Eu costumo prestar atenção ao que digo e escrevo, mas nem sempre sei o efeito que as palavras (sempre elas!) têm para quem ouve.
Uma vez, minha querida Simone Adami admirou-se ao me ver usando chapéu e vestido, a caminho de uma reunião. Eu disse algo do tipo: "a gente precisa se bancar". Não disse por dizer, nem para produzir efeito - naquele momento, acreditava mesmo nisso.
Aos poucos, porém, por um período descolorido da vida, acabei abandonando meus chapéus. Não estava me bancando. E para usar chapéu é preciso se bancar e assim ignorar toda forma de provincianismo.
Então um dia voltei a ver as cores da minha vida e acabei me lembrando de como sempre banquei minhas escolhas, meu modo de estar no mundo e de pensar. Como Simone nunca se esqueceu do que eu disse, ela também me ajudou a lembrar.
E, de novo aos poucos, fui reconstruindo quem sou: além do mais, uma mulher que não tem medo de usar chapéus.
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quarta-feira, 22 de julho de 2015
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Tudo de bão
Cabeceira
- "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
- "Geografia da fome", de Josué de Castro
- "A metamorfose", de Franz Kafka
- "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
- "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla