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quarta-feira, 2 de março de 2016
Uma horta que nasce e gente que aprende
Eu estava toda feliz acompanhando o despertar das mudinhas de ervas quando um dia deparei com um sapão dentro de um dos vasos - e pior, ele já havia passado pelos outros, esmagando todas as recém-nascidas.
O primeiro sentimento, claro, foi de cansaço-frustração. Em seguida, a resolução de começar tudo de novo, agora plantando diretamente no chão, no espaço que reservamos para a horta menor. Mas então percebi que os cachorros e os gatos, que gostam de correr por aquele espaço, também podiam esmagar as plantas. Pedi ao marido para cercar a horta para somente então semear de novo.
Agora falta apenas finalizar a porta, mas lá fui eu semear rúcula, couve, tomate, agrião, com ajuda de Guga. Ainda no esquema tentativa e erro (e acerto) para aprender a cultivar, vamos descobrindo também soluções para o dia a dia, como remédios sem veneno para evitar fungos e formigas (leite fresco, o santo bicarbonato - usado também para branquear roupas -, borra de café), de que maneira cercar a horta e até mesmo como proteger nossas botas de trabalho das aranhas e outros bichos (a touca descartável tem, afinal, uma utilidade utilíssima).
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Fora da ordem
Então eu vim. Cheguei de mala e cuia, carregando dois gatos debaixo do braço. Deixei os amigos antigos e novos espantados, por diferentes razões.
Os gatos logo se adaptaram, e trazem folhas, cigarras e de vez em quando baratas de presente, oh God! Zen fica extasiado diante das libélulas e Chico pratica arvorismo amador.
Quanto a mim, nem posso dizer que me "adaptei", embora seja uma pessoa naturalmente adaptável. Aliás, nem havia pensado sobre isso, somente quando fui indagada (várias vezes já). Só trouxe mesmo o que era meu, e as diferenças ficaram por conta das questões externas, alheias a mim. Ah, é difícil achar creme de leite? Usemos leite de coco. Difícil encontrar verduras no mercado? Plantemos as nossas. E para vencer distâncias? A pé, como sempre, ou de bicicleta. Os pés incham nas sapatilhas urbanas? Bora usar sandálias de couro típicas. E provar abacate, coco, limão, acerola, siriguela, caju tirados do pé. Quando sopra o vento fresco do final da tarde, sentar um pouco nas cadeiras da quase-varanda para ver o azul do mar no horizonte e o céu cor-de-rosa logo dando lugar às estrelas.
É, acho que, não fosse eu tão adaptável, a adaptação já teria tudo pra dar certo.
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- "Geografia da fome", de Josué de Castro
- "A metamorfose", de Franz Kafka
- "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
- "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla