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quarta-feira, 12 de julho de 2023

Reinstrumentalização

Na minha primeira mudança solo, comprei ferramentas básicas e uma furadeira. Os homens sempre se espantavam por eu ter uma caixa de ferramentas e furadeira em casa (ainda se espantam quando digo que não preciso de ajuda com instalação do fogão ou porque, se necessário, vou tirar os rodízios do sofá-cama para que ele passe pela porta). Depois, a caixa e a furadeira acabaram ficando com Guga, porque ele é quem costumava fazer a maior parte dos reparos - e eu nunca mais pus as mãos na furadeira.
Agora, na nova casa, resolvi comprar tudo de novo. Além de montar as mangueiras do fogão, a sapateira, o criado-mudo e a estante de metal, ainda preciso pendurar uns quadrinhos. Achei uma furadeira-parafusadeira, porque parafusadeira é a melhor coisa que há no mundo das ferramentas, né? Conheci quando Ju foi instalar armários pra mim na Aclimação. E eu amo ter ferramentas apropriadas para tudo, ainda mais se for para economizar tempo e energia (a bancada da cozinha, que parece uma minipadaria, que o diga).
Um dos maiores exemplos da importância de se ter ferramentas que nos auxiliem é a máquina de costura. Enfim, comprei uma este ano, menor que as domésticas comuns - aliás, da Philco também, como minha parafusadeira nova -, porque cansei de tanto fazer consertos de costura na mão, usando ponto de bordado. Não é difícil, a maior parte das vezes, mas demora demais - como a barra improvisada das cortinas que ganhei, e que agora vou trocar. E também me inscrevi num curso de costura, que queria fazer há tempos, ainda por cima no centro, que eu adoro. 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Pintura do piso e classes sociais

Enquanto esperávamos a definição de parceiros profissionais, resolvemos enfim pintar o piso de casa (porque também não queria mais ouvir que minha casa é um cafofo). 
Pessoalmente, preferia colocar um piso novo, já que teríamos que tirar tudo do lugar de qualquer jeito, mas Guga insistiu na pintura - mais econômica, com certeza, mas com sabida menor durabilidade. Após mais de um ano de tratativas, fomos comprar tinta e acessórios. 
Tira tudo de um cômodo, coloca no meio de outro, limpa, pinta chão, espera secar, outra demão, coloca de volta. De repente, um risco no chão e desespero do marido, que, aprendi, é melhor não fomentar, preferindo o silêncio. Dormimos no meio da sala, sob ataque das muriçocas, calor infernal, Chica uivando do lado de fora até deixarmos que ela entrasse para dormir no caos com a gente. Por mais cinco dias, seguimos nessa faina, com o acréscimo da aplicação de uma resina acrílica, até o caos ir diminuindo, diminuindo a ponto de desaparecer. O resultado foi ótimo, mesmo sujeito aos arranhões das patas de Kong e mesmo evidenciando a urgência da pintura das paredes.
Em meio à empreitada, Guga comentou que pintar piso é uma solução das classes menos favorecidas para dar um tchans no ambiente. Eu nunca tinha pensado nisso, talvez porque venha justamente das classes menos favorecidas e sempre achei normal não somente a pintura toda de casa, mas também botar a mão na massa pra realizar as mudanças de todo tipo na vida. Justamente por isso, no final das contas, acho que o comentário dele faz muito sentido. 
Daí - depois que "peguei a ideia", da relação entre "remediar" e remediados - fiquei pensando nas realidades paralelas deste país e do mundo cindido em classes. Outro dia mesmo, num almoço, eu comentava a aventura que foi ir para o Reino Unido na maior dureza, já que havia surgido o tema de câmbio e viagem internacional. Esse assunto, que já rendeu tantas trocas de experiências e risadas com amigos, ali provocou um misto de complacência e estranheza, como se aquelas pessoas não fossem sequer capazes de imaginar uma situação assim. O único gringo do grupo e o único rapaz negro foram as únicas pessoas que demonstraram entender de que se tratava. Comentei com o marido, e ele teve a mesma impressão: "Claramente, outra classe social". Realmente, pensando em retrospecto, não consigo imaginar aquelas pessoas raspando a cera do piso com uma espátula, carregando móveis para lá e para cá, suando em bicas nem mesmo na execução de tarefas mais básicas, como cozinhar e lavar louça. Lembrei-me de um encontro com Guilherme Afif Domingos na TV Cultura, em que ele descobria o sentido da palavra "mistura" quando apresentávamos a ele um material educativo para trabalhadores.
Para além de pensar que essas pessoas não estão nem aí para os mais desfavorecidos que nós, prefiro me lembrar que sempre estive cercada de gente que se importa - este sim, o verdadeiro privilégio.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Ravióli de gorgonzola e maçã feito a quatro mãos

Eu e minha sogra arregaçamos as mangas para fazer ravióli fresco no final de semana. Ela preparou a massa, sovamos, passamos no cilindro, recheei com gorgonzola, maçã e um tico de creme de leite (uma receita que ela experimentou num restaurante) e cortei com carretilha. O molho foi de manteiga e sálvia - ia ter amêndoas, mas acabei deixando queimar no forno.
Ficou maravilhoso - acho que o sucesso se deveu à sova mais demorada, mas certamente também ao trabalho a 4 mãos - ela ia girando a manivela enquanto eu colocava e tirava a massa.
Agora estamos com vontade de mais, e a maquininha agradece, para não pegar ferrugem e contribuir para a alegria geral.

domingo, 2 de setembro de 2018

Lemon curd pie ou torta bem chiquetosa de limão

Se a vida te der limões, faça uma limonada. Ou uma conserva. Ou um sorbet. Ou lemon curd. Ainda bem que, para quem quer, a evolução é algo natural.
Evoluí, e fiz lemon curd com um montão de limões colhidos no quintal. Esse é o recheio tradicional de torta de limão e também serve para rechear muffins: é uma espécie de geleia com limão, ovos e manteiga, muito comum na Inglaterra. Acabei juntando quatro receitas para conferir as proporções de suco de limão, ovos e açúcar. Tem quem coloque amido de milho, gelatina incolor e quem não adicione nenhum espessante, contando apenas com o ponto das gemas. Segui essa linha, e meu lemon curd ficou muito líquido. Depois tentei adicionar ágar-ágar (fiz uma gelatina de morango com ágar-ágar, e achei muito legal), mas pouca diferença fez.
Mesmo assim, fui em frente. Fiz meu primeiro merengue suíço, um sucesso. Montei uma base de torta com biscoito água e sal e manteiga, cobri com lemon curd e o merengue suíço. Como estou há tempos sem gás para o maçarico, resolvi testar o grill do forno para dourar o merengue. Dourou bem, bem uniformemente, sem aquele aspecto rústico, mais queimadinho, do maçarico (que eu prefiro). Depois levei ao congelador até a hora de servir.
O recheio não firmou, de qualquer modo, e na hora de partir a torta rolou uma verdadeira avalanche vulcânica de lemon curd pelo prato. O sabor, porém, ficou maravilhoso. Até a escolha do biscoito água e sal me pareceu bem acertada, tirando assim o doce excessivo típico do biscoito maizena (ainda não cheguei no nível "faça seu próprio biscoito" - quando estiver com mais tempo, experimento).

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Peanut butter e homus

Estou mesmo na fase pastas, geleias e conservas. Ontem foi dia de peanut butter e homus, ambos deliciosos. Logo vou fazer caponata, tomate seco, lemon curd, conserva de limão e chutney. Quase tudo ao mesmo tempo, pra desanuviar o cabeção.

domingo, 25 de março de 2018

Sabão para roupas e desodorante feitos em casa

Depois que voltei a fazer meus exames médicos, fiquei encafifada com as substâncias que têm fama de provocar câncer, como cloridrato de alumínio e talco. Ora, quase todos os desodorantes têm em sua fórmula cloridrato de alumínio, parabenos e triclosan (que é um composto que impede a transpiração, mas escurece as axilas). Há pouco teve início um movimento na indústria farmacêutica de se tirar um ou outro componente da fórmula de desodorantes, mas sempre sobra algum deles.
Então, fortuitamente, outro dia apareceu na minha timeline uma chamada do movimento Cosmetologia do Bem, que divulga fórmulas naturais de cosméticos que podem ser feitos em casa. O desodorante, claro, feito com melaleuca. O outro ingrediente era leite de magnésia. E só. Ou seja, não impede de transpirar (o que é bom, porque assim colocamos pra fora as toxinas todas), trata a pele e combate as bactérias que provocam o mau-cheiro. Já fiz, e ainda aproveitei uma embalagem roll-on que tinha aqui. Fica um pouco mais líquido (até adicionei um pouco de amido, por conta própria), mas parece eficaz.
Talvez por ter feito essa pesquisa sobre produtos naturais, apareceu também na minha timeline um site que ensina a fazer coisas diversas para que deixemos de produzir lixo, cujo nome é justamente Um Ano sem Lixo. Logo me chamou a atenção a receita de um sabão líquido para roupas - água, sabão de coco em barra, álcool e bicarbonato de sódio (sempre ele!). Umas gotas de óleo essencial, se quiser dar um cheirinho. Fiz também, mas ainda não testei. De todo jeito, já fiquei toda satisfeita de estar fazendo algo para não degradar ainda mais a natureza, para produzir menos lixo, para gastar menos com produtos de limpeza (sobretudo porque aqui lavamos muito mais roupas).
Seguimos voltando ao simples, ao natural para viver melhor conosco e com os outros, o que inclui a Natureza, de onde viemos, sempre é preciso lembrar.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Orgulho da maturidade: Gosto de Sol

Carol, minha cunhada designer, criou a marca. O nome surgiu meio "de brincadeira" há uns três anos, relacionado com uma música do Clube da Esquina, Um gosto de sol, que, na verdade, é bem mais melancólica que a ideia que tenho da minha marca, mais ensolarada mesmo. Passei um briefing para Carol, e, mesmo com total certeza da competência dela, me deu um medico, inho de nada, de que ela não apresentasse exatamente o que eu queria, talvez por eu não conseguir ser completamente clara.
Mas ela entendeu o que eu queria dizer com calor, sol, praia, montanha, amor, afeto, abraço, beijo, pão, cafuné etc. etc. Eu só pedi um pouco mais de quentura nas cores - na verdade, pedi magenta e violeta, mais por lembrar horizontes que por temperatura. E daí saiu essa lindeza, com a bikezinha solicitada (incorporada, além da alusão ao novo modus vivendi, por conta do adesivo que uso nas embalagens e pelo meio de entrega utilizado até aqui). O "delícias" foi por conta da designer, sugestão mais que aprovada.
Orgulho. Master. Maturidade. Os impulsos cotidianos dando mais lugar aos objetivos, ao fazer pensado.

sábado, 18 de novembro de 2017

O tempo entre panos ou Desconstruindo Hokusai

Ontem fiz uma garimpagem nos retalhos guardados por minha sogra, que tem um verdadeiro acervo para quiltagem, impressionantemente organizado, diverso e lindo. Estava atrás de uma chita para fazer uma ilustra de abertura para o bullet journal. Acabei misturando tecido, papel de origami - já minhas marcas pessoais - e feltro. Outra marca pessoal é a desconstrução de Hokusai.
O único perigo das colagens nesse tipo de uso é a agenda ficar muito gorda.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Organização interna, minha e do bullet journal


Depois de dar uma geral no site de Bullet Journal do seu criador, Ryder Carroll, comecei a desenhar o meu. Ainda bem simples, mas, como uma ideia puxa outra, hoje já adicionei uma cinta (que depois me lembrou da faixa de judô) e um envelope para guardá-la. 
As seções, por ora, se referem ao panorama de cada mês, a filmes e livros a conhecer e a um cantinho de gratidão, além de um rez-de-chaussée em cada semana para comentários gerais. Talvez role uma seção O quereres, a ver. 
Também começam as brincadeiras com colagem e ilustração, como o troféu no dia da prova de bike que Guga e Wendel venceram. 

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Bullet journal em processo

Achei no YouTube um tutorial para fazer capa dura, bem caseiro. Fui fazendo, fazendo, quando vi já tinha terminado a do meu bullet journal. O mais difícil foi mesmo decidir qual estampa utilizar. Acabei usando duas que comprei no Flor de Pano. Adicionei o marcador de fita de lembrança do Bonfim. Ainda devo acrescentar um fecho. Tudo parte do processo só iniciado de organização de ideias.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Gostos que nos definem

Já falei de tecidos aqui, que gosto muito e tal. Comprei há algum tempo umas amostras da Oficina Finisterre Urupês, que dá cursos de encadernação.
Na oficina de bordado na Flor de Pano, mais tecidos tentadores, mais voltados para o patchwork. Trouxe umas estampas lindas, sem saber o que faria com elas, e logo lhes achei serventia: uma agenda personalizada, cujo miolo comprei de novo na Oficina FU e cuja inspiração veio de um curso anunciado na Flor de Pano sobre bullet journal. Enfim, vou criar minha própria agenda do jeito que sempre quis.
A dúvida é quanto a qual estampa escolher. O que sei é que todas falam sobre mim, todas se harmonizam, mostrando como há alguns padrões do bem em nossa vida, aqueles que expressam nossas verdades internas. De olhar para essas estampas, tenho achado minha verdade interna bem bonita.

domingo, 23 de julho de 2017

Compras utilíssimas: alforjes e máquina de costura


Hoje recebi duas coisas que comprei pela internet: uma minimáquina de costura made in China e um par de alforjes para bike da Alforjaria, da Priscila Moreno, de SP.
O processo de compra dos alforjes foi um tanto confuso (o site não te dá a opção de comprar diretamente ali, você precisa fazer um depósito em conta, depois houve um engano no envio, e a coisa demorou mais do que devia), mas os alforjes são lindos, com ótimo acabamento. Amanhã já verei se se adaptam bem à bike.
Quanto à maquineta, ela veio um pouco diferente da foto publicada no site das Americanas (!). Bueno, já tinha lido alguns comentários sobre essas minimáquinas, e me pareceram mais favoráveis que o contrário - para pequenos consertos, que fique claro. O tamanho é ótimo, cabe em qualquer cantinho do escritório (e espaço interno é um problema que ainda temos). Logo passarei aos testes também.

Atualização: Os alforjes são ótimos, além de lindos. Já soube que a Alforjaria está com modelos novos, sem fitas de velcro, mas por ora elas me parecem bem eficientes. Quanto à maquininha de costura, terrível, não vale a pena. Quebrei duas agulhas só fazendo testes - ela já tinha vindo montada, conferi se estava certo e fui passar o tecido, e logo deu pau. Já pedi a devolução do produto às Americanas (na verdade, foi vendida por um parceiro) e a restituição do valor no cartão de crédito.

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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