suas marcas de fitocosméticos! Só na ECDE, a cada vez que navego pela página, descubro uma nova investidora, como a Moara, da Moaralê, a Dani, da Amor Perfeito, a Carla, da Made in Casa. E tudo parece sempre lindo, confiável, mais ecológico. Não à toa, Emma Silliprandi louva o papel das mulheres na proteção da natureza, na promoção da agroecologia. Ora, alguma coisa de boa teria de advir do papel a nós imputado por séculos na área de cuidados.
Além da coragem para empreender, para correr atrás daquilo em que acredita, essas mulheres demonstram, na atenção a cada detalhe, na qualidade dos produtos, num site ou catálogo caprichado, no atendimento, muito amor pelo que fazem e entregam. De cada marca de que comprei, tenho pelo menos um produto maravilhoso a destacar, como os já mencionados xampu e loção facial da Besunté, o óleo para sobrancelhas e o sabonete de açafrão milagrosos da Amor Perfeito, os óleos, o xampu (que nem carece de condicionador) e o balm labial, tudo cheirosíssimo, da Moaralê. E já estou aguardando mais coisas, agora da Made in Casa. Daqui a pouco virarei testadora de fitocosméticos. Com muito gosto, aliás. 

domingo, 14 de março de 2021

Como os antifas se vestem? Como vivem?

OK, OK, nenhuma novidade no meu encantamento pelo grupo ECDE. E eu estava aqui ansiosa com receber minhas compras, que demoraram a chegar porque ficamos esperando uma alma caridosa vir para estas bandas. E hoje veio Dani, com os pacotes todos. 
Tentamos fazer nossas selfies, sempre um fica de fora, apelamos pro contador da câmera. E bons materiais das roupitchas todas, o atendimento ótimo, estou apaixonada por esse grupo de compras. E minhas canecas pra organizar minha mesa. 
Eu sempre me surpreendo com a criatividade da galera. Tem gosto pra tudo, claro, mas há muita coisa linda, delicada, sofisticada, bem-humorada, singela, apetitosa, necessária, mimosa. E o melhor de tudo é o trato no geral. E imaginar que ainda existe gente que pense como a gente neste país mergulhado na lama. Que compartilha com a gente alguma esperança com a anulação da condenação de Lula pela Lava-Jato curitibana. 
Imagina-se muita coisa sobre a esquerda. Que as mulheres não se depilam, por exemplo. Que são tão feias que não vale a pena estuprar (palavras do atual chefe de Estado contra uma colega). Eu tenho convicção que, para ser de esquerda, e portanto antifascista, é preciso ser solidário antes de tudo. Porque isso tem a ver com buscar justiça e igualdade, a não se comprazer da dor alheia, da fome, do desespero do outro. No mais, é gente que trabalha, estuda, se relaciona, mas, diferentemente dos fascistas de plantão, importa-se. Com o outro, com o planeta, com a natureza. Ou assim deveria ser. 
Eu vejo essa galera da ECDE, que nem conheço pessoalmente, e sinto um quentinho no coração. Uma esperança, como a da Graúna do Henfil. De que é possível mover o mundo na base da união, de uma economia solidária e modesta - não pobre, mas justa. De que é possível ser gentil com quem não conhecemos, ser ético com quem nunca vimos. Apoiar mulheres, trans, gays, negros, mães e pais de família - sem conhecer. 
Outro dia, me caiu nas mãos um texto ótimo de Michel Alcoforado sobre a empatia, sua diferença com a compaixão. O exercício da empatia, dizia o texto, se limita normalmente a um grupo de iguais, àqueles em cujo lugar conseguimos nos colocar, já que somos sempre autorreferentes quanto a isso, enquanto a compaixão é muito mais ampla porque implica em reconhecer a dor do outro, e não em se colocar no seu lugar. Por isso o Bozo é empático com seu cercadinho, e não com a esmagadora maioria do país, para a qual ele não tem nenhuma misericórdia. 
Enfim, tudo isso só pra dizer que me orgulho de ser de esquerda, de ser antifascista e que o aprendizado é longo, e sim, é preciso estar atento e forte. A luta é agora, a luta é sempre.

domingo, 28 de fevereiro de 2021

O que está por trás de uma compra?

Estou até emocionada: chegou minha primeira compra no ECDE, a capa para nosso pufe detonadinho. Foi Ariana Campelo quem fez, em crochê com fio de malha, a capinha sob medida. 
Fiquei encantada com o resultado, mas principalmente com todo o cuidado que Ariana demonstrou, do início ao fim do processo - atendimento atencioso, embalagem caprichada com carimbo fofo, bilhetinho de agradecimento com brinde, instruções de cuidado com a peça; por fim a peça linda que vestiu o pufe como uma luva. E os pets foram logo conferir. 

sábado, 11 de maio de 2019

Consumo sustentável, microeconomia e as verdadeiras redes sociais

Valorizo cada vez mais os pequenos produtores, até porque caminho nessa direção desde sempre, encantada pela criatividade, pela força do artesanal, pela economia solidária. 
Tenho ainda poucos fornecedores nessa linha - por ora, o do mel orgânico do Vale do Capão, que me entrega o produto em Salvador, meu vizinho Mr Blond, com os ovos de galinha caipira, e os meninos da Gato Maloko, que me socorrem sempre que preciso de um móvel sob medida muito bem feito e de viés ecológico, como essa fruteira de madeira que atendeu a pequenas mudanças na cozinha.
Quando estivemos na Feira da Reforma Agrária, há quase um ano, fiquei emocionada e querendo muito ter mais contato com esse comércio sustentável. Embora o momento sociopolítico atual seja tão desanimador, pouco a pouco vamos caminhando em direção a um estilo de vida mais ético, inclusivo, ecológico - arriscaria até dizer, ecumênico, uma real tradução da ideia de rede

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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