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quinta-feira, 17 de abril de 2025

Eu sonho, tu vês

Na semana passada, fui cortar cabelos na companhia de Liu. Ela quis ir comigo porque eu não conhecia o lugar ("uma portinha", disse ela), na região da Avenida Sete. Eu achei ótimo, porque é sempre maravilhosa a sua companhia. 
Depois de deixar com Roni o menor valor que já paguei por um bom corte na minha vida, fomos almoçar nos Barris e jogar conversa dentro. Entre tantas coisas, contei um sonho recorrente com ondas gigantes, eu me protegendo atrás de uma porta após ter avisado todo mundo da chegada das ondas. Falamos também sobre a importância de criar, da arte na vida humana.
Qual não foi minha surpresa ao receber na manhã seguinte uma colagem representando meu sonho! Ela incluiu a onda de Hokusai, a porta, tudo com um senso espacial e estético notável. Mais um talento descoberto, o que é sempre uma alegria. 
Esse episódio tem tudo a ver com minha sensação nas aulas da pós, da necessidade do apoio coletivo, e com o que Cely sempre falava, lembrando os versos de João Cabral, sobre "tecer a manhã". Não é possível construir a realidade que queremos por outra via que não a coletiva, com cada uma e cada um contribuindo com seu ponto na tessitura. Eu sonhei, mas foi Liu quem enxergou dessa vez. A coletividade é esse sonhar e enxergar e construir junto.

domingo, 9 de fevereiro de 2025

Horinhas de descuido

É o velho Rosa quem me faz lembrar da felicidade em horinhas de descuido. 
Não ando muito feliz nem otimista nos últimos dias, tempos, apesar do meu impulso "descuidado" de continuar fazendo as coisas, mesmo quando não é muito sensato, indicado etc. Outro dia me manquei de que herdei isso de minha mãe, esticar o braço além da conta. E o contexto ao redor, realmente, não ajuda em nada. 
Bueno, ainda assim e por isso mesmo fui fazer mais aulas de cajón. Voltei ao flamenco este mês, pelo menos. Palmilhando o Rio Vermelho, achei um restaurante de comida natural bem bom, Manjericão, e logo abaixo o Café Floresta, que tinha bolo de cupuaçu. Preços salgados, mas tudo de ótima qualidade. 
E tive mais um gostinho, além do bolo de cupuaçu, de felicidade descuidada: fui ver Caetano e Bethânia na Fonte Nova, a convite da queridíssima Cris. Carinho da amiga e também do invisível para tomar fôlego.


quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Que venha 2025

Uma virada simples, com amigas recentes, jantar e praia. Coordenando o comer 12 uvas e saltar sete ondas, beber espumante, tudo ao mesmo tempo, no meio da alegria e da esperança gerais. E deu certo, e vai dar certo. Que venha 2025, prontas estamos.

domingo, 15 de dezembro de 2024

Mulherio de festa e de luta

Quase acabando este 2024 que voou loucamente. Muito disso é culpa da economia da atenção, claro - quanto tempo passamos rolando feed e, quando nos damos conta, o dia acabou?
O contrário de perder tempo é ter tempo de qualidade, presentificar ao máximo, valorizar as relações. Nas últimas semanas, a mulherada deu o tom nas reuniões. Diversão pura com as flamencas queridas, ao som de Magal, Gretchen e Alejandro Sanz, o privilégio de ver e ouvir Rita von Hunty na UFBA falando sobre gênero, comparecer à Concha com amiga para ver os Novos Baianos (embora o som não estivesse bom), ouvir a surpreendente Angela Velloso cantando Gil no Cinesom. Como nos dizeres de alguma camiseta descolada, as mulheres são como águas que aumentam quando se encontram.

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Azamigaveiadeguerra em Salvador

Conheço Vivi, Val e Edna de velhos carnavais. Val, mais tempo ainda, de colégio, imagine. Trilhamos o mesmo caminho de sair da escola técnica em direção à faculdade de História e, depois, à História da Arte. Foi, portanto, uma alegria me juntar a elas na abertura da exposição linda sobre o Movimento Armorial no Museu de Arte da Bahia - elas vieram treinar os mediadores da exposição - e depois para café e cerveja na Barra, comemorando o aniversário de Edna, com histórias antigas e novas e muita risada.
Coração agradece demais por esse encontro, nossa!

domingo, 7 de janeiro de 2024

Turistando em Salvador

Recebi a primeira visita paulistana em Salvador - Marise. Ela veio para passar o ano-novo, e fizemos render a estadia dela aqui. Depois do pôr do sol no Farol da Barra, aceitamos um convite para festa de réveillon com amigos recentes para já iniciar o ano com o pé direito.
Fomos ao desejado restaurante de dona Susana, na Gamboa, o Re-restaurante, que apareceu até em série da Netflix. A fofíssima dona Susana oferece uma comida maravilhosa: a moqueca de 70 reais serve facilmente até 3 pessoas, com o bônus da vista incrível para o mar. 
Palmilhamos o Pelô numa tarde, revisitei a Fundação Casa de Jorge Amado, onde Marise me rejuvenesceu uns 20 anos numa foto. Tudo muito lotado nesta época, mas tomamos um sorvete na Cubana antes de pegar o elevador para a Cidade Baixa. Achei que o Mercado Modelo deu uma encolhida em termos de mercadorias após a reforma, tudo muito massificado e caro. Lembrei Marise que os produtos de beber e comer poderiam ser encontrados mais em conta no Ceasinha, mesmo não sendo o lugar mais barato para comprar em Salvador. A Casa da Música ficou para uma próxima, porque já tinha fechado.
Fizemos também o périplo Rio Vermelho, com Ceasinha, Casa do Rio Vermelho, onde eu moraria tranquilamente, e acarajé da Dinha, onde encontramos Márcio e o garçom queria nos convencer de que tínhamos tomado seis cervejas em vez de quatro - um lugar a não voltar mais.
Por fim, fomos com George ao Bonfim, que já se prepara para a Lavagem na próxima semana, demos um rolê na Ribeira e na fila do Sorvete da Ribeira, um fenômeno de público, para terminar a andança em Santo Antonio Além do Carmo, esse chuchu de bairro. 
Bom demais estar com as pessoas queridas, colocar a conversa em dia, com esse sol que brilha em toda parte. Salve Salvador!

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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