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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Sorrir é junto

Não, a pandemia não foi completamente extinta. Ainda há subvariantes do vírus circulando e nós andamos doidos por mais uma dose (é claro que eu tô cazuzamente a fim). Mas, meio a medo e bem aos poucos, voltamos a nos encontrar com os amigos. E a gente sorri com eles, e de repente percebe que sorrir é sempre com o outro mesmo quando o outro não está. Dificilmente o sorriso é produto da solidão, mesmo quando sorrimos sozinhos. 
E se há presença, então, sorrir vira chuva de estrelas, galos tecendo a manhã, címbalos em toda parte. Nos encontros, sorrimos. 

domingo, 7 de julho de 2019

Rolezinho low-profile em Sampa

Mais uma reunião em SP, mais desafios de trabalho, provavelmente mais uma viagem corrida à terrinha. 
Se da última vez, quando fui ver minha mãe, decidi evitar muito vaivém, desta feita resolvi aproveitar melhor o tempo assistindo a filmes, comendo em lugares de que gosto, indo às compras somente do que apenas SP tem, e não do que poderia encontrar por aqui. Além, claro, de tentar tomar um café com alguns amigos. 
Foi assim que rolou Elton John, Almodóvar, salada de queijo de cabra e beterraba do Spot, almoço delícia do Gopala, visita à Decatlhon e ao feminista Atelier Luiza Pannunzio, passadinha no Azuki para experimentar novidades, como os chocolates Le Grain d'Or, encontro com mainha no Girondino devidamente aquecido, breve tour lojístico na região 25 de março/Florêncio, stuffed pizza à moda de Chicago com Lu e Wagninho, conversa regada a chocolate quente personalizado com mi hermana Tam, lámen no Komei. Muita andança por minha louca cidade, transbordante de gente, quase o tempo todo sob 24 graus de temperatura, carregando casaco no braço e tomando kombucha, mas repentinamente sob uma chuva sem fim que me obrigou a comprar um guarda-chuva, o que não evitou os pés molhados. 
E talvez porque estivesse com esse olhar mais festivo e presente ganhei gentilezas em toda parte e mimos - livros (de trabalho e de saúde), Divino Espírito Santo e linda caneca plus size.

sábado, 11 de agosto de 2018

Paulistando

Já me assumi como turista na minha terra. Mas me permito, uma vez lá, me ver como paulistana e evocar a destreza em palmilhar as ruas cheias sem esbarrar em ninguém. Gosto de saber onde encontrar todo tipo de coisa, o nome das ruas especializadas, de me lembrar do itinerário dos ônibus.
O melhor, porém, é encontrar os amigos. Não consigo ver todos que gostaria, então preciso alternar a marcação de encontros a cada volta. Desta vez, teve, em meio a muito frio, na companhia do marido, cantoria, boeuf bourguignon, visita a cunhada grávida, o sagrado almoço com mainha, pizza, reunião de trabalho, passadinha no ponto mais alto da Paulista, reabastecimento na zona cerealista. Tudo em pouco tempo. Mas um tempo valiosíssimo, muito bem aproveitado a cada segundo.

segunda-feira, 5 de março de 2018

quinta-feira, 27 de abril de 2017

De dias mágicos e estrelas

No final de 2015, pouco depois da minha mudança para cá, eu e Guga fomos convidados para um churrasco na casa de dois velhos amigos dele, Patrícia e Ricardo. Pati tinha sido vizinha dele, era amiga da época dos 20 e poucos anos.
Cheguei cuidadosa, afinal, eram amigos muito queridos de Guga que eu ainda não conhecia. Mas, assim que avistei Pati, gostei dela instantaneamente. Assim, sem mais. O sorrisão largo, os olhos luminosos, os gestos cheios de energia. E Ricardo, de fala tranquila e doce: seu companheiro pra todas as horas, estava na cara. Os dois acarinhando a filha, Cassiana. Por mim, desde aquele momento, seríamos amigos para sempre.
O segundo encontro, um dia mágico, seria aqui em casa. Depois de um churrasco capitaneado, como sempre, por Rodrigo, montamos a bateria de Pati no meio da sala, com as portas escancaradas. Ela tinha começado a fazer aulas e estava concentradíssima, só deixando as baquetas para que Rodrigo tocasse também. Não largava o microfone, emendando um rock após o outro. Feliz. Avançamos noite adentro cantando, tocando. Imaginando que haveria muitos encontros como aquele.
Perto do aniversário de Guga, soubemos que ela faria uma cirurgia delicada. Depois, a confirmação da doença. Tudo muito rápido, muito injusto. Por que uma pessoa como ela?
Fomos nos despedir esta semana. Ela havia feito aniversário no dia 20, tentei ligar, mas ninguém atendeu. Ela já estava no hospital. Deve ter sido um alívio para ela, a partida. Nós ficamos com a dor do vazio, que, esperamos, logo dê lugar à saudade. Mas ficamos também com a lembrança de sua alegria e força, sua paixão pela música, o cuidado com as pessoas queridas. Isso é muito mais, isso é o que faz estar junto valer tanto a pena. O amor e a amizade brilhando como estrelas, maiores que a própria morte.

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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