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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Soltar os bichos (sem que eles se matem)

Cong acabou chegando antes do previsto à nossa casa porque ficou doente. Infestado de vermes e infectado pela doença do carrapato, o pequeno mal ficava em pé e era só pele e osso. Havíamos levado ao veterinário para vacinar e vermifugar - até aí não sabíamos de nada, e só demos o vermífugo uns 3 dias depois, quando Conguito já havia perdido o apetite e algum peso. Então, os parasitas do mundo todo deram as caras. Voltamos ao veterinário e ele acabou sendo internado com anemia profunda provocada pelas referidas doenças.
Quando Cong apareceu, Zen surtou. Já o havia visto antes aqui e feito seus fusss, mas, quando sacou que o outro vinha para ficar, se rebelou e ficou um dia inteiro só rondando a casa, sem entrar, sem comer nem beber. Foi desesperador. Consegui no outro dia fazê-lo comer na minha mão, num canto fora de casa onde ele se entocou. Eu chorei. Depois consegui trazê-lo para nosso quarto, conversei muito com ele, acarinhei-o muito e ele dormiu exausto na nossa cama.
Hoje, fiz o mesmo processo - ir atrás com a comida, afagar, conversar, trazer para casa, mostrar que ele é querido aqui. Aos poucos ele tem voltado a entrar em casa, mesmo mantendo um olho vigilante no pequeno que fica indo para lá e para cá, rabinho abanando após a diminuição da anemia. Há pouco, Zen dormia em nossa cama, sob a manta, como quem "não aguenta ver mais nada".
O que sei da convivência com gatos é que tudo pode acontecer. Pode tudo ficar bem, pode rolar uma guerra fria, pode haver um novo abandono do lar. Os cães são mais adaptáveis, sem dúvida, e nos ensinam muito sobre amor incondicional (Conguito já nos segue por todo lado e dorme aos meus pés enquanto cozinho). Mas os gatos nos ensinam tudo sobre a impermanência da vida - que carrega até mesmo o amor incondicional em seu roldão. Por isso a expressão "soltar os bichos" ganhou um novo significado para mim. Ah, esses gatos! Ah, esses cães!

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Gatos, um ano depois

Eles chegaram aqui em maio do ano passado. Parece que não cresceram tanto. Continuam grudes, miam por atenção, desaforo, fome, porque não gostam da roupinha. Zen gosta de invadir a cozinha e sentir o cheiro dos temperos. Chico é o atlético apanhador de bolinhas de papel, um dengo só.
Gosto de acreditar que sabem como me sinto, e por isso vêm se deitar no meu colo, ou perto do coração, ou fazendo carinho nos meus cabelos.
Como hoje. Zen adivinhou.

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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