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sexta-feira, 14 de março de 2025

Bentô, peloamô!

 
Há pelo menos três coisas imediatas que identifico em mim como herança japonesa (há muito mais, claro, mas falo do que vem logo à mente quando penso nisso e que é socialmente associado aos japoneses): amor por karaokê, encantamento por marmitas, os bentôs, e o apreço pelo yakusoku, o comprometimento com a palavra empenhada.
No caso das marmitas, elas são as lancheiras da maioridade, e eu semprei amei lancheiras. Depois dos livros, talvez o melhor objeto da infância, especialmente com o suco de caju memorialístico. Além de guardarem o alimento, lancheiras e marmitas são portáteis, e eu adoro coisas portáteis, que me remetem ao deslocamento, ao poder estar em qualquer lugar. Além do mais, os bentôs são sempre lindos. Eu só precisava de uma desculpa boa para ter um só para mim - e ela veio junto com a aprovação como aluna especial novamente na UFBA - vou ter que passar um dia inteiro lá - e no curso de canto da EMUS. Me sinto volviendo a los diecisiete, com a diferença de que sou eu quem faço a comida.

domingo, 24 de setembro de 2023

Retomada da cozinha

Principalmente nos últimos dois anos peguei um bode tão grande de cozinhar que, após a mudança, fiquei um mês comendo mal e erraticamente. Cedi a tentações e facilidades do supermercado muitas vezes (biscoitinhos, pãezinhos cheios de conservantes, sorvetes).  
Ter assistido às três aulas gratuitas da Marina Linberger, já disse aqui, me inspirou a criar meus cardápios semanais, o que tem sido de uma ajuda imensa no dia a dia. Uso os domingos para cozinhar de quatro a cinco pratos, que rendem várias porções, às vezes para duas semanas. Ainda preciso reabsorver o consumo de saladas, mas já tenho feito legumes confitados, para começar.
A semana na Chapada Diamantina me ajudou muito a comer melhor, mesmo almoçando sanduíches - no café da manhã e no jantar compensávamos com comida bem variada. Esses dias, porém, às voltas com alguma ansiedade ligada a família e trabalho, houve momentos que até aquecer a comida parecia um custo. Até encontrei um nhoque de batata no supermercado e preparei ao molho de limão para jantar (e deve render mais 2 porções durante a semana).
Mas estou voltando a gostar de cozinhar, aos poucos. Daí saiu de novo bolo de cacau com tâmara (herdada dos lanches no Pati), saiu o inédito crumble de uva (com uva vitória do São Francisco, perfeita), maçã, nozes e aveia da Rita Lobo, bem como o fricassé de frango feito com sobrecoxa, também receita de dona Rita Panelinha. 
Mesmo com dificuldade de abrir mão de sucos e doces, sigo pelo menos no caminho da comida de verdade, com pouquíssimos ultraprocessados (exceção feita à batata palha do fricassé, of course). 

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Marmitando em casa

Como já comentei em outro post, cozinho diariamente desde que resolvemos vir para a Bahia. Comida fresca, mais saudável e variada, mas também pelo menos duas horas gastas com as preparações. Imagine então se eu não tivesse comprado uma lava-louças - seriam ainda mais horas gastas com o trabalho doméstico e não remunerado. 
Bom, de qualquer modo, foi só recentemente que me caiu a ficha de que poderia fazer marmitas para nós. Cozinhar grande quantidade de arroz, feijão, grão-de-bico, lentilha, alguns pratos prontos, como quibe, carne de panela, escondidinho, porcionar e congelar ajudam imensamente quem almoça e trabalha em casa. Como logo receberemos visita, marmitar é ainda mais importante, já que a rotina da casa muda naturalmente e não dá para perder muito tempo na cozinha. 
Agora, além de gostar do objeto marmita (com certeza, por influência nipônica da obentô), me rendi a fazer a marmita nossa de cada dia no final de semana. Ao final, prefiro ter potes (que vão para a lava-louças) a panelas para lavar. 

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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