quinta-feira, 24 de abril de 2014
Tatuagem - Teaser #5 - Clécio
Eu adorei Tatuagem, do Hilton Lacerda, com o maravilhoso Irandhir Santos. Acho que foi o melhor papel dele até agora, certamente o mais desafiador.
Cheguei a ouvir comentários preconceituosos sobre o filme por conta das cenas homoeróticas (poucas, na verdade - o filme é que é todo sensual, pela sua história, não pelas cenas) - alguém que não conseguiu prestar atenção à história, ao contexto de repressão militar no Brasil dos anos 1970.
E o filme é ótimo! Os atores são muito bons, e o momento em que Irandhir canta "Esse cara" me fez me render completamente. Amei!
Vida, louca vida
Às vezes (muitas, na verdade), vêm nos visitar os milagres cotidianos - uma fala inesperada, um sorriso de um desconhecido, uma rosa, uma proposta de trabalho no momento em que a gente resolve se lançar no nevoeiro. Algumas vezes, depois de uma rejeição, vem uma aceitação, e a gente agradece, mesmo a oferta não sendo assim uma Brastemp - afinal, sabe-se lá o que virá em seguida, se o paraíso não está um pouco mais à frente.
Tem horas que eu me sinto uma fruta sendo batida no liquidificador; às vezes o vórtice é delicioso, às vezes é só atordoante, e um tanto cansativo. Tem dia que fazer o que tem que ser feito é mais difícil, a concentração é zero, acho que por conta do zunido na cabeça pós-liquidificador. E eu só consigo pensar que a vida é louca mesmo, e que o negócio é se deixar levar de quando em quando, não resistir às mudanças, que podem chegar como marolas ou tsunamis.
E a trilha sonora dessa montanha-russa, qual é? Cazuza, lógico (se é que há alguma lógica nisso tudo).
quarta-feira, 23 de abril de 2014
terça-feira, 22 de abril de 2014
O desafio do pão
Taí: apesar de todo desânimo, me sinto desafiada - pelo pão.
Os últimos pães que fiz saíram feiosos, embora saborosos. Que terá acontecido? Impaciência? Falta de concentração?
Hoje fiz mais um do blog La Cucinetta (que gosto bastante, porque a Ana Elisa explica tudo muito bem, passo a passo). Ele ficou grandão (oba, porque os dois últimos cresceram pouco, e já estava achando que o problema era o fermento seco instantâneo), mas pouco atraente. Ou seja, sou boa de sova, mas não de modelagem (assunto pra terapia?). A foto que postei no FB (a terceira) saiu boa porque o enquadramento favorece. Os alvéolos ficaram grandes, como gosto.
Prometi a mim mesma que vou me aperfeiçoar - agora me enfezei. Vou fazer um levain naturel, quando der vou fazer um curso curto de pães, vou assistir aos gratuitos que houver.
Pães, me aguardem.
Os últimos pães que fiz saíram feiosos, embora saborosos. Que terá acontecido? Impaciência? Falta de concentração?
Hoje fiz mais um do blog La Cucinetta (que gosto bastante, porque a Ana Elisa explica tudo muito bem, passo a passo). Ele ficou grandão (oba, porque os dois últimos cresceram pouco, e já estava achando que o problema era o fermento seco instantâneo), mas pouco atraente. Ou seja, sou boa de sova, mas não de modelagem (assunto pra terapia?). A foto que postei no FB (a terceira) saiu boa porque o enquadramento favorece. Os alvéolos ficaram grandes, como gosto.
Prometi a mim mesma que vou me aperfeiçoar - agora me enfezei. Vou fazer um levain naturel, quando der vou fazer um curso curto de pães, vou assistir aos gratuitos que houver.
Pães, me aguardem.
sexta-feira, 18 de abril de 2014
Fase bolo
...o risco, claro, é engordar, mas, depois de um tempo, a tendência é reduzir a fissura (quero crer nisso).
O ganache do de chocolate ficou assim meio bagunçado, mas o bolo tem recheio de brigadeiro, impecável. A vingança contra os ovos de Páscoa carésimos, rá!
Ah, e o de limão com glacê bonitinho foi um presente pra minha querida Marisa, que aniversariou ontem! Eeeehhhh!
O presente no pão
Presentificar faz parte de uma existência mais zen, mais feliz, mais sábia. Mas é uma tarefa difícil quando há contas pra pagar, quando não se vê uma saída mais à frente. Ficamos tentando enxergar a luzinha lá adiante, no final do túnel, e não a escuridão ao redor, onde obviamente não se vê nada. Difícil curtir o escuro, a menos que seja na hora de dormir, no meio do mato, com grilos e sapos batendo papo.
Eu bem que tento focar no presente, não sofrer por antecipação. Quando minha cabeça entra num vórtice ensandecido, numa sequência desembestada de pensamentos que não levam a lugar nenhum, só paralisam, tento fazer algo prático. Ontem foi pão e encerar o piso, não ao mesmo tempo, claro.
Perdi um pouco a mão nos pães - logo se vê na foto do pão com cara de peixe amazônico. Esse foi outro pão de alecrim, e ainda por cima com farinha trocada (confundi o pacote da integral com o da de centeio), o que deixou a massa mais molenga e crescida para os lados. Ficou gostoso, de qualquer modo. Foi bom comer pão fresco na casa que cheirava a limpeza.
Por algumas horas, os problemas se diluíram, se dissolveram na sova da massa. O presente se tornou o cheiro do pão assado, o perfume do alecrim ainda nas mãos, a casa limpa, o olor da erva-cidreira no aromatizador presenteado por um amigo.
Poderia ter sido o sumiê, o bordado, a leitura, mas foi a hora e a vez do pão, alimento de corpo e alma.
Eu bem que tento focar no presente, não sofrer por antecipação. Quando minha cabeça entra num vórtice ensandecido, numa sequência desembestada de pensamentos que não levam a lugar nenhum, só paralisam, tento fazer algo prático. Ontem foi pão e encerar o piso, não ao mesmo tempo, claro.
Perdi um pouco a mão nos pães - logo se vê na foto do pão com cara de peixe amazônico. Esse foi outro pão de alecrim, e ainda por cima com farinha trocada (confundi o pacote da integral com o da de centeio), o que deixou a massa mais molenga e crescida para os lados. Ficou gostoso, de qualquer modo. Foi bom comer pão fresco na casa que cheirava a limpeza.
Por algumas horas, os problemas se diluíram, se dissolveram na sova da massa. O presente se tornou o cheiro do pão assado, o perfume do alecrim ainda nas mãos, a casa limpa, o olor da erva-cidreira no aromatizador presenteado por um amigo.
Poderia ter sido o sumiê, o bordado, a leitura, mas foi a hora e a vez do pão, alimento de corpo e alma.
terça-feira, 15 de abril de 2014
Nhoque de pinhão
Como trouxe um pacote enorme de pinhão de Santo Antonio do Pinhal, no final de semana em Campos do Jordão, fui em busca de receitas à base da iguaria.
Achei a de um nhoque de pinhão do Armazém Italiano e arregacei as mangas. A única parte chata é descascar aquele mundaréu de pinhão. Mas o resultado é ótimo!
Achei a de um nhoque de pinhão do Armazém Italiano e arregacei as mangas. A única parte chata é descascar aquele mundaréu de pinhão. Mas o resultado é ótimo!
NHOQUE
DE PINHÃO
Ingredientes
do Nhoque
500g de Pinhão
500g de Batata
250g de farinha de trigo
2 gemas
2 colheres (sopa) de margarina
Sal a gosto
500g de Pinhão
500g de Batata
250g de farinha de trigo
2 gemas
2 colheres (sopa) de margarina
Sal a gosto
Ingredientes
do Molho
500g de creme de leite fresco
1 colher (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
Noz moscada ralada a gosto
Queijo parmesão ralado a gosto
Sal a gosto
500g de creme de leite fresco
1 colher (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
Noz moscada ralada a gosto
Queijo parmesão ralado a gosto
Sal a gosto
Modo
de preparo do nhoque
1.
Cozinhar o pinhão aproximadamente 30 minutos, descascar e passar no moedor. 2.
Cozinhar a batata e esmagar. 3. Misturar o pinhão, a batata, as gemas e a
margarina. 4. Adicionar o trigo até atingir o ponto de nhoque. 5. Enrolar e
cortar. 6.Cozinhar em água fervente até subir.
Modo
de preparo do molho
1.Faça um roux, ou seja: derreta a manteiga e adicione o trigo, mexendo bem para que forme uma espécie de ‘areia úmida’. 2.Acrescente o creme de leite e a noz moscada, deixando ferver até atingir o ponto de molho. 3.Por fim, adicione o queijo e verifique o sal.
1.Faça um roux, ou seja: derreta a manteiga e adicione o trigo, mexendo bem para que forme uma espécie de ‘areia úmida’. 2.Acrescente o creme de leite e a noz moscada, deixando ferver até atingir o ponto de molho. 3.Por fim, adicione o queijo e verifique o sal.
Marcadores:
gastronomia,
massas,
nhoque,
pinhão
Assinar:
Postagens (Atom)
Tudo de bão
Cabeceira
- "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
- "Geografia da fome", de Josué de Castro
- "A metamorfose", de Franz Kafka
- "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
- "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla