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sábado, 26 de dezembro de 2020

Entre presentes, nova receita de chocotone e celular carbonizado, enfim veio o Natal

Num ano tão atípico, o Natal parece que chegou ainda mais cedo. Fizemos o possível para nos antecipar e não precisar "frequentar" aglomerações desnecessárias em shopping ou supermercado. Estivemos somente nós mesmos, de novo no arranjo lindo à la Toscana que minha sogra sabe organizar tão bem. 
Ganhei muitos produtos de beauté, de marcas diversas, o que foi maravilhoso, porque costumo usar tudo mesmo e já tenho um estoque para uns 3 ou 4 meses sem precisar me preocupar com sabonete, hidratante, perfume e batom. Também ganhei de minha sogra uma rosa-do-deserto, uma planta que sempre quis ter mas achava muito cara - neste ano, um verdadeiro símbolo de resistência ao que temos vivido.
Fiz as fotos dos meus presentes com meu celular para mostrar a diferença da qualidade dessas fotos em relação a fotos anteriores postadas aqui no blog. Isso se deu porque meu celular teve de ser remontado numa lojinha local depois de pegar fogo na mesma lojinha aonde eu tinha ido simplesmente trocar a bateria. Embora o rapaz tenha garantido utilizar na remontagem os mesmos componentes do modelo do meu celular, evidentemente a câmera não é a mesma. Todas as fotos ficam lavadas, mesmo com aplicação de filtro. Ou seja, tive de engolir esse prejuízo, ou ficar sem celular, ou ter de desembolsar, de última hora, uns mil reais num celular novo (já que o rapaz me ofereceu apenas 600 reais pelo carbonizado nas suas mãos - depois, é importante dizer, de ele ter tentado remover a bateria com o celular ligado e em curto). Nada que eu estivesse planejando, portanto, e que passa a fazer parte da minha lista de gastos para o próximo ano.  
No balanço geral do ano, não me atrevo a reclamar do que foi até aqui vivenciar uma pandemia, porque não perdemos ninguém próximo, continuamos trabalhando, mantivemos a saúde, ainda temos comida, teto, água, bichos de estimação, chuveiro, internet, energia elétrica. Acho que só assim para percebermos o quanto temos, o quão privilegiados somos e como precisamos de menos em um país em que tantos não têm nada. Claro que foi um jeito de descobrirmos mais sobre nós mesmos. Enquanto os amigos descobriam a culinária como uma forma de relaxar, eu descobri que odeio mesmo o trabalho doméstico, o "ter de fazer" como se fosse o meu papel enquanto mulher. Essa ojeriza em relação aos papéis "femininos" não me impediu de experimentar uma receita nova de chocotone do Luís Américo Camargo, para mim a receita definitiva, depois de ter experimentado tantas ao longo do aprendizado padeiro. Se não tenho fotos do meu chocotone, é culpa da câmera instalada no celular remontado pós-carbonização.
Sobre ser mulher, tenho sabido cada vez mais, e a pandemia também foi responsável por mostrar as mulheres não só como vítimas do feminicídio crescente mas sobretudo como a maior força responsável por ações de solidariedade no país. Foram as mulheres que organizaram as ações comunitárias, a autogestão, a doação de alimentos in natura e de cestas básicas, a proteção às vítimas de violência doméstica. Vi amigas cozinhando para moradores de rua e angariando presentes e ceias natalinas para famílias carentes. Essa tendência feminina à doação, que não deve ser confundida com subserviência, teve destaque no meu TCC justamente como tática de luta, de guerrilha. 
Não vou, portanto, reclamar do meu ano pandêmico, embora persista a dificuldade de planejar o futuro, essa suspensão do tempo. Cumpri minhas tarefas e metas, finalizei cursos, sobrevivi ao trabalho doméstico, conheci o piriforme, aprendi coisas novas, defini o que é importante e o que é intolerável para mim. Acho que posso considerar isso tudo um presente - talvez não o mais bonito, mas o mais útil no momento.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Padaria de Natal

Desta cozinha saiu bastante coisa para o Natal: pães de avelãs, pães delícia, roscas de frutas e panetones diversos - frutas, chocolate e cranberries, chocolate, caramelo. Aliás, que delícia são esses callets de caramelo Callebaut! Agora só quero panetones com gotas de caramelo. 

domingo, 31 de dezembro de 2017

Um pouco de festa


Nunca fui muito de Natal - para mim, uma festa triste, em que, no lugar dos bons sentimentos cristãos, muitas vezes afloram ressentimentos familiares. Sempre achei um evento em que as pessoas se esforçam muito para se suportar, e não tenho muita energia pra isso. Prefiro o Ano-Novo, que, na verdade, é só continuação do que vimos vivendo, mas carrega consigo a energia da renovação.
No entanto, voltei a ter Natal com o marido, já que sua família valoriza muito a data, e comecei a achar tudo mais aceitável.
Este ano, até participamos, eu e ele, de amigo-secreto-ladrão do pessoal do pilates. Foi muito divertido e festivo. Ganhei, além do presente roubado na brincadeira, um mimo de uma senhora querida com quem faço aulas, toalhinhas bordadas por ela. Isso aquece o coração, por sua despretensão - para mim, este é o verdadeiro espírito natalino, gracioso e grato.

domingo, 5 de novembro de 2017

Panetone, o retorno


Faz tempo que experimentei as receitas de panetone, mas até que não tive tanto trabalho em revivê-las. O meu maior problema tem sido a compra de insumos - quando encontro, é tudo muito, muito caro. Não há condição nenhuma de fazer as compras aqui, só mesmo em caso de emergência. 
Desta vez, o chocolate que tinha era o da Garoto, em barra - a quantidade foi insuficiente para os dois panetones de 750 g e os seis pequenos de cerca de 110 g. Mas a consistência é bem boa, talvez melhor que da vez que usei gotas de Callebaut. 
Como as formas maiores que tinha eram de 1 kg, ficou uma sobra de papel nos panetones maiores. Os pequenos ficaram mimosinhos. 
Ainda no quesito insumo, faltou adicionar mais baunilha, e também umas raspas de laranja. Aí ficarão perfeitos, já que a massa, com um pouquinho de levain, é como acho que deve ser. 

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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