terça-feira, 24 de maio de 2016
terça-feira, 17 de maio de 2016
segunda-feira, 25 de abril de 2016
La prima focaccia
Ainda não tinha feito focaccia, essa espécie deliciosa de pizza de forno.
Acabei usando uma receita do Panelaterapia. Como a massa praticamente não cresceu durante o descanso, fiquei em dúvida se assassinei ou não o fermento - amornei a água, mas não sei se o suficiente. Talvez devesse deixar menos tempo no forno ou em temperatura mais baixa, porque o fundo tostou um tanto. Ficou gostosa, todavia. E ainda mais bonita.
Conferi depois a receita do Sebess (não fui direto até ela porque os blogs, sabe como é, costumam dar aquela descomplicada quase sempre útil) - em lugar do fermento seco, fermento fresco. Pois é, se tivesse que fazer uma gradação de infalibilidade de fermentos (salvo condições adversas, como produto fora do vencimento ou estragado), diria que o mais infalível é o fermento químico (que não serve para todas as receitas), depois o biológico fresco e somente então o biológico seco.
Agora é fazer a receita do Sebess, resgatar minha forma quadrada de teflon paraguaio e arrumar mais uma muda de alecrim, urgentemente.
Acabei usando uma receita do Panelaterapia. Como a massa praticamente não cresceu durante o descanso, fiquei em dúvida se assassinei ou não o fermento - amornei a água, mas não sei se o suficiente. Talvez devesse deixar menos tempo no forno ou em temperatura mais baixa, porque o fundo tostou um tanto. Ficou gostosa, todavia. E ainda mais bonita.
Conferi depois a receita do Sebess (não fui direto até ela porque os blogs, sabe como é, costumam dar aquela descomplicada quase sempre útil) - em lugar do fermento seco, fermento fresco. Pois é, se tivesse que fazer uma gradação de infalibilidade de fermentos (salvo condições adversas, como produto fora do vencimento ou estragado), diria que o mais infalível é o fermento químico (que não serve para todas as receitas), depois o biológico fresco e somente então o biológico seco.
Agora é fazer a receita do Sebess, resgatar minha forma quadrada de teflon paraguaio e arrumar mais uma muda de alecrim, urgentemente.
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domingo, 24 de abril de 2016
Cotidiano campestre
Levanto uma hora depois de o alarme do celular tocar. Abro as janelas, ligo o computador, preparo o café. Chamo o marido, que, antes de qualquer coisa, liga a TV.
Empilho a louça na pia, troco de roupa. Cada vez que me troco, lembro como engordei. Não me animei ainda para retomar as caminhadas na esteira da pequena academia de bairro. Quando penso em caminhar pelo mato crescido até chegar à pequena academia, lembro da minha limitada mobilidade. Penso em ir de bike ao pilates no qual ainda não me inscrevi. Penso na pista a atravessar de bike. E me ocorre comprar uma lambreta. E faço cálculos de gastos com obra, contas, geladeira, lava-louça e, por fim, lambreta.
Vejo o que falta na casa - de obras a produtos de limpeza - enquanto edito meu material. Aprendo a entrar em acordo, a não sair simplesmente resolvendo as coisas. É preciso esperar o tempo do outro. De repente, já é hora do almoço. É preciso pensar em um prato rápido. As experimentações culinárias vão perdendo lugar no curto calendário semanal.
Separo roupas para lavar, verifico a comida do gato. Mais um café. De repente, me lembro de ideias que tive para a pós. A essas ideias distantes se somam a sensação de impotência de emagrecer e a percepção de pouca mobilidade.
Na hora de lavar a louça, percebo uma corda terminada por uma pequena cabeça se movendo no canto da pia. Grito. É uma cobra. O marido mata a cobra, após uma curta perseguição. No mesmo dia, não picada pela cobra, sou picada por uma caçarema, que caiu do telhado sem forro sobre mim. Sonho com o início das pequenas obras, que incluem o forro em parte do telhado.
Dói a mão, dói o polegar esquerdo. Preciso marcar uma consulta médica.
Agora só rego os vasos de temperos, pois a horta iniciada não vingou.
Leio malcriações de diagramadora, me irrito. Proponho um cinema ao marido, para desopilar. Também preciso comprar coisas que faltam para mim. De novo, desanimo ao perceber como engordei. Lembro da pequena academia, do mato alto, do pilates do outro lado da pista, da minha pouca mobilidade, da lambreta...
Empilho a louça na pia, troco de roupa. Cada vez que me troco, lembro como engordei. Não me animei ainda para retomar as caminhadas na esteira da pequena academia de bairro. Quando penso em caminhar pelo mato crescido até chegar à pequena academia, lembro da minha limitada mobilidade. Penso em ir de bike ao pilates no qual ainda não me inscrevi. Penso na pista a atravessar de bike. E me ocorre comprar uma lambreta. E faço cálculos de gastos com obra, contas, geladeira, lava-louça e, por fim, lambreta.
Vejo o que falta na casa - de obras a produtos de limpeza - enquanto edito meu material. Aprendo a entrar em acordo, a não sair simplesmente resolvendo as coisas. É preciso esperar o tempo do outro. De repente, já é hora do almoço. É preciso pensar em um prato rápido. As experimentações culinárias vão perdendo lugar no curto calendário semanal.
Separo roupas para lavar, verifico a comida do gato. Mais um café. De repente, me lembro de ideias que tive para a pós. A essas ideias distantes se somam a sensação de impotência de emagrecer e a percepção de pouca mobilidade.
Na hora de lavar a louça, percebo uma corda terminada por uma pequena cabeça se movendo no canto da pia. Grito. É uma cobra. O marido mata a cobra, após uma curta perseguição. No mesmo dia, não picada pela cobra, sou picada por uma caçarema, que caiu do telhado sem forro sobre mim. Sonho com o início das pequenas obras, que incluem o forro em parte do telhado.
Dói a mão, dói o polegar esquerdo. Preciso marcar uma consulta médica.
Agora só rego os vasos de temperos, pois a horta iniciada não vingou.
Leio malcriações de diagramadora, me irrito. Proponho um cinema ao marido, para desopilar. Também preciso comprar coisas que faltam para mim. De novo, desanimo ao perceber como engordei. Lembro da pequena academia, do mato alto, do pilates do outro lado da pista, da minha pouca mobilidade, da lambreta...
Vermelho e branco
Ontem foi dia de são Jorge.
Não sou devota de nenhum santo, mas tenho a maior simpatia por ele e por são Francisco. Tão diferentes, mas tão fiéis, cada um, a suas causas.
Ontem, pensei em fazer um desenho dele, como fiz há uns dois anos. Mas não rolou. Hoje, porém, minha sogra me presenteou com antúrios vermelhos e brancos, e resolvi usar aqui em casa, pela primeira vez, o vaso de cristal, com antúrios e cidreira-brasileira do nosso jardim.
Ao fundo, lá estava a foto da avenida São João, onde morei tantos anos. O branco e o vermelho contra uma paisagem apocalíptica, à espera de uma revolução, por última que seja.
No final, além da homenagem a São Jorge, a imagem é um retrato dos nossos tempos, em que o vermelho, que virou motivo para brigas no Brasil bipolar, ainda se impõe como símbolo de luta. Sem o branco da tolerância, porém, nada pode de fato transformar.
Não sou devota de nenhum santo, mas tenho a maior simpatia por ele e por são Francisco. Tão diferentes, mas tão fiéis, cada um, a suas causas.
Ontem, pensei em fazer um desenho dele, como fiz há uns dois anos. Mas não rolou. Hoje, porém, minha sogra me presenteou com antúrios vermelhos e brancos, e resolvi usar aqui em casa, pela primeira vez, o vaso de cristal, com antúrios e cidreira-brasileira do nosso jardim.
Ao fundo, lá estava a foto da avenida São João, onde morei tantos anos. O branco e o vermelho contra uma paisagem apocalíptica, à espera de uma revolução, por última que seja.
No final, além da homenagem a São Jorge, a imagem é um retrato dos nossos tempos, em que o vermelho, que virou motivo para brigas no Brasil bipolar, ainda se impõe como símbolo de luta. Sem o branco da tolerância, porém, nada pode de fato transformar.
quinta-feira, 21 de abril de 2016
Desistir para recomeçar
Por ora, desisti da horta, ali onde fizemos o cercadinho. Quando voltamos de SP, as plantas tinham sucumbido ao calor e à falta de água. Broxada II (a I aconteceu com a visita do sapo às mudas).
No final, o lugar da horta não é completamente adequado. Vamos ter que pensar em um sistema de irrigação caseiro, especialmente para quando estivermos ausentes.
Também pesou o fato de eu não ter tido tempo de cuidar da horta sozinha, com toda a correria de fechamento de material. Porque não é só regar: tem que limpar e aplicar insumos, observar o crescimento etc.
Talvez não tenha sido boa ideia plantar as sementes direto no solo. As mudas pareciam ir bem nos vasos, mas o sapo assassino me fez buscar a outra opção, que também não deu certo.
Vou voltar aos vasos, me dedicar às ervas, até plantar uma ou outra leguminosa em vaso. Deixarei o projeto maior para quando houver estrutura adequada (bacarrão, terreno apropriado etc.).
Essa é uma daquelas situações típicas de ter de dar um passo atrás para tomar impulso para ir mais longe - é o que espero que aconteça.
No final, o lugar da horta não é completamente adequado. Vamos ter que pensar em um sistema de irrigação caseiro, especialmente para quando estivermos ausentes.
Também pesou o fato de eu não ter tido tempo de cuidar da horta sozinha, com toda a correria de fechamento de material. Porque não é só regar: tem que limpar e aplicar insumos, observar o crescimento etc.
Talvez não tenha sido boa ideia plantar as sementes direto no solo. As mudas pareciam ir bem nos vasos, mas o sapo assassino me fez buscar a outra opção, que também não deu certo.
Vou voltar aos vasos, me dedicar às ervas, até plantar uma ou outra leguminosa em vaso. Deixarei o projeto maior para quando houver estrutura adequada (bacarrão, terreno apropriado etc.).
Essa é uma daquelas situações típicas de ter de dar um passo atrás para tomar impulso para ir mais longe - é o que espero que aconteça.
A estreia da máquina de massas com rondelli gratinado
Quando tentei usar a máquina de massas pela primeira vez, não rolou (sem trocadilhos): não consegui prendê-la na mesa e era impossível assim girar a manivela e segurar a massa que saía do rolo e a maquineta ao mesmo tempo. Resultado: abri a massa com o rolo de macarrão, o que certamente não tem o mesmo resultado (a menos que você seja uma daquelas mammas originais de fábrica).
Voltei à forra e resolvi usar a máquina anteontem, para fazer massa fresca para o jantar. Dessa vez, encaixou bem na bancada. Escolhi fazer rondelli, pois queria rechear a massa. Usei a receita de massa do livro do Sebess (300 g de farinha, 3 ovo, 15 mL de água, 15 mL de óleo, 6 g de sal), mas com o modus operandi do site Desafios Gastronômicos, inspirado no Jamie Oliver, que propunha o pré-cozimento da massa (como se fossem folhas de lasanha) antes de enrolar, por 2 minutos.
A massa ficou fina e cozida o bastante. Estendi sobre panos de prato limpos e comecei a rechear, but... não tinha presunto e queijo o suficiente. Acabei reduzindo o tamanho das "folhas" de massa e por isso o rondelli virou mini. De qualquer modo, precisava de outro recheio, ou não teríamos massa suficiente para dois. Entonces, me lembrei do meu manjericão-quase-árvore e das nozes e amêndoas que trouxe da zona cerealista. Será que ficariam bons os rondelli recheados de pesto (que, na verdade, é molho?). Ainda por cima, seriam cobertos com bechamel...
Bom, se é o que tem, é o que vai ser, sem mimimi. Recheei parte com presunto e queijo, uma parte com um pesto bem rústico (menos líquido, mais pedaçudo) e ainda uma parte com presunto e requeijão. Ainda ficaram de fora algumas lâminas de massa por falta de recheio, mas consegui forrar um refratário pequeno com os rondelli. Cobri tudo com molho bechamel, que dessa vez "temperei" com meia cebola descascada, noz-moscada e uma folha de louro, antes de acrescentar ao roux e salgar.
Levei ao forno pré-aquecido por uns 20 minutos, para gratinar. Ficou muito, muito bom, especialmente os recheados com pesto.
O senão da massa fresca fica mesmo por conta do tempo. É preciso começar bem antes - demorei quase duas horas no processo todo (enquanto a massa descansava na geladeira, aqueci o leite, fiz o pesto e ainda rolou uma palha italiana). Vale a pena? Demais. Mas tem que ser uma comida de final de semana, de preferência criada a mais mãos. Do jeitinho que as mammas fazem.
Voltei à forra e resolvi usar a máquina anteontem, para fazer massa fresca para o jantar. Dessa vez, encaixou bem na bancada. Escolhi fazer rondelli, pois queria rechear a massa. Usei a receita de massa do livro do Sebess (300 g de farinha, 3 ovo, 15 mL de água, 15 mL de óleo, 6 g de sal), mas com o modus operandi do site Desafios Gastronômicos, inspirado no Jamie Oliver, que propunha o pré-cozimento da massa (como se fossem folhas de lasanha) antes de enrolar, por 2 minutos.
A massa ficou fina e cozida o bastante. Estendi sobre panos de prato limpos e comecei a rechear, but... não tinha presunto e queijo o suficiente. Acabei reduzindo o tamanho das "folhas" de massa e por isso o rondelli virou mini. De qualquer modo, precisava de outro recheio, ou não teríamos massa suficiente para dois. Entonces, me lembrei do meu manjericão-quase-árvore e das nozes e amêndoas que trouxe da zona cerealista. Será que ficariam bons os rondelli recheados de pesto (que, na verdade, é molho?). Ainda por cima, seriam cobertos com bechamel...
Bom, se é o que tem, é o que vai ser, sem mimimi. Recheei parte com presunto e queijo, uma parte com um pesto bem rústico (menos líquido, mais pedaçudo) e ainda uma parte com presunto e requeijão. Ainda ficaram de fora algumas lâminas de massa por falta de recheio, mas consegui forrar um refratário pequeno com os rondelli. Cobri tudo com molho bechamel, que dessa vez "temperei" com meia cebola descascada, noz-moscada e uma folha de louro, antes de acrescentar ao roux e salgar.
Levei ao forno pré-aquecido por uns 20 minutos, para gratinar. Ficou muito, muito bom, especialmente os recheados com pesto.
O senão da massa fresca fica mesmo por conta do tempo. É preciso começar bem antes - demorei quase duas horas no processo todo (enquanto a massa descansava na geladeira, aqueci o leite, fiz o pesto e ainda rolou uma palha italiana). Vale a pena? Demais. Mas tem que ser uma comida de final de semana, de preferência criada a mais mãos. Do jeitinho que as mammas fazem.
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