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terça-feira, 13 de setembro de 2022

Bolo, domburi, pão e a eterna arte da transformação

Não deve haver título/definição mais perfeito que o de Michael Pollan para o ato de cozinhar. Por isso, e na falta de outro melhor para juntar bolo, domburi e pão no mesmo post, parafraseei-o aqui. 
Na verdade, queria falar do bolo de cenoura mesclado, receita da Rita Lobo, para tratar do uso dos ingredientes do pacotão de legumes trazido por minha sogra lá da secretaria, vendido por uma colega de trabalho. Estou há mais de duas semanas na luta para preparar de um tudo com o que veio no pacote - depois engrossado por meio pacote doado por minha sogra -, e a receita do bolo de cenoura veio a calhar para dar algum brilho diferente aos legumes refogados de todo dia. A receita leva também cobertura de chocolate, mas resolvi me limitar ao chocolate em pó 70% cacau usado internamente. Ficou delicioso. 
O domburi herdou a berinjela do pacotão hortifruti. Vi uma receita de domburi com berinjela e shitake fresco no perfil gringo thefoodietakesflight, que tem uma proposta asiática vegana. Eu tinha a berinjela, um pacote de funghi secchi e adicionei frango, tudo com um molho feito de sakê mirin, açúcar mascavo e shoyu sobre arroz branco e depois finalizado com uma chuvinha de salsinha fresca e gergelim branco. Muito, muito bom. 
Por fim, testei nova receita de pão de hambúrguer. Ficou lindão, receita do Tastemade. Mas vale fazer umas adaptações para deixar mais leve, menos massudinho, como cortar pedaços de no máximo 80 gramas de massa, achatar e deixar crescer mais tempo, talvez na geladeira. Como tinha pressa, porque queria comer hambúrguer, e não preparar mais frango e legumes pra jantar, apostei no pão, que, mesmo levando mais de uma hora pra ficar pronto, não me exigia atenção todo o tempo, e sim o seu tempo de fermentação e de forno (a única chatice foi que a alça do cesto da airfryer - onde estavam os hambúrgueres - quebrou de novo, e eu queimei os dedos tentando segurá-la). 
Realmente estou cansada de cozinhar todo dia, mas sempre me encanta a capacidade humana de transformar ingredientes diversos em comida.

sábado, 13 de março de 2021

Um pão de hambúrguer perfeito e um lockdown imperfeito

Temos vivido nas últimas semanas sob toque de recolher. Não é um lockdown, como alguns insistem em dizer. São medidas medianamente restritivas - o povo continua nas ruas, mas metade do comércio, considerado não essencial, permanece fechado. Tudo deve fechar entre 20h e 5h e bebidas alcoólicas não podem ser vendidas entre sexta-feira e domingo. Só.
Como ouvimos dizer que talvez a Bahia endurecesse essas medidas - ainda longe do lockdown, importante dizer -, fechando o comércio inclusive no final de semana, resolvemos nos adiantar e sair pra comprar víveres. Pensamos em almoçar em Lauro, mas estava só rolando delivery, para revolta do marido. Quando chegamos por aqui, o shoppingzinho também só estava oferecendo sandes por entrega, que devia ser combinada pelo app. Bueno, almoçamos macarrão com uma pitadinha de amargura. 
Pra compensar o não sandes do almoço, tive a ideia de fazer para o jantar um pão de hambúrguer, já que tinha sobrecoxa descongelada à mão. E fritas na Fritza, um luxo. Resolvi usar uma receita ainda não experimentada do meu hoje abandonado livro do Sebess, que me socorreu tantas vezes.  
E, então, com o distanciamento imposto pela pandemia à feitura dos pães, tive alguns insights. Li a receita, achei bem balanceada e rápida, mas adicionei por conta própria um pouquinho de leite em pó, para ter mais gordura e um gostinho. Modelei de dois jeitos - abrindo a massa e cortando círculos e boleando. Me ocorreu que talvez do primeiro jeito eu tivesse um pão mais aerado, menos denso do que o boleado (meus pães de hambúrguer são sempre boleados, e alguns ficam mais pesados do que devem). E pincelei com manteiga derretida, em vez de ovo - normalmente utilizado em brioches. Trinta minutos de descanso antes de modelar, mais trinta para crescer, enquanto o forno aquecia, mais trinta de forno a 200 graus, depois um pouquinho de grill para escurecer mais um tiquim. 
Cara, foi o melhor pão de hambúrguer que fiz. Talvez baixe mais o forno para deixar mais tempo sem o risco de queimar embaixo e para dourar mais a casca, deixar esfriar com a porta do forno entreaberta para não enrugar. Mas, de resto, supermacio. O que foi cortado em círculos não cresceu tanto, talvez devesse abrir menos a massa - mas foi o que ficou mais aerado. O boleado ficou muito mais macio do que seus antecessores. 
Com a sobrecoxa de frango frita, ficou melhor que o do KFC. Como disse o marido, só faltou um pouco de alface americana para ficar perfeito (para mim, já ficou). 

Ingredientes (para 4-5 pães):
- 250 g de farinha de trigo
- 75 g de manteiga em temperatura ambiente
- 5 g de sal
- 7 g de fermento biológico seco
- 10 g de leite em pó
- 150 mL de água
- 75 g de açúcar

Junte os secos e vá adicionando aos poucos a água. Incorpore a manteiga quando tiver formado uma massa mais homogênea; sove por cerca de 10 minutos, até descolar da batedeira ou tigela. Deixe descansar por cerca de 30 minutos e então modele os pães, distribuindo-os sobre uma assadeira e cobrindo-os com plástico. Conte mais 20-30 minutos de fermentação, então aqueça o forno a 200 graus por mais 30 minutos. Ao final de quase uma hora (fermentação + tempo de aquecer o forno), deverão ter crescido bastante. Pincele cada pão com manteiga derretida e leve ao forno por 30-40 minutos, até dourar a casca, cuidando para não queimar a parte de baixo. 

domingo, 22 de abril de 2018

Pão de hambúrguer tipo brioche sem ovo para dourar

Mesma receita do Raul. Só fiz esponja desta vez, por quase uma hora. E não usei ovo para pincelar antes de levar ao forno porque tinha acabado. Mas ficaram uma belezura! Massa mais uniforme, mais fácil de trabalhar, pães mais crescidos. Serão devorados daqui a pouco com filé mignon suíno ao molho do Estadão (entendedores entenderão).

quinta-feira, 8 de março de 2018

Pão brioche de hambúrguer

O Raul, colega do curso de panificação, compartilhou sua receita de brioche, que ele produz para pão de hambúrguer. Outro colega, o Guerra, já testou e aprovou. Resolvi fazer também, mas sem saber os tempos de descanso e fermentação. Não fiz esponja, só avivei o fermento antes. Deixei descansando 1h30, depois tirei o ar da massa e levei à geladeira por 12 horas. No outro dia, modelei, pincelei ovo e deixei descansando só o tempo de aquecer o forno, cerca de 30 minutos.
Mais 20 minutos de forno, e lá vieram eles, ainda meio rústicos na forma porque a massa não é tão fácil de modelar. Bem gostosos, todavia. Agora é aperfeiçoar a produção, testando outros tempos de fermentação.
Comemos com hambúrguer - uma pena que o hambúrguer da Seara é supergorduroso, pouco digno de um pãozinho tão caprichado!

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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