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terça-feira, 26 de maio de 2020

Tai chi na rede e o verde ao redor

Como disse, minha antiga professora de tai chi chuan está oferecendo aulas por videoconferência. Já vi que vou precisar treinar outros dias para recuperar a coordenação motora, até porque só agora a dor no piriforme/ciático está indo embora, após 23 dias, e dor é um troço que desconcentra, descentra, desfoca, desanima, desumaniza. 
E apesar dessa dor que parecia não ter fim, quando vejo essas janelinhas no monitor, com a galera aparentemente praticando em espaços fechados, apartamentos talvez, percebo a sorte que temos de viver em um espaço aberto, com verde ao redor. Nem consigo imaginar como seria estarmos na décima semana de quarentena em um apê, mesmo podendo fazer tai chi, afe.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Projetos do hoje e após

Como será o amanhã, responda quem puder, já cantava Simone nos anos 1980. Não temos a menor ideia, e por ora nem os cientistas podem responder. Essa quarentena pode durar meses, e temos mesmo que recriar a rotina para sobreviver.
Pessoalmente, demorei para começar a criar um outro cotidiano. Estava fazendo bastante atividade física, e de repente passei a fazer 25% do que fazia. O trabalho, por sua vez, não teve tanta mudança (embora tenha rolado uma tensão inicial quanto ao futuro). A rotina de casa, sim - muita louça, cozinhar várias vezes, fazer faxina, além de incorporar os novos hábitos de desinfecção a cada saída/volta.
Logo que começou a quarentena, a galera passou a divulgar no Facebook mil links de livros, cursos e visitas virtuais a museus. No início, dá aquela vontade de fazer várias coisas, até a gente se lembrar de que realmente "quarentena não é férias", como nos lembra o alto-falante do mototáxi contratado pela prefeitura. Vem a procrastinação diante do trabalho e da atividade física, agora feita em casa, pois é uma dificuldade buscar novas formas de viver e encampá-las de fato. 
Bueno, mas acabou que tenho feito alguns cursos, além da pós em história da alimentação. Fiz um da Faber-Castell de aquarela, básico, mas ótimo para alguém como eu, que não manja de aquarela e só se mete a. Estou fazendo um do Senac (que está oferecendo vários cursos gratuitos durante a quarentena) de congelamento de alimentos, com outro engatilhado de aproveitamento total de alimentos. E me inscrevi ontem em um da Embrapa, de hortas em pequenos espaços. Tudo isso porque acho que pode rolar uma escassez de alimentos e este é o momento perfeito para termos uma atitude ecológica diante da vida, sair do mero discurso e ir para a ação mesmo. Também me inscrevi em um canal de yoga e hoje comecei um treino do Darebee, site de treinos já usado por Guga - porque não vou esperar chegar o fim da quarentena enquanto reencontro os quilos eliminados, né? Mas demorei para introjetar a ideia, pois faz mais de um mês que resolvemos nos entocar. Assisti também a alguns tutoriais para fazer nossas máscaras de TNT e tecido. 
O resultado dessas escolhas no presente contexto é que, embora não saiba até onde isso vai e se vamos sobreviver, me imagino virando uma especialista em alimentos fermentados, congelados, costuras talvez. Já sonho com comprar uma máquina de costura (que fez uma falta enorme na hora de produzir as máscaras!) num contexto pós-apocalíptico, o que parece algo non sense. Talvez morar em outro país, porque aqui ainda não nos recuperamos do choque da eleição de uma figura tão malévola (perdão à Malévola disneyana). Enfim, ter uma horta, fazer pão. Talvez nada tão diferente do que temos hoje, mas com muito mais gana e sabor e verdade. 

sábado, 11 de abril de 2020

Longe mas perto

Tenho familiaridade com educação à distância há alguns anos. Até passei em um concurso para ser tutora de um curso técnico, em Maceió - mas teria que pagar minha passagem uma vez por mês, então não rolou. Fiz curso de tutoria on-line, de espanhol (do Senac e do Cervantes), vários da Eduk, do Sebrae, pós em gastronomia da PUC-RS, de direitos humanos, ética, outra pós, na Unisc, em história da alimentação... Isso para não falar dos tutoriais mil, de culinária e outros assuntos, que encontramos na internet. Ou seja, o mundo virtual é um velho e gentil conhecido. Agora, então, em que o trabalho está sofrendo as transformações trazidas pela pandemia, será tudo mais virtual - e a graça vai ser contrabalançar isso com atividades presenciais. 
Bueno, enquanto o presencial vai sendo posto de lado na quarentena, estamos tendo aulas de pilates por videoconferência. Funciona muito bem, apesar de uma ou outra travadinha na chamada. Assim conseguimos inclusive rever pessoas queridas, afastadas de nós no contexto atual. É a conexão possível no momento, que nos ajuda a não enlouquecer com a falta de exercícios e da liberdade de ir e vir e com o excesso de notícias ruins. Só posso agradecer a Gleice por não se acomodar nunca. 

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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