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domingo, 1 de dezembro de 2024

Novembro vulcânico

Novembro deve ter sido o mês que passou mais rápido este ano. Finalização intensa de trabalho, eutanásia do iMac, tentativa de usarem meu cartão de crédito pela segunda vez este ano, ida a veterinário com Zenzito, mais experimentação de pão sem sova, café no Latitude ao lado de um mini Bazar Rozê. Teve o necessário Ainda estou aqui, de nosso Win Wenders Walter Salles, que nunca decepciona - e pela primeira vez em Salvador vi o cinema em completo silêncio. Teve tributo a Elis com as surpreendentes e afinadíssimas Catharina Gonzaga e Angela Velloso, o melhor Cinesom de todos. Teve a maravilhosa Ana Carbatti no terceiro espetáculo antirracista que vi este ano, Ninguém sabe meu nome - tomara que um dia este não precise mais ser um tema especialmente pedagógico. Teve espetáculo de Portella Açúcar e Veko Araújo na rua Chile, na festa Hidden. 
E óculos novos para poder ver tudo isso em detalhes.

terça-feira, 9 de agosto de 2022

Aboca, Portella e Veko e a balbúrdia libertadora

Ainda não tínhamos ido a uma aglomeração de verdade desde que a pandemia começou a arrefecer. Na verdade, nem esperávamos que fosse uma até chegarmos ao local, o centro cultural Aboca, em Santo Antonio Além do Carmo, bairro antigo e boêmio de Salvador, conduzidos pelos queridos Julio e Cris. 
Cris, que é batuqueira de primeira, tinha comentado que amigos do Cortejo Afro se apresentavam ali toda quarta, numa performance musical. Imaginei que fosse algo mais intimista em termos de público, e ela também achou que seria assim porque quando esteve ali havia poucas mesas e tal. Chamei também Liu e Igor, que não víamos há um tempão.
Assim que chegamos àquela casa de fachada estreita numa das estreitas ruas de paralelepípedos do bairro, já encontramos uma galera sentada à porta, inclusive um senhor negro, pequenininho, de cabeça branquíssima. Cris cumprimentou, eu pensei logo que devia ser um músico da Velha Guarda. Entramos num desses lugares que, pequenos por fora, são grandes por dentro, uma atmosfera boemíssima, com direito a ver o céu de estrelas por um pergolado, plantas charmosamente desordenadas, gentes diversas e animadas aqui e ali. 
Logo Cris encontrou os amigos, Portella e Veko, devidamente preparados para a apresentação - depois de provarmos a pizza de massa fina, bem boa, fomos para o local do show, onde já havia muita gente. O senhor de cabeça branquinha era mestre Paulinho, que tocava bongô e um pandeiro retado, uma coisa linda. Testamos, ali, a eficácia da quarta dose da vacina contra Covid, no meio de umas 100 pessoas pulando e cantando a plenos pulmões, inclusive nós. 
Foi apoteótico, dionisíaco, brilhante! Meu tipo de lugar, meu tipo de artistas, de energias, de gentes. Como a balbúrdia faz falta nestes tempos!

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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