Assim como o antúrio e o lírio-da-paz destruídos pelo granizo, agora recuperados, minhas rosinhas tinham sucumbido às forças da natureza - estavam sequinhas, sequinhas. Em vez de jogá-las fora, porém, continuei regando o vaso todo dia.
De forma impressionante, a maior parte dos galhos voltou a enverdecer. E hoje desabrochou uma rosa, mostrando que nem sempre tudo está perdido. Às vezes, é preciso regar um pouco mais.
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segunda-feira, 24 de novembro de 2014
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Um milagrezinho no jardim
Meu antúrio praticamente foi destruído na última chuva de granizo (não que tenha havido muitas, mas do jeito que a coisa anda com o clima, deve haver outras), e resolvi tirar as folhas quebradas, cortar galhos e pagar pra ver.
E então, outro dia, eis que se abriu essa lindeza rubra e cordiforme, para alegrar o coração.
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
Da série "Milagres cotidianos" IV
Me levantei de repente da mesa quando M. me lembrou do horário de encontrar a corretora de imóveis, que me esperava a algumas quadras dali. H., namorado de M., perguntou se eu queria uma carona, eu disse que não precisava, era relativamente perto, iria a pé.
Então C., amigo dos dois, que eu acabara de conhecer e que estava ali havia alguns minutos apenas, disse que me levaria lá. Perguntei: mas você vai para aquele lado? Ele disse: não, vou para o outro, mas te levo e depois volto.
Nessa hora tive um alumbramento: é isso o que é fundamental numa relação - a disposição de mudar um pouco seu trajeto para que se encontre com o do outro. Como diz aquela canção: eu só quero saber em qual rua minha vida vai encostar na sua. Na verdade, para que essas ruas, esses caminhos se toquem é preciso disposição para fazer acontecer, e não só esperar que aconteça, que o urbanismo seja favorável.
E muito embora no dia seguinte eu tenha visto de forma insuportavelmente clara como a relação recém-finda era justamente o contrário disso (não ter havido a cessão de um milímetro sequer, um mínimo desvio para que os caminhos se encontrassem, o que resultou em dois caminhos tristemente separados, paralelos sem um infinito que os fizesse se encontrar, já que somos nós mesmos finitos), esse milagre/alumbramento/sincronicidade me fez perceber o que de fato é importante para mim. C. foi uma espécie de anjo enviado para me lembrar.
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Tudo de bão
Cabeceira
- "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
- "Geografia da fome", de Josué de Castro
- "A metamorfose", de Franz Kafka
- "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
- "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla